quinta-feira, 30 de abril de 2009

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA


Uma megaoperação da Receita Federal do Brasil, Polícia Federal e Ministério Público Federal desvendou um esquema de fraudes nas declarações de Imposto de Renda da Pessoa Física em Brasília. O objetivo dos fraudadores era inflar a restituição ou reduzir o valor a ser pago. A estimativa é de que o rombo aos cofres públicos tenha sido de R$ 34 milhões nos últimos cinco anos. Pelo menos por enquanto, 800 contribuintes da capital federal se beneficiaram com a irregularidade. A maioria deles é servidor público, principalmente do Senado Federal, Câmara dos Deputados e Polícia Civil do Distrito Federal. Segundo o delegado da Receita Federal do Brasil no DF, João Paulo Martins da Silva, foi realizada uma operação de busca e apreensão em escritório contábil de Brasília, suspeito de comandar o esquema das fraudes na declaração do IR. “Oitocentas pessoas que tentaram burlar a Receita já foram identificadas, mas o número pode ser maior”, afirmou o delegado. “Eles (do escritório contábil) pegavam as declarações de 2003 a 2006 e enviaram uma retificadora colocando várias despesas. Teve contribuinte que recebeu de restituição entre R$ 60 mil e R$ 70 mil por causa disso”, destacou o delegado. O esquema funcionava da seguinte forma: os responsáveis pela empresa de contabilidade, que se intitulavam como assessores tributários, inventavam despesas com dependentes, médicos e previdência para elevar o valor da restituição ou reduzir imposto devido.O escritório cobrava R$ 150 por atendimento e, posteriormente, 20% da restituição. “Tem contribuinte com rendimento anual de R$ 400 mil que cometeu a fraude para elevar a restituição para R$ 20 mil. Não há pessoas com salários baixos envolvidas”, disse Martins.

FOLHA SERRISTA DE S. PAULO

Ante a rápida propagação mundial da gripe suína e a constatação da contínua transmissão do vírus entre humanos, a Organização Mundial de Saúde elevou seu alerta para o nível 5. É a primeira vez que a OMS aciona esse nível, que indica iminência de pandemia (epidemia mundial). O órgão diz ser alta a probabilidade de o alerta ir ao nível 6 (declaração de pandemia). A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu ontem elevar o seu alerta pandêmico para o nível 5, diante da rápida propagação mundial da gripe suína e da constatação de que há contínua transmissão do vírus entre seres humanos. É a primeira vez que a organização aciona este nível de alerta, que indica a iminência de uma pandemia. A cúpula da OMS admite que é alta a probabilidade de que o alerta passe logo para o nível 6, o mais alto da escala, o que significa a declaração de uma pandemia (epidemia mundial).

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, anunciou ontem a elevação do o nível de alerta contra pandemias para o grau 5 (numa escala de 1 a 6), o que significa que o mundo está sob risco iminente de uma pandemia do vírus H1N1, da gripe suína. "Decidi elevar o nível de alerta pandêmico de ‘influenza’ da fase 4 para a fase 5", disse Chan em entrevista coletiva. O eventual nível 6 significará que já existe uma pandemia - epidemia global de uma doença nova e letal. Chan disse que espera tranquilizar os governos, mas pediu a eles que se preparem para o pior. "O mundo está mais bem preparado para uma pandemia de ‘influenza’ do que em qualquer momento da história", disse Chan. "Pela primeira vez na história podemos monitorar uma pandemia em tempo real."

JURO BRASILEIRO CAI DE 1º PARA 3º DO MUNDO

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central seguiu o roteiro previsto pelo mercado e reduziu a Selic em 1 ponto percentual - de 11,25% para 10,25% ao ano. Em termos nominais, é o menor nível da série histórica, iniciada em 1996, da taxa básica de juros no país. Com o corte, o país deixa de ser o campeão mundia1 dos juros altos, mas continua com uma das maiores taxas do planeta: índice real (descontada a inflação) de 5,8%, atrás da China (6,6%) e da Hungria (6,4%). Nas grandes economias mundiais, a crise já derrubou os juros para patamares próximos de zero. A decisão do Copom desagradou a a empresários e sindicalistas, que esperavam o mesmo ritmo de queda das duas últimas reuniões, quando os diretores do BC promoveram corte de 1,5 ponto percentual. (págs. 1 e Economia A17)

O ESTADO DE S. PAULO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou ontem que uma pandemia de gripe suína é "inevitável e iminente" e elevou o nível de alerta para 5, em uma escala que vai até 6. Mas, ao contrário do que ocorreu durante a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), em 2003, a OMS não decretou a interrupção de viagens, simplesmente porque concluiu que a contenção do surto já não é mais possível. "Está claro que não estamos vendo uma desaceleração do ritmo de proliferação do vírus. Ele continua a se espalhar", afirmou Keiji Fukuda, vice-diretor da OMS.

O GLOBO

A Organização Mundial de Saúde elevou o nível de alerta da gripe suína para 5, numa escala que vai até 6, e advertiu que a pandemia é iminente. A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, apelou aos países que se preparem para o pior: "Todos devem imediatamente ativar seus planos para uma pandemia”. A Alemanha, com quatro casos, e a Áustria, com um, juntaram-se à lista de nove países onde a doença já se manifestou. Com 90 casos confirmados em 10 estados, os EUA registraram a primeira morte um menino mexicano de 1 ano e 11 meses, no Texas. Nova York já é o maior foco da epidemia, depois do México. O presidente Barack Obama pediu que as escolas que registrarem casos fiquem fechadas.

