Manaus e o Leite de Colônia
Corria o ano de 1920. Manaus era ainda uma pequena cidade recolhida, sofrendo os desgastes da debâclé da economia da borracha. O centro comercial procurava reagir, sem conseguir acreditar o que se passava. Numa farmácia de esquina de rua era criado um produto que teria fama nacional: o Leite de Colônia. Como muitos outros apaixonados pela Amazônia, Carlos Guilherme Gordon Studart, nascido em Fortaleza (1862), depois de ter atuado na política do Ceará, notadamente na campanha da abolição da escravatura negra, veio para Manaus em 4 de junho de 1899, chegando no dia 12. De boa situação financeira aqui instalou uma Farmácia, a mesma que mantivera durante anos na terra de seu nascimento. Conseguiu instalar o estabelecimento na avenida Eduardo Ribeiro com a rua Municipal, depois Sete de Setembro, local privilegiado. Era um comércio promissor, com medicamentos de toda a sorte, “do que havia de mais moderno e acreditado”, conforme salientava a propaganda nos jornais. Sempre procurou intensificar suas ações comerciais e atuou na imprensa amazonense como proprietário e redator-chefe do jornal Comércio do Amazonas. Ficou por aqui até 1921, quando encerrou as suas atividades e seguiu para São Paulo. E foi neste curto espaço de tempo na capital amazonense que criou um produto inigualável. Teve vida longa, falecendo aos 103 anos de idade no Rio de Janeiro. Foi ele o criador do famoso Leite de Colônia com o qual conseguiu projeção comercial nacional. Produzido inicialmente no Laboratório da Farmácia Studart de Manaus, “com uma fórmula feliz e única no gênero desde o seu nascimento e depois plenamente consagrada”, como ele mesmo registrou depois. Na ocasião dos 25 anos de criação do produto ficou um registro singular, próprio da visão daqueles anos sobre o homem e o clima amazônicos, “ao organizar o Leite de Colônia, não havia visado nenhum interesse de lucro, mas apenas o de servir a uma grande multidão de pessoas que, numa região tropical como o Amazonas, sofria de afecções da pele. E foram essas pessoas que, fazendo a melhor propaganda do produto, estimularam a sua expansão por todo o país”, conforme o discurso de Arthur Studart que era farmacêutico, bacharel em direito, médico e industrial, filho do fundador da farmácia. Até hoje o Leite de Colônia faz sucesso nas prateleiras das drogarias e supermercados Brasil afora, conseguindo se manter em um mercado competitivo e sofisticado. Eta coisinha da boa, e que tem muitas serventias.
Corria o ano de 1920. Manaus era ainda uma pequena cidade recolhida, sofrendo os desgastes da debâclé da economia da borracha. O centro comercial procurava reagir, sem conseguir acreditar o que se passava. Numa farmácia de esquina de rua era criado um produto que teria fama nacional: o Leite de Colônia. Como muitos outros apaixonados pela Amazônia, Carlos Guilherme Gordon Studart, nascido em Fortaleza (1862), depois de ter atuado na política do Ceará, notadamente na campanha da abolição da escravatura negra, veio para Manaus em 4 de junho de 1899, chegando no dia 12. De boa situação financeira aqui instalou uma Farmácia, a mesma que mantivera durante anos na terra de seu nascimento. Conseguiu instalar o estabelecimento na avenida Eduardo Ribeiro com a rua Municipal, depois Sete de Setembro, local privilegiado. Era um comércio promissor, com medicamentos de toda a sorte, “do que havia de mais moderno e acreditado”, conforme salientava a propaganda nos jornais. Sempre procurou intensificar suas ações comerciais e atuou na imprensa amazonense como proprietário e redator-chefe do jornal Comércio do Amazonas. Ficou por aqui até 1921, quando encerrou as suas atividades e seguiu para São Paulo. E foi neste curto espaço de tempo na capital amazonense que criou um produto inigualável. Teve vida longa, falecendo aos 103 anos de idade no Rio de Janeiro. Foi ele o criador do famoso Leite de Colônia com o qual conseguiu projeção comercial nacional. Produzido inicialmente no Laboratório da Farmácia Studart de Manaus, “com uma fórmula feliz e única no gênero desde o seu nascimento e depois plenamente consagrada”, como ele mesmo registrou depois. Na ocasião dos 25 anos de criação do produto ficou um registro singular, próprio da visão daqueles anos sobre o homem e o clima amazônicos, “ao organizar o Leite de Colônia, não havia visado nenhum interesse de lucro, mas apenas o de servir a uma grande multidão de pessoas que, numa região tropical como o Amazonas, sofria de afecções da pele. E foram essas pessoas que, fazendo a melhor propaganda do produto, estimularam a sua expansão por todo o país”, conforme o discurso de Arthur Studart que era farmacêutico, bacharel em direito, médico e industrial, filho do fundador da farmácia. Até hoje o Leite de Colônia faz sucesso nas prateleiras das drogarias e supermercados Brasil afora, conseguindo se manter em um mercado competitivo e sofisticado. Eta coisinha da boa, e que tem muitas serventias.
Robério Braga é secretário de cultura do Estado do Amazonas
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