quinta-feira, 26 de maio de 2011
Polícia Federal S/A
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Adriano Benayon
A oligarquia financeira contra Strauss-Kahn ou...
Conspiração não é teoria, é prato de todo dia
A arbitrária prisão de Strauss-Kahn, sem que tenha havido reação de monta da opinião pública mundial, é exemplo emblemático da tirania imperial anglo-americana. Há dois fatores principais a explicar a aceitação ou a indiferença diante de fato de tal gravidade: a desinformação e a covardia. Os conduzidos pela mídia metem-se a dar opiniões. Aventam várias pretensas explicações, como: o homem teria enlouquecido; era viciado em sexo; os homens não sabem conter a libido etc. Não pensam nas razões lógicas:
2) liderava as pesquisas para a eleição presidencial da França, muito à frente de Sarkozy, instrumento da oligarquia anglo-americana.
A muito poucos ocorre que Strauss-Kahn pode estar sendo submetido injustamente a terríveis humilhações, sofrendo danos morais e materiais, tendo sua reputação destruída, sem ter cometido falta alguma. Linchado publicamente, porque desagradou os concentradores mundiais.
O que também contribui para que tantos descartem o óbvio e o lógico, em favor de julgamentos apriorísticos? Antipatia em relação aos que alcançaram altas posições, quando apanhados em supostos delitos. Chega a haver a exploração demagógica desse sentimento, por parte do sistema de poder - que vive só de injustiças e hipocritamente faz o povo acreditar que nos EUA figurões são punidos, e que o caso indicaria mais uma virtude do sistema de governo desse país.
Entretanto, os membros e servidores mais altos da oligarquia, regiamente pagos fizeram mil fraudes nos bancos, nas agências reguladoras, no FED e no Tesouro dos EUA e não foram punidos, mesmo tendo causado a brutal depressão que dura desde 2008. Essa se traduz na duplicação do número de desempregados, na supressão de benefícios sociais e em mais de dez milhões de pessoas perdendo suas casas para os bancos.
A falsa crença na democracia estadunidense - formada através da lavagem cerebral gigantesca por parte dos formadores de opinião - ignora, por completo, a realidade ali implantada, a saber, o estado policial a serviço da oligarquia.
Vamos aos fatos. Nenhum de nós é Deus para saber – hoje, ou mesmo daqui a meses – se aconteceu o suposto atentado sexual atribuído ao diretor-geral do FMI. Quem quer que afirme ter isso realmente ocorrido não tem base alguma.
Não houve flagrante, o que já basta para demonstrar o absurdo da prisão “preventiva”. Além disso, como apontaram observadores, não é comum uma camareira de um hotel de luxo entrar num apartamento "pensando que estava vazio". Ademais, passaram-se três horas entre o alegado atentado e a comunicação à polícia. Depois de o advogado de Strauss-Kahn ter informado que este deixara o hotel antes do horário alegado, é que a polícia o retificou para uma hora a mais.
O jornal London Evening Standard mencionou, em 18.05.2011, que Strauss-Kahn falara, duas semanas antes, com jornalistas do Libération, de Paris, sobre a possibilidade ser montada contra ele uma armação, em que ofereceriam, para acusá-lo, 500 mil a 1 milhão de euros a uma mulher estuprada num estacionamento, por exemplo.
Ora, como a pretensa vítima não fez queixa imediata? Por que, se Strauss-Kahn estava no hotel, não foi confrontado com a tal camareira e com eventuais testemunhas?
De fato, os EUA tornaram-se um estado policial e, já antes disso, os serviços secretos do País organizaram o assassinato do presidente John Kennedy, em 1963, o de Robert Kennedy, sagrado candidato na Convenção de seu partido (1968), e o do Papa João Paulo I (1978). Procederam, ainda, à implosão das torres gêmeas (2001), quando os aviões com islâmicos foram apenas ingrediente para fomentar o terror no seio da população e “justificar” as agressões ao Afeganistão e ao Iraque.
Ao lado do uso campeante de drogas, da prostituição disseminada, por exemplo, em toda Nova York, combinam-se, há muito tempo, nos EUA, resquícios do puritanismo com um feminismo agressivo e fascista, de tal modo que se tornou corriqueiro mulheres simularem atentados sexuais para obter consideráveis vantagens pecuniárias.