VALOR ECONÔMICO
ABRIL TERMINA COM UM NOVO ÂNIMO NO MERCADO DE AÇÕES

Há exato um ano, o Brasil era alçado ao grupo seleto dos países considerados de baixo risco, ao receber o "grau de investimento" da agência de rating Standard & Poor"s. Em boa hora, diga-se de passagem, já que o país foi atropelado por uma das piores crises financeiras da história mundial, que o impediu de desfrutar integralmente das benesses de quem dispõe de um atestado de confiabilidade, atraindo capital de grandes investidores institucionais. Contudo, o selo de país solvente ajudou o Brasil a atravessar a turbulência e resistir ao clima geral de aversão ao risco, assim como tem sido fator decisivo para a recuperação dos ativos financeiros, em um ritmo até maior do que o verificado em outros mercados.

VEJA TAMBÉM...

ARTIGOS

O dólar furado (O Estado de S. Paulo)

A primeira crise econômica global do século 21 descortina um paradoxo. Os EUA, símbolo da economia liberal, entregam-se à produção de multibilionários pacotes de estímulos fiscais que ampliam seu déficit interno, ameaçam provocar forte desvalorização do dólar e, contrariando os princípios do sistema comercial multilateral, impõem uma cláusula protecionista: Buy America. No polo oposto, a China, uma ditadura de partido único, proclama sua adesão aos princípios do livre mercado e da estabilidade cambial, oferecendo até pequenas lições de ortodoxia econômica a Washington. Lição 1: "A China é contra qualquer forma de protecionismo", frisou Yao Jian, porta-voz do Ministério do Comércio, ao pedir que a OMC conclame "todos os países membros a se comprometerem com a sua estratégia de livre comércio".
Lição 2: "Nós não praticaremos o Buy China", garantiu Jiang Zengwei, vice-ministro do Comércio.
Lição 3: "A crise solicita uma reforma criativa do sistema monetário internacional existente, rumo a uma moeda de reserva internacional de valor estável, emissão baseada em regras e oferta administrável, a fim de alcançar o objetivo de resguardar a estabilidade econômica e financeira global", pontificou Zhou Xiaochuan, presidente do banco central.

140 toques (Correio Braziliense)
Twitter gerou filhote. É tuitar. Ele dá nome à ação de 7 milhões de pessoas mundão afora. Cadastradas, elas entram no microblog mais popular do planeta e dão o recado. Falam de si, fazem perguntas, bisbilhotam, respondem a questões, comentam atos praticados por políticos, celebridades, anônimos ou eles próprios. O espaço da internet é pra lá de democrático. Acolhe qualquer um — eu, você, ele. Entre os membros ilustres, estão Barack Obama e Oprah Winfrey, a apresentadora de talk show mais poderosa dos Estados Unidos. Ao se inscrever, o novo blogueiro manifesta o desejo de seguir esta ou aquela pessoa. Passa, então, a ser avisado todas as vezes que a criatura postar algo. Estrela ou gente comum, todos se submetem a um critério — o tamanho limite do texto. A mensagem deve caber em 140 toques. O que é isso? É isto: …………………………………………………………………………………………………………………………. Convenhamos. É um desafio. Os esbanjadores verbais têm de conjugar o verbo poupar. No caso, menos é mais. Menos palavras e menos letras são sinônimo de mais informação. Vocábulos curtos expulsam os longos. Entre só e somente, por exemplo, não há dúvida. Dá-se a vez ao só. As abreviaturas entram em cartaz. Não só as tradicionalmente conhecidas, aceitas e estudadas na escola. Mas também as abominadas pelos críticos das salas de bate-papo. Ali, que vira q; não, ñ; porque, pq; beijo, bj; você, vc; também, tb. E por aí vai. A criatividade e a compreensão funcionam como baliza. Nada mais. Muitos abominam o modismo. É direito legítimo. Ao exercê-lo, porém, excluem-se. Caem fora não só do Twitter. O microblog se inspirou no SMS — mensagens de texto dos celulares. Para mandar recado por via tão simples, ninguém dispõe de mais de 140 toques. Entrar na onda, pois, não significa abandonar a norma culta. Significa ampliar as próprias possibilidades. Poliglotas na nossa língua, somamos mais uma às tantas que falamos ou escrevemos.


