Por Victor Barone, no "Observatório da Imprensa"
O professor Pasquale Cipro Neto esteve em Campo Grande (MS) na terça-feira (19/11) proferindo palestra sobre as novas regras na gramática da língua portuguesa que entram em vigor no ano que vem. Pasquale tem um forte envolvimento com o jornalismo. É consultor de língua portuguesa do Departamento de Jornalismo da Rede Globo, em São Paulo, desde 1996, e colunista dos jornais Folha de S.Paulo e Diário do Grande ABC, entre outros. Também assinou o anexo gramatical do Manual de Redação da Folha, onde trabalha há dezoito anos no Programa de Qualidade e na Editoria de Treinamento. Após a palestra – realizada na Câmara Municipal – tive a oportunidade de conversar rapidamente com ele sobre alguns temas relacionados ao Jornalismo.
O senhor tem um envolvimento forte com o jornalismo, convive com profissionais da área diariamente. Diante disso, como os jornalistas estão tratando a língua portuguesa?
Pasquale Cipro Neto – Com altos e baixos. A coisa depende muito do veículo e, dentro dos próprios veículos, também existem altos e baixos. O jornalista tem uma particularidade que não pode ser desprezada nesta análise, que é o tempo. O jornal é feito de agora para daqui a pouco e isso complica muito a vida do jornalista, que precisa redigir depressa, sob pressão, e isso condiciona, tem que ser levado em conta. De modo geral, diria que há altos e baixos, existem textos bons e textos ruins, muito pobres e textos bem feitos, redondos.
Pasquale Cipro Neto – Com altos e baixos. A coisa depende muito do veículo e, dentro dos próprios veículos, também existem altos e baixos. O jornalista tem uma particularidade que não pode ser desprezada nesta análise, que é o tempo. O jornal é feito de agora para daqui a pouco e isso complica muito a vida do jornalista, que precisa redigir depressa, sob pressão, e isso condiciona, tem que ser levado em conta. De modo geral, diria que há altos e baixos, existem textos bons e textos ruins, muito pobres e textos bem feitos, redondos.
Uma cobrança, e não um faz-de-conta
Mas, de forma geral, focando o uso da língua portuguesa pelos que começam agora na profissão, que análise pode ser feita?
P.C.N. – A coisa está mais para baixo do que para cima. Existe uma pobreza muito grande, não só de expressividade como também de conhecimento. O pessoal não lê. Jornalista que não lê é como médico que não põe a mão no paciente, como dentista que tem medo do barulho da broca.
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