segunda-feira, 3 de novembro de 2014

José Sarney: “O Futuro Presente”

A eleição contabilizou uma hipoteca séria que vai marcar o futuro governo: um país dividido. Drummond uma vez disse que vivíamos um “tempo de partido, / tempo de homens partidos”. Estamos divididos, na pequena diferença do resultado entre os candidatos, entre pobres e ricos, nordeste e sudeste, os bons e os maus. Construiu-se durante toda a campanha a retórica de uns condenados à perdição e outros à salvação. O Presidente Toffolli do TSE foi feliz em dizer que se criou um debate para escolher o menos pior, o que é uma injustiça criada pela mídia. Esse problema da divisão do país é uma herança amarga, que vai obrigar a Presidente a ter como tarefa principal conjurar o possível gérmen da desintegração. O sistema político terá que ser reformado ou recriado e será a tônica do novo mandato. A Presidente Dilma terá que ter a coragem de enfrentar o problema. Não será fácil. Enfrentará resistências de aliados e contrários. Mas está preparada para isso. Basta ver a garra e a força com que lutou e atravessou períodos de extrema dificuldade. A sua eleição foi obra do Lula. Sua vitória, “droit de conquête”. A democracia não se aprofundou depois da redemocratização. Avançou um corporativismo anárquico que foi beneficiando ilhas de interesses, gerando essa divisão que aflorou nas eleições. Avanço algumas ideias: acabar com o voto uninominal, que não permite partidos fortes ou a formação de lideranças. Graças a ele o parlamento desmoralizou-se, instituiu práticas condenáveis e perdeu legitimidade. Implantar o voto distrital misto, com distrito e lista partidária. Barrar esse arquipélago de partidos, que não possuem democracia interna, são cartórios de registros de candidatos, só servem para negociações materiais. Levar a sério o problema da reeleição, que precisa acabar, estabelecendo um mandato maior. Proibir os ex-presidentes de voltar a exercer qualquer cargo público, mesmo eletivo, opino com o exemplo do meu erro e arrependimento. Há uma compulsão de expandir poderes em muitos setores, que avançam tornando o país ingovernável. Resolver o grave problema de financiamento de campanhas, pois estabeleceu-se uma promiscuidade entre cargos, empresas e setores da administração que apodreceu o sistema. Uma modernização estrutural para melhor controle das estatais é urgente. As medidas provisórias deformam o regime democrático: o executivo legisla e o parlamento fica no discurso. As leis são da pior qualidade e as MPs recebem penduricalhos que nada têm a ver com elas para possibilitar negociações feitas por pequenos grupos a serviço de lobistas. A economia é o transitório, o institucional é o definitivo. Julgava que o Brasil tinha atravessado esse gargalo. Depois do caos da política brasileira tenho receio de que tenhamos um grande impasse pela frente. É hora de pensarmos no parlamentarismo e marchar em sua direção. Não dá mais para protelar. A Presidente Dilma marcará a História do Brasil se fizer essa transformação. Estou saindo da atividade política, a idade chegou, mas não posso perder a visão do futuro. Estamos no mundo da tecnologia e da ciência. O Brasil está atrasado — nossas últimas descobertas de ponta foram do meu tempo (enriquecimento do urânio, fibra ótica, fabricação de satélites, semicondutores). Gastamos mal na educação. Os avanços ficam por conta da agroindústria. A falta de reforma administrativa é responsável em grande parte pelo nosso emperramento. Temos tido grandes avanços. Consolidamos a liberdade. O país ficou mais justo e humano, avançou no social, mas a política regrediu. Dilma está preparada para esses desafios.

José Sarney foi governador, deputado e senador pelo Maranhão, presidente da República, senador do Amapá, presidente do Senado Federal. Tudo isso, sempre eleito. São mais de 55 anos de vida pública. É também acadêmico da Academia Brasileira de Letras (desde 1981) e da Academia das Ciências de Lisboa.
jose-sarney@uol.com.br


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terça-feira, 14 de outubro de 2014

José Sarney: “O Poder que não pode”


A internet provocou uma mudança tão profunda na História da Humanidade que ninguém pode prever suas consequências em termos de futuro. Ela não só substitui a civilização industrial que Galbraith dizia que duraria 500 anos, dos quais já consumimos 300, mas modificará nossa maneira de pensar, construída na lógica de causa e efeito. Começa pelo conceito de rede. Ela não tem um centro gerador, ela se expande à medida que você ou qualquer pessoa se agrega a ela e se expande sem limites e sem limitações. Nela pode dizer–se tudo, afirmar tudo, contestar tudo e questionar tudo. Um fato pode ter infinidades de versões e a verdade passa a ter tantas verdades que você não sabe onde ela está. Por outro lado, o poder, que era hegemônico, perde essa qualidade fundamental para ser dividido entre todos que participam do mundo digital, que opinam, decidem e vulneram qualquer decisão. Cria o pseudofato, como advertia McLuhan, sobre a sociedade de comunicação. As novas gerações passam de uma civilização oral diretamente para uma visual, sem passar pelo livro como fonte de conhecimento. A Wikipédia é a origem de todas as sabedorias. Basta que através da internet alguém use três ou quatro toques e imediatamente se torna a mais culta das pessoas, discorrendo sobre o assunto que se fala. A memorização passou a ser desnecessária e os jovens estão descobrindo isso. Com o tempo será difícil a sobrevivência do livro, embora ele, é meu pensamento, jamais vá acabar. No Fedro, de Platão, há uma passagem em que o rei do Egito, quando lhe é comunicada a descoberta da escrita, capaz de reter nomes, fatos, episódios, pensamentos, pergunta ao deus Toth, que a criou: “O que será de nossas memórias? Ela vai desaparecer e não poderemos mais guardar as coisas mais profundas e sobre elas estabelecer nossas reflexões e dissertações”. Mas, hoje, o que está no auge das indagações são as consequências do mundo digital sobre o poder. Desapareceu o tempo das potências hegemônicas e do poder hegemônico. Hoje não existe mais o espaço da bipolaridade e o mundo cria novos núcleos de poder que despontam aqui e ali e, embora pequenos ou médios, inibem o poder maior. Desse modo, a juventude que passa o dia e a noite navegando vai transformando o mundo, por sua vez já transformado. O poder não pode mais como nos velhos tempos.

José Sarney foi governador, deputado e senador pelo Maranhão, presidente da República, senador do Amapá, presidente do Senado Federal. Tudo isso, sempre eleito. São mais de 55 anos de vida pública. É também acadêmico da Academia Brasileira de Letras (desde 1981) e da Academia das Ciências de Lisboa.
jose-sarney@uol.com.br   


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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Maria Lúcia Fattorelli: "Previdência Social e Dívida Pública"


A Constituição Federal aprovada em 1988 institucionalizou a Seguridade Social como direito do cidadão e obrigação do Estado. Esse tripé - formado pelas áreas da Saúde, Previdência e Assistência Social - buscava assistir aos trabalhadores que cumpriram seu período laboral e adquiriram o direito à aposentadoria, além de amparar situações de velhice, doença, acidente de trabalho, invalidez, desemprego. Apesar do grande avanço que significou a inclusão da Seguridade Social no texto constitucional, na prática, os sucessivos governos não conseguiram garantir uma aposentadoria digna, nem saúde pública de qualidade, e menos ainda a necessária assistência social. Nesse breve artigo, foco a questão da Previdência Social, alvo de falaciosos ataques de suposto déficit e sucessivas contra-reformas, tendo em vista a necessidade de elucidar o desvio de recursos da Seguridade Social para o financiamento do Sistema da Dívida em nosso país. Adicionalmente, pretendo reforçar a luta pela aprovação de medidas legislativas, como a PEC-555 e o PL-4434/2008, por exemplo, que visam a corrigir parte dos danos impostos aos aposentados e pensionistas.