Um conhecido – insuspeito até por não ser crítico consistente do imperialismo anglo-americano - narrou-me fato, vivido em Nova York, quando trabalhou na ONU. Estava com seu diretor, num prédio, aguardando o elevador, quando este parou no andar, nele estando somente uma mulher e de boa aparência. Meu conhecido moveu-se para o elevador, quando seu chefe segurou-o pelo braço. Só depois que o elevador passou novamente, um tanto cheio, os dois o adentraram. Explicou-lhe o diretor: se a mulher resolvesse, ao saírem, atirar-se ao solo e gritar, poderia depois exigir quantia absurdamente alta para retirar queixa de tentativa de estupro.
Atribui-se a Strauss-Kahn ser chegado a conquistas, mas se ele, com 62 anos, até hoje nunca fora acusado de tentar estuprar alguém, é inverossímil que agora o tenha feito com uma camareira de hotel, ao que se diz, pouco atraente. Altamente situado e rico, Strauss-Kahn, não deveria encontrar muita dificuldade em ter amantes. Por fim, não é plausível que se expusesse a um incidente do tipo, mormente sabendo que poderosos interesses preparavam algo contra si.
Já se podem explicitar os motivos para destituir o chefe do FMI que estava transformando a instituição. Antes, relembre-se que só têm sido envolvidas em tais escândalos personalidades que agiram em favor, seja de seu país, seja de outros povos sugados pela oligarquia.
Julien Assange também foi acusado de crime sexual, por duas mulheres, na Europa. Não está preso, mas chegou a ser, na Inglaterra, cérebro do império. Assange não ocupa função pública, nem nacional nem internacional. É o fundador do Wikileaks. O que ele tem em comum com Strauss-Kahn? Ter contrariado a oligarquia financeira.
O mesmo que o ex-Procurador-Geral e ex-Governador do Estado de Nova York, Eliot Spitzer. Este se notabilizou por combater efetivamente as falcatruas dos financistas de sua cidade, grande centro da finança mundial, e se afastou após ter sido acusado de estar com prostitutas.
Vejam este trecho de artigo de Daniel Tencer, publicado em GLOBAL RESEARCH, 28.07.2008 (tradução minha):
“O FED (Reserva Federal) – o órgão quase autônomo que controla a oferta de moeda dos EUA – é um “esquema tipo Ponzi”, que criou bolhas após bolhas na economia dos EUA e precisa tornar-se responsável por suas ações, diz Eliot Spitzer ...
Segundo Ratigan, o FED trocou maus créditos bancários por US$ 13,9 trilhões em dinheiro, que deu aos bancos em apuros. Spítzer construiu reputação como ‘o xerife de Wall Street’, por ter, quando procurador-geral, perseguido seriamente os crimes empresariais, e depois renunciou ao cargo de governador do Estado por causa de revelações de que pagou prostitutas. Spitzer pareceu concordar com Ratigan em que o resgate daqueles bancos representa o maior roubo e a maior ocultação de crime de todos os tempos.”
A desmoralização Spitzer, Assange e agora a de Dominique Strauss-Kahn (DSK) são de grande interesse do sistema de poder tirânico da oligarquia. Desde 1945/46, quando o FMI começou a operar, nenhum de seus diretores foi vítima de escândalo desse tipo. Por que agora DSK o foi? Antes dele todos se tinham mantido dentro da rígida ortodoxia, de o FMI agir inflexivelmente com os países com dívidas infladas por regras e procedimentos fraudulentos.
Ao ser preso, de forma humilhante, dentro do avião em que seguiria para Paris, DSK ia a reunião sobre a gravíssima crise dos países europeus mais afetados pelos desmandos financeiros dos grandes bancos, que levaram esses países a elevadíssimas dívidas públicas.
Fontes bem informadas junto a serviços de inteligência dos EUA indicaram que os maiores banqueiros da Europa estariam por trás da trama contra DSK, pois este se mostrou contrário a impor privatizações e políticas que arrasariam ainda mais as economias dos países endividados, prejudicando-os com danos ainda maiores ao emprego e à produção.
Recomendo aos fluentes em inglês acessar o site “Global Research” e ler o artigo de Paul C. Roberts, de 18.05.2011, “The Strauss-Kahn Frame-up: The American Police State Strides Forward”. Roberts é excelente economista e ocupou alta posição na administração de Ronald Reagan.
Roberts cita, nesse artigo, recentes declarações de Joseph Stiglitz, prêmio Nobel, ex-diretor do Banco Mundial e notável critico dos desmandos que levaram ao colapso financeiro em 2007-2008, bem como declarações do próprio DSK, as quais implicavam sentença de morte para este último, porquanto desnudam a perversidade do sistema financeiro dominante, verdadeira bomba de nêutrons sobre as estruturas produtivas dos países.
