quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Fidelix Censurado: O Brasil já vive sob a ditadura das minorias

Os movimentos gay e feminista cometem o mesmo erro do movimento negro — em vez de realçar os valores positivos dos homossexuais e das mulheres, preferem deflagrar uma guerra insana aos heterossexuais, tratados como inimigos

Publicado no Jornal Opção – GO
Edição 2048




Levy Fidelix: verdades incômodas por trás da grosseria|Foto: Marcos Bezerra/Futura Press


José Maria e Silva

Se fossem completamente expurgadas da civilização as contribuições dos homossexuais ao longo dos séculos, é possível que o homem corresse certo risco de voltar à Idade da Pedra. Vir­gílio (70-19 a.C,), o Homero latino, escolhido por Dante para servir-lhe de guia na “Divina Comédia”, amava rapazes como muitos gregos ilustres e dedicou a esse amor pelo mesmo sexo parte de um longo poema lírico, as “Bucólicas”, que durante a An­ti­gui­dade, foi considerado por alguns padres da Igreja, entre eles Lactâncio, como profético. É que, na quarta écloga do poema, Virgílio menciona uma virgem e, em seguida, um menino que dará origem a uma Idade de Ouro – o que levou a filosofia Pa­trística, admiradora dos clássicos gregos e latinos, a interpretar esses versos como sendo uma profecia do nas­cimento de Jesus Cristo partindo da boca de um autor pagão. Todavia, mais do que celebrar o nascimento de Jesus como se fora um cristão “avant la lettre”, Virgílio canta nas “Bucólicas” o amor do pastor Coridão pelo seu jovem escravo Alexis, descrito pelo poeta como “delícia de seu dono” (“delicias domini”). Assim como Virgílio, pilar da literatura ocidental, outros grandes escritores, músicos, pintores, filósofos e cientistas foram homossexuais assumidos ou latentes. Da grega Safo (630-612 a.C.) ao alemão Thomas Mann (1875-1955), passando pelo francês Marcel Proust (1871-1922) e o britânico Oscar Wilde (1854-1900), foram muitos os homossexuais que se imortalizaram na história da literatura com obras inovadoras. O matemático Alan Turing, um dos pais da computação, e o economista John Nash, expoente da teoria dos jogos, estão entre os homossexuais ilustres. E há indícios de que Sócrates e Leonardo da Vinci também amavam homens. Não é diferente no Brasil do candidato nanico Levy Fidelix (PRTB), bastando citar o polígrafo Mário de Andrade, mentor intelectual do modernismo, e o inventor Santos Dumont, um dos pais da aviação, como alguns dos muitos intelectuais e cientistas ilustres que foram homossexuais – o primeiro, com certeza. Sem contar uma das obras-primas da literatura brasileira, o “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, que se inspira na antiga lenda da donzela-guerreira da Baixa Idade Média para tratar do impossível amor entre dois jagunços – o que faz da homossexualidade uma legítima chave de leitura desse grande romance e parece transformar as diatribes de Fidelix contra os homossexuais, durante o debate na TV Record, num espasmo de obscurantismo brutal, merecedor do pedido de cassação de sua candidatura feito pela OAB e secundado pela iniciativa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, na quarta-feira, 1º, instaurou procedimento preparatório eleitoral convocando o candidato a prestar esclarecimentos sobre o caso em 24 horas.

