Até
agora somente os candidatos Luciana Genro e Fidelix falaram sobre o único
problema que realmente importaria debater na atual campanha presidencial: a
Dívida Pública e suas implicações. O resto é balela! Confira matéria do site “Auditoria
Cidadã da Dívida” sobre o assunto:
“Conforme
mostra o Dividômetro da Auditoria
Cidadã da Dívida, no ano de 2014, apenas até 11 de setembro, o
governo federal já gastou R$ 825 bilhões com juros e amortizações da dívida.
Este valor representa 51% de todos os gastos federais até aquela data.
Para
confirmar os dados, ver a página do Senado Federal na internet:
Este
valor já é maior que os gastos com a dívida federal feitos em todo o ano
passado (R$ 718 bilhões). Um dos fatores que tem aumentado este custo é a nova
dívida feita pelo governo federal junto ao setor financeiro – a juros
altíssimos e prazos curtos – para obter recursos a serem emprestados ao BNDES –
a juros baixos, e a prazos muito longos – para este banco financiar empresas
privadas. Ou seja, ao invés de baixar os juros e obrigar os bancos privados a
emprestar ao setor produtivo, o governo prefere continuar alimentando os ganhos
imensos dos bancos. O governo calcula que este mecanismo do BNDES gerará um
custo de R$ 23 bilhões em 2014. A Auditoria Cidadã já vem alertando sobre este mecanismo
desde 2009. Parte dos R$ 825 bilhões gastos com juros e amortizações da dívida
em 2014 é apresentada como sendo “refinanciamento” da dívida, valor este que é
constantemente desprezado por analistas neoliberais e pessoas ligadas ao
governo, alegando que se trataria de uma mera “rolagem”, ou seja, o pagamento
de amortizações (principal) da dívida por meio da emissão de novos títulos.
Segundo estes analistas, isto representaria apenas a troca de títulos velhos
por novos, sem custo para o governo. Porém, a recente CPI da Dívida realizada
na Câmara dos Deputados revelou que grande parcela da “rolagem” não representa
o pagamento de amortizações, mas sim, o pagamento de juros, sendo que o governo
não divulga tal parcela. Além do mais, se a atual questionável dívida não
existisse, as novas dívidas que estão sendo feitas para pagar a tal “rolagem”
poderiam servir para investimentos na saúde, educação, transporte e diversas
outras áreas sociais.”
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