A economia vista por diferentes parâmetros (O Estado de S. Paulo)
A especulação e os especuladores (Valor Econômico)
A via temerária da repatriação de capitais (Gazeta Mercantil)
Brasil, credor do FMI (Folha de S. Paulo)
Carta aberta à Folha (Folha de S. Paulo)
Corrida silenciosa entre a vida e a morte (Correio Braziliense)
De vento em popa, índice mira os 50 mil (Valor Econômico)
Desastre político (O Globo)
Descompromisso com o Estado (Folha de S. Paulo)
Dúvidas e medos (Jornal do Brasil)
Educação para a pobreza (O Estado de S. Paulo)
Empresa de laranja operou com outro banco (Folha de S. Paulo)
EUA e Brasil: dobradinha de BCs (Folha de S. Paulo)
Fim do vestibular único não virou grande notícia (Gazeta Mercantil)
Garantias na execução fiscal (O Globo)
Mais investimentos reduzem os acidentes no setor elétrico (Gazeta Mercantil)
Objetivos socioambientais por meio de mercados (Valor Econômico)
Perdoa-me por me traíres (Correio Braziliense)
Reforma do Banco Mundial não é fácil (Valor Econômico)
Sobra mais dinheiro para investir na economia (Jornal do Brasil)
Um Judiciário sustentável (O Estado de S. Paulo)
Um novo instrumento constitucional: a ADPF (Valor Econômico)
Uma morte oportuna (Folha de S. Paulo)

COLUNAS


A universidade e o conhecimento (Jornal do Brasil - Coisas da Política)

Na entrevista que concedeu ao jornalista David Leonhart, do New York Times, o presidente Barack Obama tocou em tema delicado na civilização atual: para que mesmo servem as universidades? Obama defende uma educação de qualidade, do jardim de infância ao fim do curso médio, que prepare as pessoas para a vida comunitária e o trabalho. As universidades devem ser centros de reflexão e de alta pesquisa. Ele deu o exemplo de seus avós maternos, que não fizeram a universidade, tiveram êxito em sua vida profissional e foram felizes. A avó, lembrou o presidente, escrevia melhor do que muitos de seus colegas na Faculdade de Direito da Universidade de Chicago, e, com um bom curso secundário, chegou a diretora de banco.

Antes técnica, Aneel optou pela política (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)

Executivos do setor elétrico estão em pé-de-guerra com a Aneel, agência federal que fiscaliza o setor elétrico. Eles notaram que desde a posse do novo diretor-geral, Nelson Hubner, afilhado da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a Aneel vem substituindo sua atitude técnica para alinhar-se a posições políticas. As reuniões de diretoria, antes austeras, transformaram-se em plataforma para inflamados discursos políticos.

Ao trabalho (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
"Genocídio" (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Balanço das horas (O Globo - Panorama Econômico)
Bônus substituído por prêmio (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Consumo volta nos EUA e anima pregões (Valor Econômico - Por dentro do mercado)
Coronelismo globalizado (Valor Econômico - Política)
Costas largas (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Cálculos da URV estão prontos (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Dinheiro a rodo (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Dona Dilma (Folha de S. Paulo - Carlos Heitor Cony)
Espírito de porco (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Fala Dilma (O Globo - Panorama Político)
Fingindo que nada acontece (Correio Braziliense - Nas Entrelinhas)
Frágil esboço de reação (Folha de S. Paulo - Eliane Cantanhede)
Gargalo aberto (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Gestão de competências no TJDF (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Governo estuda atrelar o rendimento da poupança à Selic (Folha de S. Paulo - Mercado Aberto)
Gracinhas... (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Grana engatilhada (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Greve na pauta (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Lorota impiedosa (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Ministro abre fórum hoje (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Nem te ligo (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
O que é, o que é? (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Outros quinhentos (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Patrus e Pimentel já disputam em MG (Jornal do Brasil - Informe JB)
Pensando bem... (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Pergunta contagiosa (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Plano de saúde (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Poder sem pudor O deputado mala? (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Polarização (O Globo - Merval Pereira)
Salário mínimo (Correio Braziliense - Ari Cunha - Visto, Lido e Ouvido)
Sangria mal atada (O Estado de S. Paulo - Dora Kramer)
Sem tempo (Valor Econômico - Brasil)
Servidor terá que devolver (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Sopro (Folha de S. Paulo - Monica Bérgamo)
Spread em baixa (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
STJ suspende gratificação (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Tá fraco (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Zoghbi também fatura com seguros no Senado (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
‘Brazilian National Congress’ (O Globo - Ancelmo Gois)
Água no pré-sal (Folha de S. Paulo - Painel)
ECONOMIA


''Esse tal mercado controla o Banco Central'' (O Estado de S. Paulo)

