Segundo o
professor de ética da USP, Clóvis de Barros Filho, ética é uma produção da
inteligência coletiva que busca uma convivência melhor e mais feliz. Mas o que é ética? Onde e como aplicar a tal
da ética nas nossas vidas? Para entender melhor o que é ética o professor com suas
palavras cheias de vigor, cita em sua palestra exemplos cotidianos, que ficam
claramente compreensíveis para qualquer pessoa. Transformando antigos conceitos
complexos sobre o tema, em algo de uma simplicidade contagiante, influenciando
todos a buscarem algo a mais sobre a ética. Clóvis de Barros ainda consegue
colocar o doce da filosofia na boca de seus expectadores, fazendo dos mesmos
pessoas melhores e mais felizes após sua fala incrivelmente lúcida e despojada.
Então meus amigos, ética nada mais é que a nossa conduta perante as diversas
escolhas da nossa vida. O que você faria se ninguém pudesse lhe ver? O que você
não faria em hipótese alguma se ninguém pudesse lhe ver? A resposta disto é o
seu grau de ética que lhe diz. Você devolveria uma carteira cheia de dinheiro
achada na rua, independente de sua situação financeira atual. Isto é, ética, o
ato de manter-se firme a seus princípios e valores. A ética vem do Ser é algo
interno e forte, uma marca registrada no DNA da pessoa, tal qual uma tatuagem
que marca a pele denunciando nossos gostos. Um registro de caráter no qual nem
por tortura pode ser corrompido. Uma conduta comportamental que tem como
objetivo o bem maior do convívio de uma sociedade. Uma forma de viver dentro da
lei e pela lei. Ética deveria ser o primeiro objetivo de uma nação que esta
cansada de tanta corrupção política, mas entendamos que tal corrupção só ocorre
porque nós todos estamos de fato corrompidos. A única diferença dos nossos políticos
é o nível de corrupção. A palavra corromper vem de Cor que é coração mais romper
que é ruptura, logo entendo que corrupto é aquele que destruiu seu coração. E
assim com todos os corações calados e corrompidos, a população fura fila no
banco, o político rouba dinheiro da merenda escolar, o velho não devolve o
troco a mais que recebe, pois sua aposentadoria é minguada e a culpa é do
governo, o jovem joga papel no chão pois o gari vai limpar depois, o pai faz o
filho mentir sua idade para pagar metade do preço no restaurante e se a criança
tenta falar a verdade é castigada; e a mãe por final fica calada, ou seja
compactua com a corrupção do lar. E nesta dança insana todos seguem suas vidas,
um querendo derrubar o outro, enquanto que a fórmula correta deveria ser um
querer erguer o outro. Percebam que bela educação e exemplo muitas crianças
recebem de seus pais e de todas as pessoas a sua volta, que lhe deveriam ser
bom exemplo. Logo eles os políticos sabendo de seu povo corrompido, só continuam
a fazer os delitos em sua escala de maior nível e grau. Entendemos então que se queremos acabar de vez
com a corrupção no Brasil, de nada adianta ficar discutindo política! No meu
ponto de vista não existe maior perda de tempo do que ficar dialogando sobre fulano,
cicrano ou beltrano e suas candidaturas. Temos que entender a ética, aplicar a
ética nas nossas vidas, dar o exemplo para nossos filhos. Isto sim fará do
Brasil um país melhor. Eu devo ser a conduta política impecável que desejo ver
no outro. Basta por hoje!
* Quésia Gracez é escritora e colunista do Diário de Viamão e do Jornal Toda Hora de Campo Bom do site EntreElas NH- RS. Seus artigos foram publicados no site da ZeroHora, Portal Literal, entre outros renomados veículos de comunicação.
E-mail:
quesiagracez@cleanjet.com.br
www.quesiagracez.com
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