Possibilidade concreta de Previdência Social digna

Apesar de o Brasil ser um dos países mais ricos do mundo – atualmente é a sétima potência mundial – é impressionante o volume de sucessivos sacrifícios impostos aos aposentados e pensionistas, tanto do regime geral como de regimes próprios dos servidores públicos. Relativamente aos servidores públicos, os danos mais relevantes dos últimos tempos estão configurados na exigência de pagamento de "contribuição social" por aposentados e pensionistas a partir da reforma de Lula em 2003ii; uma verdadeira aberração que configura bitributação. Tal sacrifício representa uma arrecadação de cerca de R$ 2 bilhões anuais iii, valor equivalente a menos de um dia de pagamento da dívida pública. O outro grande dano decorrente da mesma reforma apresentada por Lula em 2003 decorre da privatização do sistema de aposentadoria mediante a criação do FUNPRESP, que atinge os aposentados a partir de sua regulamentação por Dilma. De acordo com as regras, o Estado não dará garantia alguma aos que optarem pelo FUNPRESP, já que a regra é de contribuição definida, sem qualquer responsabilidade em relação ao benefício futuro, que dependerá do funcionamento do mercado. Trata-se de algo extremamente temerário, especialmente diante da possibilidade de o FUNPRESP investir em derivativos, papéis considerados os responsáveis pela crise financeira deflagrada em 2008 nos Estados Unidos e Europa. Com relação aos trabalhadores do regime geral, são ainda mais relevantes os sacrifícios impostos pelo denominado "fator previdenciário", que adia as aposentadorias e reduz benefícios, além da contínua redução real anual dos proventos, devido à injusta fórmula de reajuste aplicada, muito aquém da inflação sofrida pelos aposentados. Além disso, o atual salário mínimo é quatro vezes inferior ao que deveria, para que atendesse ao disposto na Constituição Federal (art. 7º, IV), segundo a qual deveria ser capaz de atender às necessidades dos trabalhadores e às de sua família "com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo". Dessa forma, a maior parte dos aposentados do regime geral, que recebe apenas um salário mínimo, está tendo seus direitos constitucionais claramente violados. Tais lesões aos trabalhadores que cumpriram seu período laboral e conquistaram o direito de se aposentarem dignamente é inaceitável, tendo em vista a situação de superávits bilionários anuais da Seguridade Social no Brasil, decorrentes das receitas provenientes de contribuições sociais pagas pela sociedade, trabalhadores e empresas, conforme aprovado pelos constituintes de 1988, que além de regulamentar o direito do cidadão, com a criação da Seguridade Social, garantiram o seu financiamento por todos os setores da sociedade. Assim, em vez de submeter os aposentados e pensionistas com a contínua subtração de direitos, nossos governantes deveriam estar convocando debates para decidir como melhorar os benefícios previdenciários, a assistência social e a saúde pública, tendo em vista o bilionário superávit da Seguridade Social, como apontam os dados compilados a cada ano pela ANFIPi v:

RESULTADO DA SEGURIDADE SOCIAL – DESPESAS REALIZADAS

Conforme dados demonstrados no quadro acima, a cada ano, de 2010 a 2013, sobraram, respectivamente, 55, 76, 83 e 78 bilhões de reais, que acabaram sendo desviados para o cumprimento da meta do "Superávit Primário" a fim de garantir o pagamento de juros da dívida pública. Cabe esclarecer que o cálculo do falacioso déficit por parte de setores do governo e mídia tem sido obtido de forma totalmente equivocada, pois consideram somente a contribuição direta da folha de pagamento, deixando de computar as demais contribuições sociais, especialmente a COFINS (Contribuição para o financiamento da Seguridade Social) que é paga principalmente pela classe trabalhadora, tendo em vista que está embutida nos preços de tudo que consumimos. A Seguridade Social passou a ser sustentada também pela CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), incidente sobre o lucro das empresas, entre outras fontes. Não faltam recursos. O conjunto de receitas da Seguridade Social consta do quadro seguinte: 

RESULTADO DA SEGURIDADE SOCIAL – RECEITAS AUFERIDAS

No caso do Regime Próprio de Previdência dos Servidores (RPPS), também é totalmente equivocado o cálculo do governo acerca de suposto "déficit". O governo compara - de forma simplista - as contribuições previdenciárias arrecadadas dos atuais servidores ativos e aposentados com o total de despesas com aposentadorias e pensões. Desta forma, deixa de considerar as contribuições históricas dos atuais aposentados, que foram desviadas para diversos fins. Outro fator relevante é o desmonte do Estado nas últimas décadas: em 2013, o número de servidores civis ativos do Poder Executivo era praticamente o mesmo que em 1991 (662 mil servidores). Caso tivesse havido a devida reposição de servidores ativos, com a regularidade de concursos em quantidade suficiente, o propalado "déficit" não existiria. Prova disso é que no Poder Judiciário, onde a reposição de servidores tem sido um pouco mais frequente que no Executivo (embora ainda tenha sido também insatisfatória), o montante das contribuições em 2013 superou em quase R$ 2 bilhões os custos com aposentadorias e pensões. v Ao contrário do que diz a grande mídia, os gastos com servidores federais estão caindo drasticamente: mesmo considerando ativos, aposentados e pensionistas de todas as carreiras e poderes, os gastos caíram de 54,5% da Receita Corrente Líquida do governo federal em 1995 para apenas 31,1% em 2013.vi A falácia do déficit visa a atender a interesses do setor financeiro privado, que deseja o enfraquecimento da previdência social pública para que todos os trabalhadores passem a constituir fundos privados de previdência sujeitos a regras de mercado e sem garantia do Estado. A recente crise financeira que abalou economias dos países europeus e até dos Estados Unidos demonstrou que essa modalidade de previdência não garante a segurança dos trabalhadores, mas garante lucros imensos ao setor financeiro. A questão previdenciária vai além dos números. De fato, a sociedade está envelhecendo e os brasileiros estão tendo cada vez menos filhos. Mas se houver emprego digno para os jovens, com respeito às leis trabalhistas, não faltarão recursos para o financiamento da aposentadoria digna aos que já cumpriram seu período laboral. É evidente que o sistema é sustentável; se não garantisse vultosos lucros, o setor financeiro privado não estaria tão interessado em criar fundos de previdência privada. Dessa forma, é fundamental a aprovação imediata da PEC-555, que extingue a cobrança de contribuição social de aposentados e pensionistas, bem como o PL-4434/2008, que corrige o valor das aposentadorias do regime geral que vem sendo lesadas por injustificada forma de atualização que reduz continuamente o seu valor real. Adicionalmente, é preciso retomar o debate sobre o fim do fator previdenciário, que chegou a ser extinto pelo Congresso Nacional, mas foi vetado por Lula no dia da estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2010!vii 
 
 
O verdadeiro rombo das contas públicas não está na Seguridade Social, mas no Sistema da Dívida 
 