O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto avalia que o Comitê de Política Monetária (Copom) foi conservador ao reduzir a taxa Selic em um ponto porcentual. "Podia ter feito até 1,5 ponto", disse ao Estado. Como analisa a decisão?Era o mínimo que o Copom poderia fazer. Há um espaço imenso em termos de oferta e uma deficiência de demanda gigantesca. Não há nenhuma fonte de inflação. Podia ter feito até 1,5 ponto. A única restrição é o problema da taxa de juro real da caderneta de poupança. Estamos quase no limite e não será possível manobrar (o juro) sem enfrentá-lo. O mercado elevou os juros futuros, mas reduziu as projeções para a inflação. Não é contraditório?Quem leva a sério o mercado?O Banco Central, por exemplo. Só o Banco Central. Aquilo é um processo incestuoso. Esse tal mercado controla o Banco Central. O Banco Central não controla coisa alguma. Essa história de que o Banco Central controla as expectativas inflacionárias é o maior blefe que nós temos hoje. E a história de que o BC terá de subir o juro em 2010?Seria muito bom se o Brasil voltasse a crescer, mas não seria preciso elevar o juro. Essa coisa de o sujeito dizer que vai ter inflação em 2012 é ridícula. Não existe política monetária científica. Isso é falsa ciência e tem um custo enorme. Muitos dizem que o juro real nesse nível é insustentável.De onde eles tiram essa ideia? Qual a razão para o Brasil ser um país teratológico para ter a maior taxa de juros do mundo? A taxa de juros real aqui será da ordem de 3% ao ano, como no mundo inteiro. Há medo do crescimento no País?Como se calcula produto potencial? Usando o produto do passado. É exatamente o produto que o Banco Central não deixou crescer. Ele prejudicou o passado e, desse passado, conclui que acertou. O sr. disse ao ?Estado? recentemente que ainda dava para salvar 2009. Ainda dá?Naquele momento, havia três quartos de ano para trabalhar. Agora temos dois terços. Continua a mesma coisa. O que vai ser 2009 continuará dependendo do que fizermos em 2009. Já fizemos o suficiente?Infelizmente, acho que o Banco Central é responsável por uma parte importante da redução do nível de atividade. Claro que o Brasil ia ter uma redução. O País vinha rodando a 5,5%. Podia ter recuado para 3%. Cair para 1,3% foi porque o Banco Central não usou seus instrumentos adequadamente. Usou sempre na direção certa, mas atrasado e com disposição homeopática. E as medidas fiscais?Não tem política fiscal nenhuma. O governo está sendo arrastado para isso - e não é só o governo brasileiro. Estamos com o déficit nominal controlado e o superávit primário de 2,5% do PIB mantém a relação dívida/PIB onde está, se o PIB cair 1% e a taxa de juro real média for de 6% no ano. É claro que poderia ser muito melhor. O governo poderia não ter expandido tanto os gastos de custeio, podia ter centrado tudo no investimento. Temos de fazer um negócio mais virtuoso, nada mais. Como o sr. vê o cenário externo?Estamos melhorando. No caso brasileiro, os sinais de que estabilizou são visíveis. Estamos seguramente melhores do que em dezembro e em janeiro. Ainda há um longo caminho para recuperar o crescimento, mas certamente estabilizou. Teme uma recaída lá fora?Não, mas a situação é complexa. Não vamos voltar mais para aquele nível de entusiasmo de 2007, quando havia uma bolha. Mas o mundo voltará a crescer 3% daqui um ano e meio, dois, se tanto.

A menor taxa de juros da História (Jornal do Brasil)

Sob uma saraivada de críticas de empresários, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) diminuiu o ritmo de queda da taxa de juros, ao anunciar ontem uma nova redução da Selic de 1 ponto percentual, de 11,25% ao ano para 10,25%. Projeções da Fecomércio-RJ indicam que, ao não baixá-la em 1,5 ponto percentual, o governo deixa de economizar R$ 3 bilhões no pagamento do serviço da dívida pública. Apesar da decepção, a redução foi suficiente para deslocar o país da indigesta liderança no ranking dos maiores juros do mundo.

