Por Said Barbosa Dib*
O mundo está mudando de forma acelerada e confusa. E não é para melhor. Tem coisas que ocorrem que eram inimagináveis até bem pouco tempo. Um presidente francês do pós-guerra, recém eleito, indo a Berlin beijar a mão e pedir bênçãos de chefe de Estado germânico. O normal, o esperado em qualquer país soberano, seria o eleito receber a visita de chefes de governo e de Estado nas cerimônias da posse. Pelo menos bilhetinhos ou telefonemas. E a ironia é que foram a Revolução Francesa e a Era Napoleônica que inventaram o conceito de Soberania Nacional. Até Deus tentou evitar a vergonha. Mandou raio contra o avião do presidente socialista para tentar impedi-lo de ir em frente. Não adiantou. François Hollande mostrou que a França não é mais a mesma. Nem o velho e injustiçado presidente Philippe Pétain, que foi obrigado a assinar armistício que entregava a França ao Terceiro Reich, foi tão subserviente. Afinal, no seu caso, a ocupação nazista era realidade em pelo menos 60% do território francês. Tinha um álibi. Alguém teria que assinar o documento diante do fato consumado. Hoje, as amarras são econômicas. Mas, o que importa para o mundo é o seguinte fato: desde o Tratado de Verdun (843), passando pelo Sacro Império Romano Germânico, pelas Guerras Napoleônicas (1799-1815), pela Guerra Franco-Prussiana (1870-71), pela Primeira Guerra Mundial (1914-18) e pela Segunda Guerra Mundial (1939-45), sempre que as relações franco-germânicas foram desiguais, a Europa, em especial, e o Mundo, em geral, pagaram caro por isso. Péssimo agouro! Principalmente em tempos de crise econômico-financeira estrutural.
O mundo está mudando de forma acelerada e confusa. E não é para melhor. Tem coisas que ocorrem que eram inimagináveis até bem pouco tempo. Um presidente francês do pós-guerra, recém eleito, indo a Berlin beijar a mão e pedir bênçãos de chefe de Estado germânico. O normal, o esperado em qualquer país soberano, seria o eleito receber a visita de chefes de governo e de Estado nas cerimônias da posse. Pelo menos bilhetinhos ou telefonemas. E a ironia é que foram a Revolução Francesa e a Era Napoleônica que inventaram o conceito de Soberania Nacional. Até Deus tentou evitar a vergonha. Mandou raio contra o avião do presidente socialista para tentar impedi-lo de ir em frente. Não adiantou. François Hollande mostrou que a França não é mais a mesma. Nem o velho e injustiçado presidente Philippe Pétain, que foi obrigado a assinar armistício que entregava a França ao Terceiro Reich, foi tão subserviente. Afinal, no seu caso, a ocupação nazista era realidade em pelo menos 60% do território francês. Tinha um álibi. Alguém teria que assinar o documento diante do fato consumado. Hoje, as amarras são econômicas. Mas, o que importa para o mundo é o seguinte fato: desde o Tratado de Verdun (843), passando pelo Sacro Império Romano Germânico, pelas Guerras Napoleônicas (1799-1815), pela Guerra Franco-Prussiana (1870-71), pela Primeira Guerra Mundial (1914-18) e pela Segunda Guerra Mundial (1939-45), sempre que as relações franco-germânicas foram desiguais, a Europa, em especial, e o Mundo, em geral, pagaram caro por isso. Péssimo agouro! Principalmente em tempos de crise econômico-financeira estrutural.
* Said Barbosa Dib, historiador e analista político
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