Os discursos que tentam justificar as restrições no campo da Seguridade Social passam pela questão financeira e fazem soar que o conjunto das reformas que trazem danos aos trabalhadores do setor público e privado seriam uma necessidade real. Os recursos que sobram na Seguridade Social têm sido realocados para outras áreas, principalmente para integrar o Sistema da Dívida, que tem prioridade dentre todas as despesas, tendo em vista o privilégio declarado ao cumprimento da meta de superávit primário, a fim de garantir o pagamento de juros da dívida pública. O orçamento federal do corrente ano, por exemplo, destina 42,04% ao pagamento de juros e amortizações da dívida e 19,87% para a previdência social, conforme gráfico a seguir. Todas as áreas sociais ficam prejudicadas diante do privilégio da dívida, que remunera a taxas de juros mais elevados do mundo, apesar de recaírem sobre o processo de endividamento inúmeros indícios de ilegalidades e ilegitimidades documentadas por CPI realizada na Câmara dos Deputados em 2009/2010, que tive a oportunidade de assessorar. Além disso, a dívida tem sido a justificativa para as sucessivas contra-reformas (da Previdência, especialmente) e as inaceitáveis privatizações de empresas lucrativas e de aparato do Estado: portos, aeroportos, estradas e até petróleo. Apesar de prevista na Constituição Federal a auditoria dessa dívida nunca ocorreu. É por isso que nosso movimento Auditoria Cidadã da Dívidaviii insiste em colocar o tema em debate. Do outro lado estão os interesses do setor financeiro, que não quer esse debate, e é o maior financiador das campanhas eleitorais dos grandes partidos, garantindo que os eleitos continuarão apoiando a destinação dos abusivos juros para uma dívida nunca auditada. É fundamental que os setores sociais afetados tomem conhecimento do recorrente desvio de recursos da Seguridade e demais áreas sociais para o financiamento do Sistema da Dívida em nosso país. Auditoria já! 

Maria Lucia Fattorelli é ex-auditora fiscal da Receita Federal e atual presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Unafisco Sindical), formada em Administração e Ciências Contábeis e coordenadora do movimento Auditoria Cidadã da Dívida


i Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida. Membro da Comissão de Auditoria Oficial da Dívida Equatoriana, nomeada pelo Presidente Rafael Correa mendiante Decreto 472/2007. Assessora da CPI da Dívida Pública realizada na Câmara dos Deputados Federais em 2009/2010.

ii "É NULA a Reforma da Previdência de Lula", disponível em:
http://www.auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2013/02/Carta-reforma-da-previdencia.pdf 

iii Dado obtido a partir da tabela do Tesouro Nacional, disponível em:
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/352024/Receita_Contribuicao.xls/4279c12b-7a83-4d02-950c-51fbe48cfa9b   

iv
www.anfip.org.br  

v Dados calculados a partir do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, págs 26, 65 e 66, disponível em:
http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/servidor/publicacoes/boletim_estatistico_pessoal/2014/Bol219_jun2014_parte_I.pdf  

vi Idem, pág 38.

vii
http://www.pstu.org.br/node/15597  

viii
www.auditoriacidada.org.br  

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Comentários de Adriano Benayon desmascarando levianas declarações de FHC

 
Fernando Henrique Cardoso (FHC) não tem autoridade intelectual, nem moral alguma para dizer que as classes de menor renda de nosso povo são mal informadas. Elas só são mal informadas, na medida em que veem a TV comercial, a qual está, por inteiro, nas mãos de inimigos do País, controlada, há mais de 60 anos, pela oligarquia financeira angloamericana, cujo objetivo é empurrar o Brasil para o subdesenvolvimento e para o atraso tecnológico. Na realidade, quem está não só mal informado, mas desinformado e intoxicado por lavagem cerebral, são os leitores da revista VEJA, os do jornal O GLOBO e demais veículos, conhecidos por suas iniciais: GAFE (Globo, Abril, Folha e Estadão). A intervenção estrangeira, dentro do Brasil, produziu, entre outros estragos, o de abaixar grandemente o nível da cultura e a qualidade dos que têm acesso à escolaridade, inclusive no nível dito superior.
Assim, a grande maioria dos brasileiros das classes de maior renda que buscam “informação” na mídia do GAFE, carecem de sistema imunológico, em seus intelectos, para não se deixarem intoxicar pela sistemática deformação dos fatos e pelas interpretações falaciosas desses fatos, que constituem a atividade profissional dos comunicadores a serviço da grande mídia. Esses que imaginam ter boa instrução, são, pois, os pessimamente informados, que ignoram e teimam em ignorar até as mais visíveis perversidades cometidas contra o Brasil nos dois mandatos de FHC, ambos obtidos por meio de fraudes, golpes e corrupção.  Nunca quiseram ler sequer o livro “O Brasil Privatizado”, de Aloysio Biondi, o melhor jornalista econômico que já tivemos. Quanto mais se pesquisa, mais se encontram exemplos das degradantes medidas tomadas durante os mandatos de FHC, todas com o objetivo de promover a desnacionalização e a impotência econômica e tecnológica do Brasil.

FHC não é intelectual, coisíssima nenhuma. 

É um desses indivíduos que os serviços, agências e fundações das potências imperiais angloamericanas, recrutam, dentro de seu programa de “trabalho”: conspirar contra o País, impedir seu desenvolvimento e abalar até mesmo sua integridade, por meio de intervenção permanente. O recrutamento de FHC - por fundações norte-americanas, ligadas à CIA, uma das 16 agências de “inteligência” dos EUA - está documentado em, entre outras publicações, no livro “E Quem Pagou a Conta”, de autoria da pesquisadora Frances Stonor Saunders, tradução editada pela Record.  Para não quebrar a sequência, deve-se conferir uma apresentação dessa obra por Armindo Abreu e Sebastião Nery. 

Bem, FHC foi recrutado por sua qualidade intelectual?  Não.  

Os que o recrutaram, trataram de construir sobre ele a falsa imagem de intelectual. Interessou-lhes mais haver FHC posado de marxista, na época de professor na USP, e ter sido aposentado prematuramente, em 1964, alegadamente por inclinação à esquerda. Isso lhe proporcionou posar de exilado no Chile, onde lhe arranjaram colocação na CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina) e pôde acumular os proventos desse emprego com os da aposentadoria, na realidade, um prêmio do regime militar. FHC é filho e sobrinho de generais do Exército. Estes até participaram da campanha “O Petróleo É Nosso”, em 1952/53. Mais uma falsa credencial: além da de suposta esquerda, a de nacionalista. Ou seja, as antíteses das políticas de FHC. Nada mais conveniente, pois, para a CIA que fomentar a carreira de alguém aparentemente insuspeito para cometer os crimes que cometeu contra a sociedade e contra o País. A carreira de FHC foi, assim, turbinada por numerosos golpes e factoides, sob o a direção de serviços secretos e entidades da oligarquia financeira angloamericana.  O lance inicial ocorreu, no final dos anos 60: a doação estimada em 800 mil dólares, concedida pela Fundação Ford ao CEBRAP, instituto criado por FHC em SP. É fácil construir a carreira de alguém escalado para ser seu instrumento, já que a oligarquia financeira mundial tem decisiva influência sobre organismos internacionais, inclusive ONU, universidades e a grande mídia, em todas as partes do mundo. 
Ademais, os golpes no Brasil não foram só os militares. A intervenção faz-se sempre, através de corrupção da grossa, aquela que a grande mídia encobre.  O rarefeito valor intelectual de FHC contrasta com a imagem criada sobre ele, conforme o método de repetir mentiras até virarem “verdade”, como ensinou o psicólogo Edward Bernays, sobrinho de Freud. Em meu livro “Globalização versus Desenvolvimento”, nas páginas finais, demonstrei em que consiste a obra principal atribuída à autoria de FHC (em co-autoria com o chileno Enzo Faletto, o enormemente divulgado (et pour cause) “Dependência e Desenvolvimento na América Latina”. Trata-se de um livro mal escrito, com parágrafos longos e confusos, com frases mal encadeadas, cuja finalidade é afirmar que a dependência (econômica, financeira e tecnológica, entre outras) seria compatível com o desenvolvimento. A história dos últimos 60 anos no Brasil demonstra exatamente o contrário disso. Eis um trecho de meu livro, em que cito depoimentos de intelectuais de alto nível sobre a obra de FHC: 