Acordo entre Chrysler e Fiat deverá ser anunciado hoje (Folha de S. Paulo)
Agricultores pedem financiamento de safra (Folha de S. Paulo)
Aperto fiscal recua 70% no 1º trimestre (Folha de S. Paulo)
Após decisão do BC, bancos cortam taxas do crédito (Valor Econômico)
Após fusão, banco traça metas para área social (Valor Econômico)
Argentina vai impor mais barreiras à entrada de autopeças brasileiras (Valor Econômico)
Aumento das dispensas pelo varejo no mês passado surpreende Dieese (Valor Econômico)
Autoridades prometem levar adiante o "pacto republicano" (Gazeta Mercantil)
Ações de empresas menores lideram com 19% no mês (Valor Econômico)
Banco Central reduz taxa de juros para 10,25% ao ano (Jornal de Brasília)
BB apura resultado extra de R$ 393 milhões no trimestre (Gazeta Mercantil)
BB e Caixa reduzem juro do crédito para consumo (O Estado de S. Paulo)
BB estuda cortar spread de dinheiro do FAT (Valor Econômico)
BC corta 1 ponto e juro básico é o menor desde 97 (O Estado de S. Paulo)
BC corta Selic em 1 ponto e juro nominal é o menor da história (Gazeta Mercantil)
BC dos EUA vê ritmo menor de contração da economia (Folha de S. Paulo)
BNDES detalha linhas para o setor rural (Valor Econômico)
BNDES empresta volume recorde no 1º tri (Folha de S. Paulo)
BNDES tem recorde em desembolsos (Gazeta Mercantil)
BNDES: desembolso maior (O Globo)
Bolsa deverá se beneficiar da melhora de atividade (Valor Econômico)
Bolsa rouba cena em dia de Copom (O Estado de S. Paulo)
Brasil já não lidera em juros reais (O Estado de S. Paulo)
Brasil tem menor juro da história (Correio Braziliense)
Brasil, o motor da LD Commodities (Valor Econômico)
Burger King anuncia lucro de US$ 141 mi em 9 meses (Jornal de Brasília)
Caixa se antecipa à decisão do Copom (O Globo)
Ciesp obtém liminar contra quebra de sigilo (Valor Econômico)
CNBB defende redução da jornada (Folha de S. Paulo)
CNI: produção industrial tem queda recorde (O Globo)
Com corte de juros, caderneta amplia vantagem sobre fundos de renda fixa (O Globo)
Comércio puxa aumento do desemprego no País (O Estado de S. Paulo)
Crise reduz vagas no interior (Gazeta Mercantil)
Crédito para o país declinou no fim do ano (Valor Econômico)
Debate sobre novo Código Florestal racha Senado (Jornal do Brasil)
Deflação do IGP-M perde força em abril (Gazeta Mercantil)
Deflação perde fôlego em abril: preços caem 0,15% (O Globo)
Depois de déficit em março, FGTS volta ao positivo em abril (Valor Econômico)
Desemprego já atinge 3,4 milhões (Jornal do Brasil)
Despesa sobe mais que o investimento (O Globo)
Dieese prevê recuperação do emprego no segundo semestre (Gazeta Mercantil)
Economia dos EUA encolhe 6,1% no 1º tri (Folha de S. Paulo)
Eletrobrás tem autorização para captar (Valor Econômico)
Embrapa cria 'comitê de busca' para ter novo presidente (Valor Econômico)
Empresa faz maratona na Ásia atrás de fornecedores (Gazeta Mercantil)
Empresa quer base de Alcântara no PAC (Jornal do Brasil)
Empresa quer base de Alcântara no PAC (Valor Econômico)
Empresários queriam corte maior (O Estado de S. Paulo)
Entidades defendem que corte dos juros poderia ter sido maior (Jornal de Brasília)
Entrega do IR termina hoje, à meia-noite (Folha de S. Paulo)
Estatal supera desafios tecnológicos, diz geólogo (Gazeta Mercantil)
Estudo do Ipea mostra que demissões foram mais fortes no interior (Valor Econômico)
Estágio probatório (O Dia)
Falta de seguro garantia embarga planos de concessões rodoviárias (Gazeta Mercantil)
Fed mantém juro perto de zero (O Estado de S. Paulo)
FGTS fecha março no vermelho (O Estado de S. Paulo)
FGTS reage e fecha abril com resultado positivo (Gazeta Mercantil)
Financiamento: Petrobras toma US$ 2 bi em banco de fomento dos EUA (Folha de S. Paulo)
Firjan lamenta ritmo menor de queda dos juros (Jornal de Brasília)
Governo avalia estratégia para combustíveis, afirma Lobão (Folha de S. Paulo)
Governo deve dar crédito de R$ 3 bi para avicultores (Jornal do Brasil)
Governo do Japão fomenta agricultura de emergentes (Valor Econômico)
Ibovespa no maior nível desde outubro (Gazeta Mercantil)
Indústria tem maior queda em 10 anos (O Estado de S. Paulo)
Indústria usa só 68% da capacidade instalada (Folha de S. Paulo)
Inscrições reabertas no Metrô (Correio Braziliense)
Interior puxa corte de vagas, afirma Ipea (Folha de S. Paulo)
Início da era do pré-sal premia aposta da Petrobras (Jornal do Brasil)
Jalles Machado vai investir R$ 330 milhões em Goiás (Valor Econômico)
Japoneses podem custear US$ 11 bi à Petrobras (O Globo)
Juro básico cai 1 ponto e fica em 10,25% ao ano (Folha de S. Paulo)
Juro cai a 10,25%, o menor nível da história do País (Gazeta Mercantil)
Juro cai ao menor nível da história (O Estado de S. Paulo)
Juros caem e poupança já paga mais que fundos (O Globo)
Juros do crédito do FAT são altos, diz Lupi (O Estado de S. Paulo)
Liminar impede quebra de sigilo bancário (Folha de S. Paulo)
Lula pode anunciar nova estatal do petróleo (O Estado de S. Paulo)
Líderes sindicais cobram mais arrojo na ação do BC (O Estado de S. Paulo)
Maiores bancos seguem decisão do BC e cortam taxas (O Estado de S. Paulo)
Melhora do crédito em março pode ser "soluço" (Folha de S. Paulo)
Mercado agora teme real forte (Valor Econômico)
Ministro quer convidar Lula para comer porco (O Globo)
Ministério do Desenvolvimento investigará suspeita de fraude na importação de leite argentino (Jornal de Brasília)
MP apura denúncias (Correio Braziliense)
Mudanças no IPI devem ajudar a inflação a cair (O Estado de S. Paulo)
Na surdina, preço do óleo sobe 14,49% (O Estado de S. Paulo)
Orçamento de Obama é aprovado (Folha de S. Paulo)
Otimismo moderado dá o tom para ativos locais (Valor Econômico)
Otimismo supera temor da gripe e alavanca bolsas (Valor Econômico)
País financia pesquisa da Embrapa com transgênicos (Valor Econômico)
Perspectiva de demanda interna reduziu pessimismo da indústria, aponta CNI (Valor Econômico)
Petrobras obtém US$ 2 bi no Eximbank (Valor Econômico)
Petróleo: Planalto decide cancelar inauguração do pré-sal em alto-mar (Folha de S. Paulo)
PIB dos EUA tem a maior queda em 51 anos (O Estado de S. Paulo)
Prazo termina à meia-noite (Correio Braziliense)
Produção do pré-sal começa amanhã (Jornal do Brasil)
Produção industrial registra o pior resultado desde 1999 (Gazeta Mercantil)
Pré-sal tem sistema de partilha definido (Valor Econômico)
Pré-sal: Lula desiste de viagem de navio (O Globo)
R$ 3 bi para a indústria do frango (O Estado de S. Paulo)
Receita cresce mesmo com corte de IPI, diz Anfavea (O Estado de S. Paulo)
Redução no preço dos combustíveis está definida (O Estado de S. Paulo)
Relação de poder é dificuldade entre Sadia e Perdigão (Valor Econômico)
Royalties: ANP cogita haver pressão (O Globo)
Santelisa será incorporada em até dois meses (Valor Econômico)
Sem surpresa, Copom reduz Selic em um ponto e por unanimidade (Valor Econômico)
Senado amplia benefícios de programa de parcelamento (Folha de S. Paulo)
Setor começa a sentir efeitos da crise (Gazeta Mercantil)
Shopping cria mil empregos (Correio Braziliense)
Sindicatos e empresários criticam falta de ousadia (Folha de S. Paulo)
Soja e milho voltam a subir após susto com gripe suína (Valor Econômico)
Superávit cai 70% no primeiro trimestre (O Estado de S. Paulo)
Superávit primário cai 70% no 1º- trimestre (Gazeta Mercantil)
Superávit primário do governo central cai 70% no trimestre (Valor Econômico)
Taxa de desemprego sobe para 15% em março (Gazeta Mercantil)
Taxa de juros pode voltar a subir em 2010 (Folha de S. Paulo)
Teste é o primeiro passo para explorar as reservas (O Estado de S. Paulo)
Tupi é o novo marco para o setor petrolífero (Gazeta Mercantil)
Usinas veem risco de falta de cana na safra de 2010 (Folha de S. Paulo)
Venda de veículos deve atingir 225 mil unidades em abril (Gazeta Mercantil)
Vendas dos supermercados recuam 4,22% (Folha de S. Paulo)
Votorantim lucra R$1 bi no trimestre (Valor Econômico)
‘Juros chegando perto do piso’ (O Globo)
Índice do aluguel tem deflação de 0,15% em abril (Folha de S. Paulo)