Semideuses de um  Novo Paganismo

Mas a homossexualidade não é exclusividade de gênios como o compositor russo Tchaikovsky ou o maestro norte-americano Leonard Bernstein – há fortes suspeitas de que Hitler e Lampião também foram homossexuais. Por isso, é um completo absurdo o que está acontecendo no Brasil – num mundo em que todos os santos perderam a auréola, os homossexuais estão sendo colocados num andor. Semideuses de um novo paganismo, eles se tornaram absolutamente inatacáveis – privilégio de que nenhum outro cidadão desfruta. Aliás, essa foi a essência da crítica de Levy Fidelix ao movimento gay, que não pode ser confundido com cada homossexual em si. Ao responder à provocação da intragável Luciana Genro (PSol), Fidelix disse que “dois iguais não fazem filho” e que “aparelho excretor não reproduz”, para em seguida questionar: “Como é que pode um pai de família, um avô, ficar aqui, escorado, com medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô, que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto”. O estilo de Levy Fidelix pode ser grosseiro, mas descreve a realidade do sexo biológico, que gays e feministas insistem em negar quando lhes convém, como se as palpáveis diferenças físicas entre os sexos não passassem de uma abstração, feita de desejo e discurso, como prega a lésbica norte-americana Judith Butler, misto de Simone de Beauvoir e Michel Foucault, cujo pensamento se tornou hegemônico nos estudos de gênero das universidades. Para Butler, vagina e pênis não passam de ficções burguesas – o sexo, para ela, é pura construção social. Hoje, quase toda a educação sexual ministrada nas escolas baseia-se nesse surrealismo feminista. A despeito do que afirma essa vertente desconstrucionista, Levy Fidelix é quem tem razão: casais homossexuais, de fato, não reproduzem e, no afã de constituírem famílias convencionais, ajudam a fomentar uma perigosa indústria das barrigas e dos sêmens de aluguel, que já começa a suscitar graves problemas éticos nos tribunais, especialmente nos Estados Unidos, onde essa indústria já está consolidada. Luciana Genro disse que os homossexuais são vítimas de uma violência permanente. Devia estar pensando nos 338 homossexuais assassinados em 2012, segundo o Grupo Gay da Bahia, dado que rendeu manchetes sensacionalistas em toda a imprensa, do tipo “a cada 26 horas morre um gay no Brasil”. Ora, naquele mesmo ano, segundo o Mapa da Violência, 56.337 brasileiros foram vítimas de homicídio – 154,3 assassinatos por dia ou 6,4 por hora, o que torna estatisticamente insignificante as mortes de gays. Sobretudo porque os assassinos de homossexuais, na esmagadora maioria dos casos, são seus parceiros de ocasião, requisitados em aventuras de alto risco nas noites do submundo. Exemplo disso é o menor gay N.A.R., de Agudos (SP), que, aos 16 anos, em março de 2013, matou com 16 facadas um empresário de 56 anos com quem mantinha relações sexuais e, um ano depois, em 27 de março deste ano, dois dias depois de ser posto em liberdade, matou um menor de 15 anos com quem estava namorando, mesmo cumprindo medida socioeducativa.

Minorias expropriam até a língua materna

Nas denúncias que apresentou contra Fidelix no TSE e no Minis­tério Público Federal, a Comissão de Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB observou, escandalizada: “O candidato chegou a ligar a homossexualidade à pedofilia, quando disse concordar com a atitude do papa Francisco de expurgar padres pedófilos da Igreja”. A associação, de fato, é controversa, mas não chega a ser absurda, como a OAB quer fazer crer. No artigo “A Profile of Pedophilia” (“Um Perfil da Pedofilia”), publicado em abril de 2007 pela revista médica “Mayo Clinic Proceedings”, fundada em 1926, os psiquiatras forenses Ryan Hall e Richard Hall afirmam (em livre tradução): “A porcentagem de pedófilos homossexuais varia de 9% a 40%, que é de aproximadamente 4 a 20 vezes maior do que a taxa de homens adultos com atração por outros homens adultos (utilizando uma taxa de prevalência de homossexualidade adulta de 2% a 4%). Esta constatação não implica que os homossexuais são mais propensos a molestar crianças, só que uma maior porcentagem de pedófilos são homossexuais ou bissexuais na orientação para as crianças”. A ressalva final – que parece incongruente com os próprios dados do estudo – talvez decorra do fato de que os autores do artigo são formados pela insuspeita Universi­dade John Hopkins, pioneira das cirurgias de troca de sexo. Essa possibilidade se torna ainda mais plausível quando se atenta para outro dado do artigo: em média, os pedófilos heterossexuais abusam de 5,2 crianças, cometendo 34 atos sexuais pedófilos. Já os pedófilos homossexuais abusam, em média, de 10,7 crianças cometendo 52 atos do gênero, enquanto os pedófilos bissexuais abusam, em média, de 27,3 crianças, cometendo mais de 120 atos de pedofilia. Diante desses dados, a associação entre pedofilia e homossexualidade deixa de ser um preconceito moral para se tornar hipótese científica. E se a OAB e Rodrigo Janot discordam, então, que sejam coerentes e peçam o recolhimento imediato de todos os exemplares do livro “Antes Que Anoiteça”, a autobiografia do grande escritor cubano Reinaldo Arenas – gay assumido que morreu de Aids, em 1990, aos 47 anos. Nesse livro pungente, de uma franqueza ímpar, Reinaldo Arenas confessa: “O mundo homossexual não é monogâmico; quase por natureza, por instinto, tende à dispersão, aos amores múltiplos, à promiscuidade, muitas vezes”. Isso explica a minoria gay universitária, que resolveu sindicalizar o sexo – e o faz com uma inaudita violência física e verbal, expressa nas marchas das vadias, nas paradas gays e nos beijaços de protesto, que ocorrem o ano inteiro, pelo Brasil afora, a pretexto de qualquer coisa. Nessas manifestações, inclusive dentro do Congresso Nacional, estudantes universitários de pós-graduação empunham cartazes com os dizeres: “Meu cu é laico”; e, quando questionados, dizem que aquele “cu” do cartaz é um conceito fi­losófico, como se fossem donos absolutos da língua. O “cu” pode até virar metáfora no contexto de uma tese ou de um poema, mas empunhado num cartaz em praça pública ele é, sem dúvida, o órgão excretor que todos possuem e conhecem como tal, a não ser que se dê à minoria gay o direito de expropriar da maioria até o significado das palavras de sua língua materna.
Fúria digna do Estado Islâmico