Como observou Celso Brant, o melhor julgamento sobre a obra sob comento foi o de João M. Cardoso de Mello, destacado professor da UNICAMP: “O livro é um malogro completo [...] Um livro de circunstâncias. Se você tirar da prateleira e for ler, aquilo não fica em pé. Já o professor laureado da Universidade de Yale, Robert Packerman, considera que as únicas partes aproveitáveis do trabalho de Cardoso e Faletto são as que eles copiaram de André Gunder Frank.
Adriano Benayon é Doutor em Economia pela Universidade de Hamburgo e Advogado, OAB-DF nº 10.613, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Professor da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”abenayon@brturbo.com.br

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Quésia Gracez: “Ética, a proteção da convivência”

Segundo o professor de ética da USP, Clóvis de Barros Filho, ética é uma produção da inteligência coletiva que busca uma convivência melhor e mais feliz.  Mas o que é ética? Onde e como aplicar a tal da ética nas nossas vidas? Para entender melhor o que é ética o professor com suas palavras cheias de vigor, cita em sua palestra exemplos cotidianos, que ficam claramente compreensíveis para qualquer pessoa. Transformando antigos conceitos complexos sobre o tema, em algo de uma simplicidade contagiante, influenciando todos a buscarem algo a mais sobre a ética. Clóvis de Barros ainda consegue colocar o doce da filosofia na boca de seus expectadores, fazendo dos mesmos pessoas melhores e mais felizes após sua fala incrivelmente lúcida e despojada. Então meus amigos, ética nada mais é que a nossa conduta perante as diversas escolhas da nossa vida. O que você faria se ninguém pudesse lhe ver? O que você não faria em hipótese alguma se ninguém pudesse lhe ver? A resposta disto é o seu grau de ética que lhe diz. Você devolveria uma carteira cheia de dinheiro achada na rua, independente de sua situação financeira atual. Isto é, ética, o ato de manter-se firme a seus princípios e valores. A ética vem do Ser é algo interno e forte, uma marca registrada no DNA da pessoa, tal qual uma tatuagem que marca a pele denunciando nossos gostos. Um registro de caráter no qual nem por tortura pode ser corrompido. Uma conduta comportamental que tem como objetivo o bem maior do convívio de uma sociedade. Uma forma de viver dentro da lei e pela lei. Ética deveria ser o primeiro objetivo de uma nação que esta cansada de tanta corrupção política, mas entendamos que tal corrupção só ocorre porque nós todos estamos de fato corrompidos. A única diferença dos nossos políticos é o nível de corrupção. A palavra corromper vem de Cor que é coração mais romper que é ruptura, logo entendo que corrupto é aquele que destruiu seu coração. E assim com todos os corações calados e corrompidos, a população fura fila no banco, o político rouba dinheiro da merenda escolar, o velho não devolve o troco a mais que recebe, pois sua aposentadoria é minguada e a culpa é do governo, o jovem joga papel no chão pois o gari vai limpar depois, o pai faz o filho mentir sua idade para pagar metade do preço no restaurante e se a criança tenta falar a verdade é castigada; e a mãe por final fica calada, ou seja compactua com a corrupção do lar. E nesta dança insana todos seguem suas vidas, um querendo derrubar o outro, enquanto que a fórmula correta deveria ser um querer erguer o outro. Percebam que bela educação e exemplo muitas crianças recebem de seus pais e de todas as pessoas a sua volta, que lhe deveriam ser bom exemplo. Logo eles os políticos sabendo de seu povo corrompido, só continuam a fazer os delitos em sua escala de maior nível e grau.  Entendemos então que se queremos acabar de vez com a corrupção no Brasil, de nada adianta ficar discutindo política! No meu ponto de vista não existe maior perda de tempo do que ficar dialogando sobre fulano, cicrano ou beltrano e suas candidaturas. Temos que entender a ética, aplicar a ética nas nossas vidas, dar o exemplo para nossos filhos. Isto sim fará do Brasil um país melhor. Eu devo ser a conduta política impecável que desejo ver no outro. Basta por hoje!

* Quésia Gracez é escritora e colunista do Diário de Viamão e do Jornal Toda Hora de Campo Bom do site EntreElas NH- RS. Seus artigos foram publicados no site da ZeroHora, Portal Literal, entre outros renomados veículos de comunicação.

www.quesiagracez.com

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cresce resistência à ideologia do gênero na ONU

Por Silvia Palacios/ Alerta em Rede

A ideologia do gênero, fabricada por um poderoso lobby malthusiano internacional, que logrou impô-la na Conferência Mundial sobre a Mulher, em Pequim (1995), foi introduzida nos organismos especializados das Nações Unidas, 15 anos atrás. Desde então, as nações e os seus poderes constituídos, em todo o mundo, têm sido fortemente pressionados para adequar as suas leis e culturas às resoluções neles aprovadas, tendo o tema entrado de fato no jogo das pressões diplomáticas. Até o momento, a ONU tem servido como um palco privilegiado para se forçar uma mudança cultural de alcance mundial, impondo-se novas convicções que questionam a existência da família natural, as diferenças entre homem e mulher e a gestação da vida. Por isso, é de grande relevância que um grupo de nações, representando uma significativa fração da população mundial, tenha se unido para confrontar aquela agenda supranacional, que representa uma ameaça à existência da pessoa e da soberania dos Estados. Em 28 de junho, em Genebra, Suíça, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução que reconhece a família como o núcleo da sociedade. O texto afirma:

“Reconhecemos a família como o núcleo natural e fundamental da sociedade, e com direito à proteção por parte da sociedade e do Estado. (…) A família tem a responsabilidade primária de nutrir e proteger as crianças. (…) Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, elas devem crescer em um ambiente familiar e uma atmosfera de felicidade, amor e entendimento.” (ACI/EWTN Noticias, 28/06/2014)