Concluindo, a brutal e injustificável prisão de Strauss-Kahn constitui marco decisivo na questão de se a oligarquia anglo-americana continuará desfrutando de seu poder tirânico sem objeção efetiva de quem quer que seja. O processo na “Justiça” norte-americana é do gênero prenunciado, há mais de cem anos, por Franz Kafka, na obra “Das Prozess”, e uma reedição dos processos da tirania nazista.
Os franceses, inclusive de outros partidos que não o de DSK, deveriam insurgir-se contra a absurda detenção do diretor-presidente de uma instituição financeira internacional, o FMI, que tem todo direito a imunidades semelhantes às diplomáticas, e só está nos EUA, por ter essa instituição sede ali.
Aliás, todos os países deveriam retirar seus diplomatas e funcionários da ONU em Nova York, por falta de garantias para estes exercerem livremente suas atividades. Os latino-americanos, além disso, teriam de retirar seus diplomatas também da OEA, sediada em Washington, DC.
Deveria haver intensa campanha na França, por parte dos verdadeiros socialistas e dos reais amantes da liberdade, para exigir a liberação de Strauss-Kahn e para insistir em que ele seja candidato, capaz que é de derrotar Sarkozy. A exposição do golpe - e de quem lucra se esse golpe policialesco tiver êxito – contribuiria para a vitória eleitoral de DSK.
Vejamos se há gente dotada de coragem e de decência ou se vai prevalecer a covardia, somada aos interesses dos rivais e de grupos que não desejam DSK à frente da França.
Em tempo: Strauss-Kahn foi liberado, sob pagamento da fiança no valor de US$ 1,6 milhão, pouco depois de ter renunciado ao cargo de diretor-geral do FMI. Antes, havia sido rejeitado o pedido nesse sentido. Não terá sido a renúncia ao cargo, a condição para poder responder ao processo em liberdade?
1) Strauss-Kahn foi envolvido em complô, porque incomodava os banqueiros ávidos em sugar, ainda mais, os povos da Europa, esmagados por dívidas suscitadas por esses banqueiros;
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Kátia Abreu mostra que ONG Imazon divulga dados inverídicos sobre desmatamento na Amazônia
Japão: do catastrofismo à realidade
Adriano Benayon
2. Há a história de uma diplomacia, em geral, vitoriosa, na época do Império e início da Velha República, liderada pelo Barão do Rio Branco, na fixação dos limites, através de pleitos jurídicos submetidos a arbitragem. Mas isso só prevaleceu em relação a vizinhos cujo poder nacional e militar não superava o do Brasil, e quando não contrariava os interesses da Inglaterra. Ademais, os litígios fronteiriços com o Paraguai só foram resolvidos após a derrota desse país na Guerra da Tríplice Aliança.
3. Na questão com a Guiana Inglesa, os britânicos fizeram que o laudo do Rei da Itália os favorecesse. Assim, o Brasil perdeu a região do Pirara, e os britânicos lograram acesso à Bacia Amazônica. Depois, com Collor e Jarbas Passarinho, arrancaram a demarcação da região atribuída a índios “ianomâmis”.
4. Com ONGS, financiadas pelas potências oligárquicas, dando as cartas, os brasileiros vêm sendo alijados dessas áreas dotadas de colossais jazidas de minerais raros, estratégicos e preciosos. FHC cedeu mais espaços àquelas potências, e estas obtiveram, com Lula, a demarcação da Reserva Raposa do Sol, em Roraima.
5. Portanto, a questão para a qual a estratégia de segurança e defesa nacional deve atentar não são tanto eventuais conflitos regionais, mas, sim, a pressão que as potências hegemônicas extracontinentais exercem sobre o Brasil para controlar os recursos naturais e a economia do País.
6. Isso elas vêm conseguindo de há muito, especialmente desde 1954, apossando-se da indústria e dos demais setores. Além disso, a partir de 1988, ditas potências têm dados passos sucessivos para retirar do Brasil até mesmo a soberania sobre os riquíssimos territórios “indígenas” e de “resevas ambientais”, onde instalam o poder de “agências de cooperação”, de organizações internacionais - que também controlam – e das ONGs.
7. Já não são frequentes, como no Século XIX e na 1ª metade do XX, os conflitos regionais, embora aconteçam, não raro, “guerras por procuração”, em que países vizinhos guerreiam entre si, cada um representando interesses de uma potência mundial.
8. Desde os anos 70 do Século XX, as guerras mais frequentes não deveriam ser assim qualificadas, tratando-se, na realidade, de intervenções militares de potências superarmadas contra nações praticamente indefesas, que tenham impedido, reduzido ou dificultado a entrega de seus recursos, notadamente o petróleo, nas condições desejadas por aquelas potências.
