Lei das Micro e Pequenas Empresas e as vantagens
competitivas
Tudo começou com o Estatuto de Micro e Pequena Empresa,
proposto pelo senador José Sarney (PMDB-AP), aprovado em 1998,
contemplando uma série de vantagens a esse segmento que representa 99% da
matriz econômica do país. Depois veio a lei Geral das Micro e Pequenas Empresas
que, além de incorporar os benefícios do Estatuto em vigor, cria uma
série de facilidades tributárias e de negócios como, por exemplo, o tratamento
diferenciado em licitações publicas. A intenção da nova lei é incentivar a
atuação de pequenos empreendedores pela simplificação de obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias e de outros
benefícios de inclusão sócio-econômica. Por muito tempo, as micro, pequenas e
grandes empresas brasileiras receberam o mesmo tratamento. Isso dificultava a
sobrevivência e o crescimento das empresas menores, que tinham de cumprir as
mesmas obrigações dos grandes empreendimentos. Essa nova lei veio para
resolver este problema e criar um ambiente favorável ao
crescimento das menores que aspiram, um dia, também serem grandes. Os
empreendedores que se enquadrarem nos parâmetros de micro e pequenas empresas
poderão se beneficiar de um processo desburocratizado. Entre as medidas está a
unificação do registro no âmbito federal, municipal e estadual; a empresa não
precisa de autorizações prévias da prefeitura como atestados de segurança
sanitária, controle ambiental e prevenção contra incêndios para começar a
funcionar. A documentação pode ser feita até seis meses depois da abertura da
empresa. Isso se a atividade não apresentar alto risco; o empresário não
precisa apresentar provas de quitação de tributos administrativos,
previdenciários ou trabalhistas tanto para abrir quanto para fechar a empresa;
não é preciso mais apresentar contrato de locação ou escritura de propriedade
do imóvel, onde vai funcionar a empresa; os empresários não precisam comprovar
contribuição a órgãos de classe. No primeiro momento, a intenção do Governo era
tirar da informalidade cerca de 1 milhão de empresas. Levantamento feito pelo
tesouro revela que até o final da década passada foram contabilizados cerca de
R$ 5,4 bilhões anuais, em renúncia fiscal. Mas, ocorre que mesmo depois de 7
anos de sancionada, a Lei das Micro e Pequenas Empresas ainda é desconhecida o
que provoca limitação e alija boa parte dos micro e pequenos empreendedores,
por que muitos municípios ainda não se adequaram a lei. O evento que se realiza
hoje em todo pais, promovido pelo Sebrae e pelos Tribunais de Contas dos
Estados, Amapá no meio, é uma grande oportunidade para que os prefeitos e
demais gestores públicos municipais possam entender a Lei Geral das MPE;
no que ela poderá ajudar os municípios; como ela pode criar oportunidades para
os micro e pequenos empreendedores e, na ponta do processo, promover o
desenvolvimento nos municípios.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitário
Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitário
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