Possivelmente, quando a ideologia do gênero foi imposta, em Pequim, a maioria das pessoas sequer imaginasse que, em algum momento, a afirmação da prevalência da família natural viria a constituir um tema de discrepâncias mundiais. Mas, desde então, aqueles grupos de poder que controlam os meios de comunicação, sistemas educacionais, movimentos sociais e outros meios de propaganda e influência, se puseram à frente de uma autêntica guerra cultural contra a civilização cristã. A resolução foi aprovada por 26 votos a favor, 15 contra e seis abstenções. Os votos favoráveis vieram da África do Sul, Arábia Saudita, Argélia, Benin, Botswana, Burkina Faso, Cazaquistão, China, Congo, Costa do Marfim, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Filipinas, Federação Russa, Gabão, Índia, Indonésia, Kuwait, Maldivas, Marrocos, Namíbia, Paquistão, Quênia, Serra Leoa, Venezuela e Vietnã. Os contrários foram: Alemanha, Áustria, Chile, Coreia, Estônia, EUA, França, Irlanda, Itália, Japão, Montenegro, Reino Unido, República Checa e Romênia. Abstiveram-se: Argentina, Brasil, Costa Rica, Macedônia, México e Peru. O representante de Cuba não se apresentou para a votação. Como se pode constatar, os países europeus – supostamente, o centro de gravidade da civilização cristã ocidental -, uma vez mais, renegam as suas raízes históricas e persistem em se manter afogados no pessimismo cultural do hedonismo da opção “sem filhos”, causadora do “inverno demográfico” que os assola. No mesmo período, em 24 de junho, o governo dos EUA deu uma contribuição para tal impulso, ao promover o Fórum da Casa Branca sobre Direitos Humanos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais), apresentado por ninguém menos que o vice-presidente Joe Biden, a assessora de Segurança Nacional Susan Rice e a assessora presidencial Valerie Jarrett. Com a presença de centenas de participantes, o Fórum serviu para o governo do presidente Barack Obama renovar o seu compromisso de “promover e proteger os direitos humanos e a dignidade das pessoas LGBT, em todo o mundo, onde quer que se vejam ameaçadas (Noticias Globales, 3/07/2014).
 
 
Quanto à Ibero-América, as nações votantes, embora não tenham assumido um compromisso ativo contra as imposições da “diplomacia do gênero”, pelo menos, se abstiveram de coonestá-la. “A derrota [do conceito] dos vários tipos de família demonstra que a ONU está cansada desse tipo de debates” — sintetizou Austin Ruse, presidente do Instituto Família Católica e Direitos Humanos dos EUA. “A maioria dos estados membros gostaria de promover temas que preocupem ao mundo e não apenas às elites no Norte”, disse ele. No âmbito continental, a Organização dos Estados Americanos (OEA) também foi palco de uma confrontação sobre certos aspectos da ideologia do gênero. Na última assembleia geral da entidade, realizada em Assunção, Paraguia, em 3-5 de junho, o secretário-geral José Miguel Insulza reconheceu que a insistência no tema dos direitos do grupo LGBT, como tem ocorrido nos últimos seis anos, somente tem produzido “fricções”. Isto porque várias nações do continente se opõem veementemente à aplicação vinculante de questões como o aborto, casamento homossexual e adoção de crianças por tais casais, por temor de punições externas eventualmente impostas pela desobediência a alguma resolução que, porventura, fosse rechaçada por suas populações. Devido à controvérsia, não foi aprovada uma resolução promovida pela Argentina, Brasil e Uruguai, sobre os direitos dos homossexuais. Na ocasião, o representante da Guatemala sintetizou as posições daqueles países, ao afirmar: “Meu país declara que promove e defende os direitos humanos e, com relação às disposições desta resolução, não discrimina por qualquer razão, por motivos de raça, credo, sexo etc. Não obstante, a Guatemala considera que, legalmente, não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo e isto não constitui uma prática discriminatória.”



Créditos  Este artigo foi apresentado no Boletim Eletrônico MSIa INFORMA, do MSIa – Movimento de Solidariedade Íbero-americana, Vol. V, No 46, de 03 de julho de 2014.

MSIa INFORMAé uma publicação do Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa). Conselho Editorial: Angel Palacios, Geraldo Luís Lino, Lorenzo Carrasco (Presidente), Marivilia Carrasco e Silvia Palacios. Endereço: Rua México, 31 – sala 202 – Rio de Janeiro (RJ) – CEP 20031-144; Telefax: 0xx 21-2532-4086.

Para saber mais sobre o tema visitar os sites da MSIa/Capax Dei: http://www.alerta.inf.br/ e http://www.msia.org.br/.

Mensagens e sugestões favor enviar para msia@msia.org.br

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Fidelix Censurado: O Brasil já vive sob a ditadura das minorias

Os movimentos gay e feminista cometem o mesmo erro do movimento negro — em vez de realçar os valores positivos dos homossexuais e das mulheres, preferem deflagrar uma guerra insana aos heterossexuais, tratados como inimigos

Publicado no Jornal Opção – GO
Edição 2048




Levy Fidelix: verdades incômodas por trás da grosseria|Foto: Marcos Bezerra/Futura Press


José Maria e Silva

Se fossem completamente expurgadas da civilização as contribuições dos homossexuais ao longo dos séculos, é possível que o homem corresse certo risco de voltar à Idade da Pedra. Vir­gílio (70-19 a.C,), o Homero latino, escolhido por Dante para servir-lhe de guia na “Divina Comédia”, amava rapazes como muitos gregos ilustres e dedicou a esse amor pelo mesmo sexo parte de um longo poema lírico, as “Bucólicas”, que durante a An­ti­gui­dade, foi considerado por alguns padres da Igreja, entre eles Lactâncio, como profético. É que, na quarta écloga do poema, Virgílio menciona uma virgem e, em seguida, um menino que dará origem a uma Idade de Ouro – o que levou a filosofia Pa­trística, admiradora dos clássicos gregos e latinos, a interpretar esses versos como sendo uma profecia do nas­cimento de Jesus Cristo partindo da boca de um autor pagão. Todavia, mais do que celebrar o nascimento de Jesus como se fora um cristão “avant la lettre”, Virgílio canta nas “Bucólicas” o amor do pastor Coridão pelo seu jovem escravo Alexis, descrito pelo poeta como “delícia de seu dono” (“delicias domini”). Assim como Virgílio, pilar da literatura ocidental, outros grandes escritores, músicos, pintores, filósofos e cientistas foram homossexuais assumidos ou latentes. Da grega Safo (630-612 a.C.) ao alemão Thomas Mann (1875-1955), passando pelo francês Marcel Proust (1871-1922) e o britânico Oscar Wilde (1854-1900), foram muitos os homossexuais que se imortalizaram na história da literatura com obras inovadoras. O matemático Alan Turing, um dos pais da computação, e o economista John Nash, expoente da teoria dos jogos, estão entre os homossexuais ilustres. E há indícios de que Sócrates e Leonardo da Vinci também amavam homens. Não é diferente no Brasil do candidato nanico Levy Fidelix (PRTB), bastando citar o polígrafo Mário de Andrade, mentor intelectual do modernismo, e o inventor Santos Dumont, um dos pais da aviação, como alguns dos muitos intelectuais e cientistas ilustres que foram homossexuais – o primeiro, com certeza. Sem contar uma das obras-primas da literatura brasileira, o “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, que se inspira na antiga lenda da donzela-guerreira da Baixa Idade Média para tratar do impossível amor entre dois jagunços – o que faz da homossexualidade uma legítima chave de leitura desse grande romance e parece transformar as diatribes de Fidelix contra os homossexuais, durante o debate na TV Record, num espasmo de obscurantismo brutal, merecedor do pedido de cassação de sua candidatura feito pela OAB e secundado pela iniciativa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, na quarta-feira, 1º, instaurou procedimento preparatório eleitoral convocando o candidato a prestar esclarecimentos sobre o caso em 24 horas.