9. Exemplos são as intervenções contra o Iraque, em 1990/1991, e a perpetrada contra o Afeganistão, iniciada em 2001, e contra o Iraque, em 2003. Agora, os ataques de EUA, Reino Unido e França sobre a Líbia.
10. É evidente, portanto, que o Brasil está em situação muito difícil, da qual precisa sair, pois é o país que tem em seu território os recursos naturais de todo tipo, os mais valiosos do Planeta, e estes vão para o exterior em quantidades cada vez maiores, enquanto os problemas se avolumam: desindustrialização; desnacionalização; aumento do número de pobres; serviços públicos em constante deterioração; impostos elevados; os juros mais altos do mundo; inflação em alta; câmbio supervalorizado; serviço da dívida em R$ 400 bilhões por ano; infra-estrutura, educação e cultura destroçadas.
11. Como sair dessa situação sem contrariar a oligarquia financeira anglo-americana, que busca o governo mundial? Sendo claro que ela não vai gostar de perder o controle da fonte quase inesgotável de recursos naturais que é o Brasil, a mais urgente das prioridades do País é reindustrializar-se e ganhar crescente domínio sobre as tecnologias utilizadas na produção.
12. Sem isso, não existe defesa nacional, e, sem esta, um país não tem como assegurar seus direitos, nem em casa, nem nas relações internacionais. Spinoza, grande filósofo do Século XVII, está mais atual que nunca: o direito decorre do poder.
13. Na guerra das Malvinas, os mísseis Exocet, importados da França tornaram-se inócuos, porque a França cedeu à Inglaterra os códigos dessas armas.
14. Outra lição: estava-se em 1982, e o governo militar argentino havia feito muitas concessões e prestado serviços à política imperial dos EUA na América Central. Acreditava, assim, que os EUA ajudariam ou ficariam neutros na guerra contra a Inglaterra. Nada disso: a oligarquia britânica e a norte-americana são associadas, e seus países, membros da OTAN. Assim, os EUA forneceram informações de satélites e outras a seus parceiros imperiais.
15. Essa lição é corroborada pelo caso do Iraque, que, apoiado potências ocidentais, e mais a Rússia, movera guerra contra o Irã, que durou de 1980 a 1988. Nem assim, o Irã foi derrotado.
16. Depois, o Iraque caiu na cilada anglo-americana, convidado a invadir o Coveite, pretexto para o massacre da guerra do Golfo, em 1990, quando torrentes de mísseis e bombas com pontas de urânio destruíram os armamentos e cidades iraquianas, imolando centenas de milhares de militares e civis, além de causar letal contaminação nuclear.
17. Depois, Sadam tomou algumas iniciativas positivas para seu país, que desagradaram a oligarquia anglo-americana. Fortemente pressionado, voltou a fazer concessões, abandonando o programa nuclear e abrindo as instalações às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica. Mas o Iraque sofreu nova e brutal agressão, invadido, em 2003, após novos ataques destruidores.
18. A Líbia tem em comum com o Iraque o fato de possuir estupendas jazidas de petróleo leve. Além disso, o governo de Gadáfi foi um dos raros a investir em infra-estrutura produtiva e no bem-estar coletivo a maior parte das receitas de exportação, desde os anos 60, quando esse líder de um país atrasado e tribal derrubou a monarquia vinculada a potências estrangeiras.
19. Entretanto, Gadáfi resolveu melhorar sua imagem no Ocidente e fez concessões a interesses imperiais, além de ter renunciado a desenvolver seu programa nuclear, o que não livrou a Líbia dos brutais ataques armados que lhe estão sendo infligidos.
20. Como no caso do Iraque, isso provavelmente estimulou esses ataques. Moral da oligarquia anglo-americana: “Você se desarmou? Então, melhor. Assim, nossas forças atacarão com mais facilidade.”
21. Inútil, portanto, se não contraproducente, tentar conciliar-se com o Império. Ninguém se engane: habilidade diplomática, discursos e boa conversa não poupam país algum da dominação estrangeira e de sofrer brutais intervenções armadas, se não tem capacidade militar dissuasória.