POLÍTICA

Aldeia inteira vai parar no Serasa (O Estado de S. Paulo)

Cerca de 1.700 índios guarani-terenas da Aldeia Moreira, no município de Miranda (MS), a 194 quilômetros da capital Campo Grande, foram parar em um cadastro de inadimplentes porque não pagam suas contas de luz desde 2003. Os débitos de cada índio chegam a R$ 4 mil. Eles receberam o aviso no final da semana passada e estão sem crédito no comércio da cidade. O ex-cacique da aldeia, Narciso Vieira, avisa que se não houver acordo com a Enersul, distribuidora de energia no Estado, "a situação vai provocar briga". Os índios alegam que têm direito à isenção, porque linhas de transmissão e uma subestação da Enersul estão na aldeia. O argumento tem como base relatório da Conferência Regional dos Povos Indígenas do Mato Grosso do Sul, promovida em 2005 pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que aponta: "Nas terras (indígenas) que são perpassadas por redes de alta tensão, os índios terão isenção total na taxa de consumo de energia."

Após bate-boca, Mendes é elogiado no STF (Folha de S. Paulo)

A primeira sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) após a dura discussão da semana passada foi transformada em um ato de solidariedade ao ministro Gilmar Mendes, encabeçado pelo decano Celso de Mello, que fez um discurso de 25 minutos elogioso à atuação do colega em seu primeiro ano como presidente da corte. Apesar dos elogios, Mello disse que o tribunal é maior do que os seus ministros. A homenagem foi seguida pelos demais ministros presentes, com exceção de Marco Aurélio Mello, que não se pronunciou. Faltaram à sessão os ministros Joaquim Barbosa, que faz exames médicos, e Cezar Peluso. Mendes foi protagonista de um bate-boca sem precedentes na história recente do tribunal com Barbosa. Este afirmou, na ocasião, que o presidente está "destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro" e, ao pedir respeito, disse que Mendes não estava falando com seus "capangas de Mato Grosso".