Semideuses de um  Novo Paganismo

Mas a homossexualidade não é exclusividade de gênios como o compositor russo Tchaikovsky ou o maestro norte-americano Leonard Bernstein – há fortes suspeitas de que Hitler e Lampião também foram homossexuais. Por isso, é um completo absurdo o que está acontecendo no Brasil – num mundo em que todos os santos perderam a auréola, os homossexuais estão sendo colocados num andor. Semideuses de um novo paganismo, eles se tornaram absolutamente inatacáveis – privilégio de que nenhum outro cidadão desfruta. Aliás, essa foi a essência da crítica de Levy Fidelix ao movimento gay, que não pode ser confundido com cada homossexual em si. Ao responder à provocação da intragável Luciana Genro (PSol), Fidelix disse que “dois iguais não fazem filho” e que “aparelho excretor não reproduz”, para em seguida questionar: “Como é que pode um pai de família, um avô, ficar aqui, escorado, com medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô, que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto”. O estilo de Levy Fidelix pode ser grosseiro, mas descreve a realidade do sexo biológico, que gays e feministas insistem em negar quando lhes convém, como se as palpáveis diferenças físicas entre os sexos não passassem de uma abstração, feita de desejo e discurso, como prega a lésbica norte-americana Judith Butler, misto de Simone de Beauvoir e Michel Foucault, cujo pensamento se tornou hegemônico nos estudos de gênero das universidades. Para Butler, vagina e pênis não passam de ficções burguesas – o sexo, para ela, é pura construção social. Hoje, quase toda a educação sexual ministrada nas escolas baseia-se nesse surrealismo feminista. A despeito do que afirma essa vertente desconstrucionista, Levy Fidelix é quem tem razão: casais homossexuais, de fato, não reproduzem e, no afã de constituírem famílias convencionais, ajudam a fomentar uma perigosa indústria das barrigas e dos sêmens de aluguel, que já começa a suscitar graves problemas éticos nos tribunais, especialmente nos Estados Unidos, onde essa indústria já está consolidada. Luciana Genro disse que os homossexuais são vítimas de uma violência permanente. Devia estar pensando nos 338 homossexuais assassinados em 2012, segundo o Grupo Gay da Bahia, dado que rendeu manchetes sensacionalistas em toda a imprensa, do tipo “a cada 26 horas morre um gay no Brasil”. Ora, naquele mesmo ano, segundo o Mapa da Violência, 56.337 brasileiros foram vítimas de homicídio – 154,3 assassinatos por dia ou 6,4 por hora, o que torna estatisticamente insignificante as mortes de gays. Sobretudo porque os assassinos de homossexuais, na esmagadora maioria dos casos, são seus parceiros de ocasião, requisitados em aventuras de alto risco nas noites do submundo. Exemplo disso é o menor gay N.A.R., de Agudos (SP), que, aos 16 anos, em março de 2013, matou com 16 facadas um empresário de 56 anos com quem mantinha relações sexuais e, um ano depois, em 27 de março deste ano, dois dias depois de ser posto em liberdade, matou um menor de 15 anos com quem estava namorando, mesmo cumprindo medida socioeducativa.

Minorias expropriam até a língua materna

Nas denúncias que apresentou contra Fidelix no TSE e no Minis­tério Público Federal, a Comissão de Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB observou, escandalizada: “O candidato chegou a ligar a homossexualidade à pedofilia, quando disse concordar com a atitude do papa Francisco de expurgar padres pedófilos da Igreja”. A associação, de fato, é controversa, mas não chega a ser absurda, como a OAB quer fazer crer. No artigo “A Profile of Pedophilia” (“Um Perfil da Pedofilia”), publicado em abril de 2007 pela revista médica “Mayo Clinic Proceedings”, fundada em 1926, os psiquiatras forenses Ryan Hall e Richard Hall afirmam (em livre tradução): “A porcentagem de pedófilos homossexuais varia de 9% a 40%, que é de aproximadamente 4 a 20 vezes maior do que a taxa de homens adultos com atração por outros homens adultos (utilizando uma taxa de prevalência de homossexualidade adulta de 2% a 4%). Esta constatação não implica que os homossexuais são mais propensos a molestar crianças, só que uma maior porcentagem de pedófilos são homossexuais ou bissexuais na orientação para as crianças”. A ressalva final – que parece incongruente com os próprios dados do estudo – talvez decorra do fato de que os autores do artigo são formados pela insuspeita Universi­dade John Hopkins, pioneira das cirurgias de troca de sexo. Essa possibilidade se torna ainda mais plausível quando se atenta para outro dado do artigo: em média, os pedófilos heterossexuais abusam de 5,2 crianças, cometendo 34 atos sexuais pedófilos. Já os pedófilos homossexuais abusam, em média, de 10,7 crianças cometendo 52 atos do gênero, enquanto os pedófilos bissexuais abusam, em média, de 27,3 crianças, cometendo mais de 120 atos de pedofilia. Diante desses dados, a associação entre pedofilia e homossexualidade deixa de ser um preconceito moral para se tornar hipótese científica. E se a OAB e Rodrigo Janot discordam, então, que sejam coerentes e peçam o recolhimento imediato de todos os exemplares do livro “Antes Que Anoiteça”, a autobiografia do grande escritor cubano Reinaldo Arenas – gay assumido que morreu de Aids, em 1990, aos 47 anos. Nesse livro pungente, de uma franqueza ímpar, Reinaldo Arenas confessa: “O mundo homossexual não é monogâmico; quase por natureza, por instinto, tende à dispersão, aos amores múltiplos, à promiscuidade, muitas vezes”. Isso explica a minoria gay universitária, que resolveu sindicalizar o sexo – e o faz com uma inaudita violência física e verbal, expressa nas marchas das vadias, nas paradas gays e nos beijaços de protesto, que ocorrem o ano inteiro, pelo Brasil afora, a pretexto de qualquer coisa. Nessas manifestações, inclusive dentro do Congresso Nacional, estudantes universitários de pós-graduação empunham cartazes com os dizeres: “Meu cu é laico”; e, quando questionados, dizem que aquele “cu” do cartaz é um conceito fi­losófico, como se fossem donos absolutos da língua. O “cu” pode até virar metáfora no contexto de uma tese ou de um poema, mas empunhado num cartaz em praça pública ele é, sem dúvida, o órgão excretor que todos possuem e conhecem como tal, a não ser que se dê à minoria gay o direito de expropriar da maioria até o significado das palavras de sua língua materna.
Fúria digna do Estado Islâmico


Mário de Andrade: mentor do modernismo era homossexual. Guimarães Rosa: narrou o impossível amor entre dois jagunços. Marta Suplicy: homofobia contra Kassab na eleição de 2008|Fotos: Acervo FRMFA/Saraiva/Clayton de Souza/AE/