Mário de Andrade: mentor do modernismo era homossexual. Guimarães Rosa: narrou o impossível amor entre dois jagunços. Marta Suplicy: homofobia contra Kassab na eleição de 2008|Fotos: Acervo FRMFA/Saraiva/Clayton de Souza/AE/

A Igreja Católica, que historicamente sempre acolheu os homossexuais, inclusive ordenando-os sacerdotes, hoje tem sido atacada pelo movimento gay com uma fúria digna do Estado Islâmico. A pretexto de qualquer declaração de um clérigo em defesa da família tradicional, igrejas são cercadas e até invadidas por gays seminus, que vão do beijaço ao “strip-tease” na ofensa aos santos. Quando da visita do Papa Francisco, um grupo de gays e lésbicas nus, tampando os órgãos sexuais com imagens de santos, invadiu a Jornada Mundial da Juventude na Praia de Copacabana e quebrou imagens católicas. As fotos e o vídeo da manifestação, que podem ser encontrados na Internet, mostram uma manifestante seminua se masturbando com uma imagem da Virgem Maria até se cansar e quebrar a imagem com violência. Então, ela pega o pedaço de uma cruz que também fora quebrada, reveste-a com uma camisinha e a enfia no ânus de seu parceiro. Quem pode agir dessa forma impunemente? Só as minorias de estimação. Se o Ministério Público, cumprindo o seu papel, investigasse os manifestantes que promovem esse tipo de protesto violento e discriminatório contra as famílias, privatizando e depredando moralmente o espaço público, sem dúvida descobriria que grande parte deles são estudantes universitários, muitos dos quais chegam a cursar pós-graduação, contando com bolsas de pesquisa do CNPq. Universidades de todo o Brasil estão repletas dessas minorias organizadas e financiadas com dinheiro público a pretexto de promover os direitos humanos e combater a discriminação. No final de maio deste ano, um grupo de pesquisas da Universidade Federal Fluminense – financiado pelo CNPq – promoveu uma festa no Campus Rio das Ostras em que estudantes se cortavam com estiletes e uma mulher teve a vagina costurada. O coordenador do curso de Produção Cultural da UFF, professor Daniel Caetano, defendeu a barbárie, alegando que se tratava de uma performance teatral de um coletivo de Minas Gerais. Já na Universidade de Ouro Preto, foi montada para os calouros uma oficina de masturbação feminina. Por que o procurador-geral da República – em vez de se arvorar a censor da liberdade de expressão, perseguindo Fidelix e violando o texto constitucional, em parceria com a OAB – não cumpre sua missão de investigar e processar os mentores e realizadores dessas bacanais universitárias, capitaneadas por militantes gays e lésbicas? A universidade pública pesa demais no bolso do contribuinte para ser transformada num esgoto a céu aberto. As minorias sequestraram o Estado brasileiro e estão impondo à nação uma ditadura de fazer inveja a Hitler e Stalin. Até a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo – órgão do governo tucano de Geraldo Alckmin – está processando Fidelix por suas críticas aos gays. Também pudera: quando o cartunista Laerte resolveu usar o banheiro feminino de uma pizzaria e ainda brigou com a mãe de uma menina de 11 anos que quis proteger sua filha desse verdadeiro atentado à razão e ao pudor, essa malfadada secretaria tucana saiu em defesa do cartunista. Contra um gay nem o Estatuto da Criança e do Adolescente tem poder. Em tempos menos bárbaros, Laerte sairia algemado da pizzaria.