22. Entre os golpes militares telecomandados, recorde-se a queda do Presidente Vargas, o último a ter tido êxitos significativos protegendo os interesses nacionais. Em 1952, ele não eliminou na origem as traições de João Neves da Fontoura, Ministro das Relações Exteriores, e do General Pedro Aurélio de Góis Monteiro, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
23. Esses negociaram acordo militar com os EUA, lesivo ao País e denunciado pelo governo de Geisel em 1977. Esse acordo fez o Brasil adquirir material militar sucatado nos EUA, pagar por ele preços altíssimos e ficar importando peças e sobressalentes. Ademais, retardou o desenvolvimento e a fabricação desse material no Brasil.
24. A negociação foi feita sem conhecimento do Ministro da Guerra, Estillac Leal, que, ao dela saber, se demitiu, não tendo sido sustentado por Vargas. Nesse momento, o presidente começou a cavar sua sepultura, por não ter tomado as medidas que se impunham: desautorizar a assinatura do acordo e demitir os que se comportaram como agentes do Império.
25. Estillac Leal era líder da corrente nacionalista do Exército e fez muita falta a Vargas, pois os serviços secretos estrangeiros já estavam montando a conspiração que levou à sua derrubada em 1954.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
General Heleno adverte a Nação sobre o descuido com a Soberania Nacional
As palavras e ações do general Heleno, um autêntico patriota, honram o Brasil e servem de exemplo para os homens de bem, felizmente ainda a esmagadora maioria de brasileiros.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Novo esforço de celebridades globais para legalizar drogas
Irlanda institui "Auditoria Cidadã da Dívida"
Notícia do Portal “Bussiness World” mostra que movimentos sociais da Irlanda lançaram hoje a Auditoria Cidadã da Dívida naquele país. Conforme mostra a notícia, a auditoria focará “a dívida dos bancos privados transferida ao setor público” e “visa apoiar a população para o real entendimento dos níveis da dívida irlandesa e suas implicações”.
O governo irlandês fechou recentemente um acordo com o FMI, para pagar as questionáveis dívidas anteriores, decorrentes do salvamento de bancos falidos e das altas taxas de juros. Esta iniciativa de auditoria mostra que cresce a resistência dos trabalhadores europeus contra os pacotes de cortes de gastos sociais e retirada de direitos. Conforme comentado na semana passada por este boletim, na Islândia a maioria da população votou contra o pagamento da dívida externa, em referendo ocorrido no início de abril.
Já no Brasil, o Senado Federal aprovou hoje a Medida Provisória (MP) 513, que prevê a emissão de mais títulos da dívida interna para serem entregues ao chamado “Fundo Soberano”, para que este Fundo compre ativos no exterior, tais como dólares ou títulos do Tesouro dos EUA. Em suma: mais uma vez, o país aumentará a sua dívida interna – que paga os juros mais altos do mundo – para investir em papéis no exterior, que rendem juros baixíssimos. Outro risco desta MP é permitir que o Fundo Soberano adquira “papéis podres” de bancos falidos na crise global.
O Jornal Estado de São Paulo divulga o lançamento do projeto “Brasil sem Miséria” pelo governo federal, que visa retirar da miséria 16,3 milhões de brasileiros que ganham até R$ 70 mensais. Porém, ainda não foram anunciadas as medidas que serão implementadas para atingir este objetivo, além de outros como a expansão de serviços públicos (como educação) e inclusão produtiva.
Portanto, caso tais 16,3 milhões de brasileiros passarem a ganhar R$ 71 por mês, a principal meta do governo Dilma estaria cumprida, o que representa um objetivo bastante rebaixado, frente às potencialidades e riquezas de um país como o Brasil, hoje transferidas aos rentistas por meio da dívida pública.
Este efeito estatístico também pode ser observado no estudo divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas, segundo o qual o percentual de pobres no Brasil caiu 50% de 2002 a 2010, conforme mostra outra reportagem do jornal Estado de São Paulo. Porém, cabe comentar que, para tanto, foi considerada uma linha de pobreza de R$ 151 mensais, ou seja, quem ganha R$ 152 por mês já não é considerado pobre, embora não tenha aumentado significativamente sua renda.
Desta forma, não é de se espantar que a renda média mensal recebida pelos trabalhadores brasileiros em 2009 (R$ 1.111) ainda estava abaixo da renda média apurada em 1995 (R$ 1.113), conforme mostra a PNAD/IBGE (pág 271).
Do site Auditoria Cidadã da Dívida
Independent audit of Irish debt underway
Launch of an Independent Citizens Audit into Ireland’s National Debt
Action From Ireland – 4/5/2011
Irish national debt audit to determine real picture
DILMA QUER TIRAR 16 MILHÕES DA MISÉRIA
Porcentual de pobres cai mais de 50%
Autor(es): Mônica Ciarelli
O Estado de S. Paulo - 04/05/2011