A Igreja Católica, que historicamente sempre acolheu os homossexuais, inclusive ordenando-os sacerdotes, hoje tem sido atacada pelo movimento gay com uma fúria digna do Estado Islâmico. A pretexto de qualquer declaração de um clérigo em defesa da família tradicional, igrejas são cercadas e até invadidas por gays seminus, que vão do beijaço ao “strip-tease” na ofensa aos santos. Quando da visita do Papa Francisco, um grupo de gays e lésbicas nus, tampando os órgãos sexuais com imagens de santos, invadiu a Jornada Mundial da Juventude na Praia de Copacabana e quebrou imagens católicas. As fotos e o vídeo da manifestação, que podem ser encontrados na Internet, mostram uma manifestante seminua se masturbando com uma imagem da Virgem Maria até se cansar e quebrar a imagem com violência. Então, ela pega o pedaço de uma cruz que também fora quebrada, reveste-a com uma camisinha e a enfia no ânus de seu parceiro. Quem pode agir dessa forma impunemente? Só as minorias de estimação. Se o Ministério Público, cumprindo o seu papel, investigasse os manifestantes que promovem esse tipo de protesto violento e discriminatório contra as famílias, privatizando e depredando moralmente o espaço público, sem dúvida descobriria que grande parte deles são estudantes universitários, muitos dos quais chegam a cursar pós-graduação, contando com bolsas de pesquisa do CNPq. Universidades de todo o Brasil estão repletas dessas minorias organizadas e financiadas com dinheiro público a pretexto de promover os direitos humanos e combater a discriminação. No final de maio deste ano, um grupo de pesquisas da Universidade Federal Fluminense – financiado pelo CNPq – promoveu uma festa no Campus Rio das Ostras em que estudantes se cortavam com estiletes e uma mulher teve a vagina costurada. O coordenador do curso de Produção Cultural da UFF, professor Daniel Caetano, defendeu a barbárie, alegando que se tratava de uma performance teatral de um coletivo de Minas Gerais. Já na Universidade de Ouro Preto, foi montada para os calouros uma oficina de masturbação feminina. Por que o procurador-geral da República – em vez de se arvorar a censor da liberdade de expressão, perseguindo Fidelix e violando o texto constitucional, em parceria com a OAB – não cumpre sua missão de investigar e processar os mentores e realizadores dessas bacanais universitárias, capitaneadas por militantes gays e lésbicas? A universidade pública pesa demais no bolso do contribuinte para ser transformada num esgoto a céu aberto. As minorias sequestraram o Estado brasileiro e estão impondo à nação uma ditadura de fazer inveja a Hitler e Stalin. Até a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo – órgão do governo tucano de Geraldo Alckmin – está processando Fidelix por suas críticas aos gays. Também pudera: quando o cartunista Laerte resolveu usar o banheiro feminino de uma pizzaria e ainda brigou com a mãe de uma menina de 11 anos que quis proteger sua filha desse verdadeiro atentado à razão e ao pudor, essa malfadada secretaria tucana saiu em defesa do cartunista. Contra um gay nem o Estatuto da Criança e do Adolescente tem poder. Em tempos menos bárbaros, Laerte sairia algemado da pizzaria.

Escritor gay nas masmorras de Fidel


O movimento gay e o movimento feminista cometem o mes­mo erro do movimento negro – em vez de realçar os valores positivos dos homossexuais e das mu­lhe­res, preferem deflagrar uma guerra insana aos heterossexuais, tratados como inimigos. Essa mescla de demonização do outro e vitimização de si mesmo não pode dar frutos positivos. O movimento negro, por exemplo, está conseguindo aos poucos deflagrar uma guerra racial no Brasil, exagerando a maldade dos brancos e realçando o sofrimento dos negros, mesmo em situações em que esses papéis foram invertidos, como nos casos em que um menor negro estupra ou mata uma mulher branca. Que pai de família pode se sentir confortável sabendo que sua filha de dez, onze anos, em nome do combate à homofobia, tem de conviver no banheiro da escola com um travesti de quinze, dezesseis anos? Mas o pai tem que aguentar calado esse verdadeiro estupro virtual de sua filha. Não tem o direito nem de observar que, nesses casos, as me­ninas são sempre as sacrificadas – afinal, não se tem notícia de lésbica brigando para usar o banheiro masculino. Ao contrário do que se imagina, o movimento gay é profundamente machista – e caminha para descartar a mulher. Reparem nas telenovelas da Rede Globo, maior arma de propaganda do movimento gay: pelo visto, a mulher está deixando de ser protagonista das tramas para dar lugar a pares românticos e triângulos amorosos formados exclusivamente por gays. Há o gay vilão e o gay mo­ci­nho, o gay sádico e o gay-cinderela – ocupando todos os arquétipos dramáticos e dispensando o concurso de atrizes nos papéis de maior destaque. Também no teatro, o “drag queen” vai se tornando indefectível. Só falta a música voltar ao tempo dos “castrati”, dispensando as sopranos. Trata-se de uma espécie de totalitarismo sexual em que o sexo se torna a medida de todas as coisas – algo que não agradaria a um gay da estirpe de Reinaldo Arenas. Quando atirado nas masmorras de Fidel Castro, apenas por ser homossexual, Arenas manteve uma firme abstinência de sexo e registrou a degradação humana dos travestis na cadeia, retalhando os rostos com gilete em brigas por causa de homem. O movimento gay – a exemplo do feminismo e do movimento negro – trai o ser humano que diz representar. Sua preocupação é atacar o capitalismo – justamente o sistema econômico que mais deu liberdade e autonomia aos gays e demais minorias. Esses movimentos são usados como massa de manobra da esquerda para substituir o proletariado. Prova disso é que Marta Suplicy, na campanha eleitoral de 2008, comportou-se de modo muito mais “homofóbico” do que Levy Fidelix tratando a suposta homossexualidade de Gilberto Kassab como uma grave falha humana que o impedia de ser prefeito. Onde estavam a OAB e o Ministério Público Federal, na época, que não processaram a petista, pedindo a cassação de sua candidatura? Se quiserem continuar contribuindo com a civilização, os homossexuais precisam se libertar do totalitarismo do movimento gay e feminista, que ao fazer do sexo a medida de todas as coisas, reduz o homem aos instintos e pode conduzir a humanidade à barbárie.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Adriano Benayon recomenda candidatos que se preocupam com a Dívida Pública

Com um extenso currículo, o doutor em economia, diplomata de carreira, professor universitário, além de autor de livros, Adriano Benayon, é referência entre os economistas brasileiros. Abaixo, ele destaca a importância das candidaturas de Maria Lucia Fattorelli, Roberto Requião e Dra. Clair, para o avanço no debate sobre a dívida pública e a justiça social. Confira:

"Prezados leitores, correspondentes e amigos,
Estou-lhes enviando esta mensagem para recomendar o voto em Maria Lucia Fattorelli 5050,para deputada federal no DF, e em Roberto Requião 15, para governador do Paraná. Também, na Dra. Clair 5499, deputada federal no Paraná. Queria, ainda, pedir aos que residem em outros Estados, a bondade de transmitirem esta mensagem a seus amigos, conhecidos, parentes e correligionários que votam no Paraná e no Distrito Federal.
Por que a ênfase nestes candidatos?