Aécio e Serra conversam sobre regras para prévias (Gazeta Mercantil)
Aécio evita especular sobre Itamar como vice (O Estado de S. Paulo)
Blog em favor da volta de Delúbio ao PT provoca mal-estar entre políticos (Folha de S. Paulo)
Bônus brasileiros podem se beneficiar (Jornal do Brasil)
CCJ aprova cota para deficientes no ensino médio e superior (Jornal de Brasília)
Com anistia do Congresso, casos ficam impunes (Folha de S. Paulo)
Comissão vota entrada da Venezuela no Mercosul (Valor Econômico)
Corregedor pede informações sobre viagem de Magno Malta a Dubai com diárias do Senado (Jornal de Brasília)
Cortes para aumentar salários (Correio Braziliense)
Câmara aprova cota para deficientes (O Globo)
Câmara aprova moratória para municípios (O Estado de S. Paulo)
Decano do Supremo faz desagravo a Gilmar Mendes (Valor Econômico)
Delação premiada motivou início das investigações da PF (Folha de S. Paulo)
Deputado usa bilhetes e ainda gasta verba para alugar avião (O Estado de S. Paulo)
Deputados querem esclarecimentos do governo (Jornal do Brasil)
Doações irregulares motivam 3.500 ações (O Estado de S. Paulo)
Edmar cita Temer para se defender (O Globo)
Edmar espera anistia de Temer (Correio Braziliense)
Edmar usa anistia em caso de passagens para a sua defesa (Folha de S. Paulo)
Em documento, diretório do PT deve reafirmar aposta em Dilma (Valor Econômico)
Governo quer regulamentar participação nos lucros (Gazeta Mercantil)
Grito da Terra tem 200 reivindicações em pauta (Valor Econômico)
IGP-M registra deflação menor que o previsto (Jornal do Brasil)
Juiz vai acompanhar saída de não índios da Raposa (Folha de S. Paulo)
Justiça avisa que vai tirar à força arrozeiro que não deixar reserva (O Estado de S. Paulo)
Justiça espera desocupação pacífica de Reserva (Valor Econômico)
Lei garante mamografia, mas idade é polêmica (O Globo)
Lula fortalece Dilma com aliados (Correio Braziliense)
Mais tempo para pagar (Correio Braziliense)
Ministro sai em defesa da carne de porco (Jornal do Brasil)
Ministros do Supremo reforçam apoio a Gilmar (Correio Braziliense)
MP 449 passa no Senado e volta à Câmara (Valor Econômico)
MST invade e governo da Bahia paga a viagem (O Globo)
Multas a arrozeiros já somam R$ 40 milhões (O Estado de S. Paulo)
Nas empresas, lei não vingou por baixa qualificação (O Globo)
Negado recurso a vice e prefeito cassados (O Estado de S. Paulo)
O ex-figurão do Senado e suas laranjas (Correio Braziliense)
OMS eleva alerta para nível cinco (Jornal do Brasil)
Para eleitor, juro preocupa mais que inflação (Valor Econômico)
País pronto para o inevitável (Jornal do Brasil)
Petrobras faz BNDES ter valor recorde de consultas em março (Valor Econômico)
PF indicia ex-lobista e consultor de Dantas (O Estado de S. Paulo)
PF pronta para retirar agricultores (Jornal do Brasil)
Planalto tenta evitar volta de Delúbio ao PT (O Estado de S. Paulo)
Prefeitos e PMDB se unem contra Fazenda (O Globo)
Procuradoria move ações por doações ilegais (Folha de S. Paulo)
Projeto de parcerias com organizações sociais avança (Jornal do Brasil)
Prévias tucanas ganham forma (Correio Braziliense)
R$ 10 milhões só para cartas (Correio Braziliense)
Raimundo Ribeiro é expulso do PSL (Correio Braziliense)
Recentes demissões na Infraero causam insatisfação no PMDB (Folha de S. Paulo)
Retirada divide indigenistas (O Estado de S. Paulo)
Seguridade vincula aumento da aposentadoria ao salário mínimo (Jornal de Brasília)
Senado aprova MP que anistia dívidas tributárias de até R$ 10 mil (Gazeta Mercantil)
Senadores defendem preservação ambiental (Gazeta Mercantil)
Sergipe sai na frente em disputa contra União (Valor Econômico)
Sessão de hoje do STF deve revogar Lei de Imprensa (Folha de S. Paulo)
STF faz ato de desagravo a Mendes (O Estado de S. Paulo)
STF nega habeas corpus ao deputado Edmar Moreira (Gazeta Mercantil)
STF usa sessão para ato em defesa de Gilmar (O Globo)
STJ limita juros de contratos bancários em 1% ao mês (Gazeta Mercantil)
Supremo mantém inquérito (O Estado de S. Paulo)
Suíça: STF libera uso de papéis em ação contra Maluf (Folha de S. Paulo)
Terceirizados da família Zoghbi (Correio Braziliense)
Tese de Temer sobre cota aérea vira arma de defesa para dono de castelo (O Estado de S. Paulo)
TJLP paralisa medida dos débitos municipais (Valor Econômico)
TRF: Abertura de processos contra De Sanctis deve ser votada hoje (Folha de S. Paulo)

Do "Alerta Total"...

Destinação das Forças Armadas: Autoridade indelegável
Por Antônio Ribas Paiva

A “autoridade suprema” do Presidente da República, na destinação das Forças Armadas, prevista no art. 142 da Constituição Federal, é indelegável. De fato, o parágrafo único do art. 84 da Constituição Federal não prevê a delegação da autoridade do Presidente da República no que diz respeito ao comando das Forças Armadas. Portanto, respeitada a Constituição, o Ministério da Defesa não pode exercer nenhuma autoridade sobre as Forças Armadas. É bom marcar que o Presidente da República, de acordo com o art. 85 da mesma Constituição, não é responsável pela segurança externa do país, que é dever constitucional dos Comandantes das Forças Armadas.É por este motivo que o recente acordo entre a Marinha do Brasil e a República Francesa foi assinado pelo Comandante da Marinha e não pelo Ministro da Defesa brasileiro.Fica muito claro, o risco de responsabilidade criminal, que os comandantes militares estão correndo, se não impedirem a tentativa de politização da defesa externa do país, através da famigerada END, Estratégia Nacional de Defesa. Em 1904, o Brasil perdeu parte do seu território para a Guiana Inglesa. Queria Deus que isso não se repita com a Raposa Serra do Sol.
Antônio José Ribas Paiva é Presidente do grupo de estudos União Nacionalista Democrática – UND.