Escritor gay nas masmorras de Fidel


O movimento gay e o movimento feminista cometem o mes­mo erro do movimento negro – em vez de realçar os valores positivos dos homossexuais e das mu­lhe­res, preferem deflagrar uma guerra insana aos heterossexuais, tratados como inimigos. Essa mescla de demonização do outro e vitimização de si mesmo não pode dar frutos positivos. O movimento negro, por exemplo, está conseguindo aos poucos deflagrar uma guerra racial no Brasil, exagerando a maldade dos brancos e realçando o sofrimento dos negros, mesmo em situações em que esses papéis foram invertidos, como nos casos em que um menor negro estupra ou mata uma mulher branca. Que pai de família pode se sentir confortável sabendo que sua filha de dez, onze anos, em nome do combate à homofobia, tem de conviver no banheiro da escola com um travesti de quinze, dezesseis anos? Mas o pai tem que aguentar calado esse verdadeiro estupro virtual de sua filha. Não tem o direito nem de observar que, nesses casos, as me­ninas são sempre as sacrificadas – afinal, não se tem notícia de lésbica brigando para usar o banheiro masculino. Ao contrário do que se imagina, o movimento gay é profundamente machista – e caminha para descartar a mulher. Reparem nas telenovelas da Rede Globo, maior arma de propaganda do movimento gay: pelo visto, a mulher está deixando de ser protagonista das tramas para dar lugar a pares românticos e triângulos amorosos formados exclusivamente por gays. Há o gay vilão e o gay mo­ci­nho, o gay sádico e o gay-cinderela – ocupando todos os arquétipos dramáticos e dispensando o concurso de atrizes nos papéis de maior destaque. Também no teatro, o “drag queen” vai se tornando indefectível. Só falta a música voltar ao tempo dos “castrati”, dispensando as sopranos. Trata-se de uma espécie de totalitarismo sexual em que o sexo se torna a medida de todas as coisas – algo que não agradaria a um gay da estirpe de Reinaldo Arenas. Quando atirado nas masmorras de Fidel Castro, apenas por ser homossexual, Arenas manteve uma firme abstinência de sexo e registrou a degradação humana dos travestis na cadeia, retalhando os rostos com gilete em brigas por causa de homem. O movimento gay – a exemplo do feminismo e do movimento negro – trai o ser humano que diz representar. Sua preocupação é atacar o capitalismo – justamente o sistema econômico que mais deu liberdade e autonomia aos gays e demais minorias. Esses movimentos são usados como massa de manobra da esquerda para substituir o proletariado. Prova disso é que Marta Suplicy, na campanha eleitoral de 2008, comportou-se de modo muito mais “homofóbico” do que Levy Fidelix tratando a suposta homossexualidade de Gilberto Kassab como uma grave falha humana que o impedia de ser prefeito. Onde estavam a OAB e o Ministério Público Federal, na época, que não processaram a petista, pedindo a cassação de sua candidatura? Se quiserem continuar contribuindo com a civilização, os homossexuais precisam se libertar do totalitarismo do movimento gay e feminista, que ao fazer do sexo a medida de todas as coisas, reduz o homem aos instintos e pode conduzir a humanidade à barbárie.

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