 
MARIA LUCIA FATTORELLI 5050 - DF

Porque é fundamental ter, na Câmara Federal, uma representante firmemente orientada pelo bem-público e que trabalha incansavelmente, há mais de 13 anos, para terminar com o maior dos abusos financeiros e  orçamentários contra o País, o do serviço da dívida pública, que nos está custando um trilhão de reais por ano: quase 20% do PIB. Logo após aposentar-se, a auditora fiscal Maria Fattorelli começou a construir, em 2001, a Auditoria Cidadã da Dívida, entidade que é hoje bela realidade, com sua  Coordenação nacional, por ela dirigida em Brasília, e por importantes centros regionais em bom número de capitais de Estados. Com recursos só dela própria e de outras abnegadas pessoas físicas, formou essa organização, mercê de muito trabalho e de sua capacidade de liderança e de organização. A Auditoria Cidadã   busca e sistematiza informações sobre as origens da dívida pública, sobre seu custo para à União e para os Estados, e sobre seu crescimento, devido às taxas de juros injustificadamente altas que o Banco Central determina recair sobre os títulos do Tesouro Nacional. Essa missão é importantíssima, ainda mais porque esses dados não são adequadamente abertos aos cidadãos, pelas próprias fontes oficiais, e são ocultados pela grande mídia, a serviço dos bancos e dos demais concentradores financeiros, empresas transnacionais e banqueiros da oligarquia mundial. Também vale lembrar os incansáveis esforços de Fattorelli para que o Congresso Nacional cumpra o disposto no art. 26 do ADCT da Constituição Federal e crie a comissão mista, ali prevista, para o exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do endividamento. Dada a composição do Congresso Nacional, em que a nação é sub-representada, e os concentradores financeiros são super-representados, Fattorelli ainda não logrou êxito nos esforços junto a esse poder, mas já conseguiu muitos resultados, em termos de esclarecimento de parlamentares e de milhares de cidadãos. A Auditoria Cidadã da Dívida tem também agido continuadamente  junto ao Ministério Público, TCU e Tribunais superiores, CNJ etc.  Além disso, Fattorelli prestou enorme colaboração à CPI da Câmara dos Deputados que funcionou em 2009/2010 e propiciou levantamentos significativos, embora não fosse concluída satisfatoriamente, em razão do boicote dos grandes partidos. Além disso, Fattorelli continuou e continua a promover a realização de seminários e debates, com a colaboração de especialistas e conhecedores das diversas questões envolvidas pela dívida.   Tem crescido, assim, a consciência de grande número de brasileiros sobre o modo estão sendo espoliados e o sobre o caminho para sair disso. Em virtude de sua excepcional proficiência na questão das dívidas públicas e nos métodos de investigação de seus fatos geradores, Fattorelli, convidada pelo presidente do Equador, Rafael Correa, assessorou o governo desse país na Auditoria ali se realizada, a reduzidas em 70%.

ROBERTO REQUIÃO 15 - PR

É de inestimável importância para o Brasil que o senador e ex-governador Requião volte ao governo do Paraná. Ele está, há 30 anos, na política. No caso dele, isso significa excepcional experiência acumulada em mandatos exercidos com probidade, competência e comprometimento com os interesses nacionais. Coerência, austeridade e coragem caracterizaram a vida política de Roberto Requião. Olhando as candidaturas a governador,  não se vê outra, mesmo em outros grandes Estados, que nos dê a perspectiva de uma administração exemplar, capaz de abrir novos rumos para o País. À frente do Paraná,  entre 2003 e 2010, Roberto Requião liderou seu governo, conseguindo índices históricos de realizações, como a geração recorde de empregos com carteira assinada, e de redução da miséria e queda da mortalidade infantil. Investimentos inéditos em educação, saúde e segurança, além do fomento  à agricultura familiar e às políticas de inclusão social,  garantiram a elevação da  qualidade de vida no Estado. Ao mesmo tempo, Requião tornou mais progressiva a estrutura tributária e fez investimentos pesados em infra-estrutura, que  prepararam o Estado para o futuro. 


DRA. CLAIR – 5499 – deputada federal, Paraná
Seria também magnífico se ajudássemos a eleger deputada federal, no Paraná, a Dra. Clair – 5499.  Ela exerceu esse cargo, de 2002 a 2006, sempre com atuação honesta e impecável em defesa do País e de uma sociedade mais equilibrada. Não tenho dúvida alguma de que a Dra. Clair Martins, na Câmara Federal,  trabalhará denodadamente pelas causas de maior interesse do povo brasileiro, inclusive lutando juntamente com Maria Fattorelli, pela auditoria da dívida federal e das dívidas estaduais, bem como pela revisão dessas dívidas. Há que sacudir o Congresso e tirá-lo da passividade com que se tem portado até mesmo diante dos juros e encargos draconianos impostos aos Estados na dívida destes para com a União Federal.

Abraços,

Adriano Benayon"

Adriano Benayon é Doutor em Economia pela Universidade de Hamburgo e Advogado, OAB-DF nº 10.613, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Professor da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”abenayon@brturbo.com.br

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Maria Lucia Fattorelli, a candidata de quem defende Auditoria da Dívida Pública

Prezados,
 
Estou-lhes enviando esta mensagem para recomendar o voto em Maria Lucia Fattorelli 5050, para deputada federal. Sei que muitos de vocês já decidiram votar na Fattorelli, mas alguns de vocês talvez não estejam inteiramente informados da consistente atuação dela, ao longo de mais de 13 anos, combatendo em favor do Brasil, na Auditoria Cidadã da Dívida, que fundou em 2001, e na qual atua como Coordenadora nacional. Exerce, desde então, competente e patriótica atividade ao coletar e organizar informações sobre as origens da dívida pública, sobre o que ela tem custado à União e aos Estados, e sobre o crescimento dessa dívida, principalmente por causa das taxas de juros absurda e injustificadamente altas que o Banco Central determina recair sobre os títulos do Tesouro Nacional. Nesse trabalho, além de demonstrar capacidade de liderança e de organização, criando não só o núcleo central da Auditoria Cidadã em Brasília, que funciona junto ao Conselho Nacional da OAB, mas também núcleos regionais em vários e importantes Estados, Fattorelli conseguiu fazer chegar a grande número de nossos compatriotas o indispensável conhecimento dos números e fatos importantes relacionados com a dívida pública. Resultado importantíssimo, ainda mais porque esses dados são sistematicamente ocultados dos cidadãos, tanto nas próprias fontes oficiais, como pela grande mídia, que, como sabemos, está a serviços dos bancos e dos demais concentradores financeiros, empresas transnacionais e banqueiros da oligarquia angloamericana. Também vale lembrar os incansáveis esforços de Fattorelli para que o Congresso Nacional cumpra o disposto no art. 26 do ADCT da Constituição Federal e finalmente crie a comissão mista, ali prevista, para o exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do endividamento externo brasileiro. Embora isso não tenha sido obtido hoje, Fattorelli prestou inestimável colaboração a uma CPI, que foi criada, propiciou levantamentos significativos, mas não foi concluída satisfatoriamente, em razão do boicote dos grandes partidos ao encaminhamento de uma verdadeira auditoria da dívida pública.
 

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Mas nossa candidata nunca desistiu. Continuou e continua a promover a realização de seminários e debates, que têm contado com a participação de conhecedores dos diversos aspectos da dívida e a presença ativa de cidadãos de diversas profissões e condições de disseminar o que a Auditoria Cidadã consegue levantar de valiosas informações. Além disso, juntamente com outros batalhadores em prol de nossa sociedade, tem agido junto ao Congresso e junto a autoridades do Executivo e dos tribunais superiores, além do Ministério Público, TCU e outras instâncias, para que seja anulado o dispositivo fraudulentamente inserido, sem votação e nem sequer discussão, na Constituição, o qual favorece os pagamentos da dívida e lhes faz tramitar sem debate no Orçamento Federal. Em virtude de sua  excepcional proficiência na questão das dívidas públicas e nos métodos de investigação de seus fatos geradores,  Fattorelli, convidada pelo presidente do Equador, Rafael Correa,  assessorou o governo desse país na Auditoria que ali foi realizada e que teve grande êxito: a redução de 70% das dívidas, aceita por 95% dos credores. Peço também aos compatriotas que fazem a mesma avaliação grandemente positiva dos méritos da candidata que divulguem esta mensagem a seus amigos e correspondentes de internet, redes sociais etc.
Abraços,
Adriano Benayon
Adriano Benayon é Doutor em Economia pela Universidade de Hamburgo e Advogado, OAB-DF nº 10.613, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Professor da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”. abenayon@brturbo.com.br