Tribuna da Imprensa. Não vai voltar?

Saber o que acontece no STF e, no dia seguinte, não poder ler o comentário do mestre Helio Fernandes é triste. É churrasco sem sal, sem pimenta, sem nada. É como se o fato não tivesse acontecido, como se fosse desimportante, como se não fosse grave, como se não existisse. E é justamente esta sensação estranha, de que o que é espantoso não espanta, é que me preocupa. Triste! Muito triste e preocupante...
Said B. Dib

Na Mira do Belmiro

Lula, a terra, o crédito e a conservação

E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou mais uma vez em Manaus. Tantas que já perdemos a conta e a cerimônia de lhe mostrar este lado historicamente esquecido e distorcido do Brasil. E contar o que pensamos e o queremos para a região depois de tantos descuidos crônicos federais. Nenhum presidente da República esteve tanto entre nós nem fez tanto por nossa gente, é justo e honesto reconhecer. Outros avanços foram anotados dessa vez. Um deles diz respeito ao início do processo de titularização da terra fazendo uma releitura cívica da Amazônia Legal, não mais pelo formalismo geográfico, mas pela legalidade fundiária de seu território na ótica das populações tradicionais. Assim procedendo, o presidente permitirá que pequenos produtores possam, por exemplo, cruzar a entrada das instituições bancárias para acessar crédito e respeito dessas instituições de fomento.
Não ganhou muito destaque jornalístico nesta visita o lançamento do "Plano de Cadeias Produtivas da Sociobiodiversidade", um nome pomposo de um programa que incentiva o aproveitamento inteligente e emergencial do nosso patrimônio natural. Antes de assinar o Plano, o presidente soltou uma frase contundente e que deve servir de reflexão para esses promotores da intocabilidade da floresta que se recusam a entender a racionalidade e a necessidade da exploração inteligente de nossos recursos naturais. "A Amazônia não é um santuário ambiental da Humanidade!". E o tal Plano tem em vista exatamente a negação dessa anomalia ambiental e marota que preconiza o imobilismo econômico e a condenação dos 25 milhões de amazônidas à pobreza perversa Por pressão preservacionista do ministério do Meio Ambiente, onde pontificam alguns enviados a dedo dessas organizações não-governamentais estrangeiras comprometidas até o âmago com o xiitismo maroto já conhecido, o Estudo de Impacto Ambiental da Rodovia Manaus-Porto Velho, apresentado em Manaus há alguns dias pelo ministério dos Transportes, foi aprovado com a recomendação de manter intocados 95% da cobertura vegetal da área entorno de seu traçado. Transportes e Meio Ambiente quase vão às vias de fato. E a pressão acabou virando um convite para a extração predatória e clandestina de produtos florestais e o desperdício vesgo de oportunidades sustentáveis de crescimento e beneficiamento das populações locais.
Nunca é demais lembrar que manejo sustentável de madeira é premissa incontestável de conservação e renovação da floresta, permitindo que a poda de árvores adultas libere o crescimento das mudas que ela mesma produz. De quebra, a absorção de carbono na atmosfera se potencializa a níveis surpreendentes e climaticamente providenciais. Esta seria a radicalização do Plano de Sociobiodiversidade do presidente Lula, que inclui beneficiamento e industrialização de produtos florestais não-madeireiros que a bio-industrialização sustentável propicia. Com titulação da terra, crédito acessível e investimentos em infra-estrutura vamos diversificar e interiorizar o modelo econômico e industrial de Manaus, reduzir sua suas limitações estratégicas e fiscais e atender as demandas inadiáveis do beiradão historicamente esquecido. E que não pode nem merece mais esperar...

Zoom-zoom

Títulos e prioridades - A discussão do grave problema fundiário da Amazônia é histórica e promete se arrastar ad eternum se o Congresso não estabelecer prioridade para a questão. Não basta a intenção de Lula em legalizar a posse da terra se deputados e senadores não se entendem nem se comovem diante da gravidade da questão.

Terras da União - É tão grave a questão que determinadas glebas em locais estratégicos e rentáveis da região chegam a ter 5 escrituras definitivas nos vários cartórios que "legalizam" a posse fundiária. Seriam necessárias camadas de glebas superpostas para atender a legalidade cartorial. E sobre todas as posses o INCRA recolhe o imposto territorial "devido". Acredite se quiser.

Porto das Lajes - O terminal portuário das Lajes, apesar das pressões encomendadas para impedir sua licença de construção, já começa a espalhar benefícios adicionais e paralelos. As comunidades atingidas por empreendimentos semelhantes começam a cobrar do poder público os mesmos procedimentos adotados pelo tal Porto para atender as exigências sócio-ambientais das áreas e populações alcançadas.

Água e Energia - Nasce morta a tentativa de alguns vereadores ressuscitarem as investigações que a Câmara Municipal de Manaus já abortou sobre o problema da Água e Energia na capital. CPIs que carecem de maior empenho e credibilidade da classe política para abordar problemas que atormentam o cotidiano do cidadão. E que viraram motivo de ironia e descrença por parte de toda a sociedade.

Belmiro Vianez Filho é empresário e membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Amazonas.
belmirofilho@belmiros.com.br