Por Luis Nassif
Blog: www.luisnassif.com.br
E-mail: luisnassif@advivo.com.br O anúncio do plano de investimentos da Petrobrás ajudou a esclarecer alguns pontos que intrigavam o mercado.A empresa tornou-se a grande operadora do pré-sal e caminha para ser uma das maiores do mundo. De um lado, necessitará captar investimentos volumosos - e eles dependem em grande parte do valor das suas ações (função da sua capacidade de gerar lucros).Como monopolista do pré-sal, há inúmeras vantagens. Em contrapartida, foram definidos vários objetivos nacionais que ela terá que cumprir: como adquirir parte dos equipamentos com conteúdo nacional.
Com o câmbio nos níveis atuais, o produto nacional é pouco competitivo. Além disso, haverá desafios grandiosos na própria cadeia internacional de suprimentos, para atender às necessidades do pré-sal.Para responder a essas questões, o presidente da Petrobras José Sérgio Gabriellli, participou de uma mesa redonda com analistas de mercado no meu blog (www.luisnassif.com.br).
Segundo ele, foi a descoberta dos campos de Campos que permitiu à Petrobras sair de uma produção de 187 mil barris por dia em 1980 para os atuais 2 milhões de barris - crescimento de 10% ao ano - desenvolvendo os fornecedores nacionais. Agora, enquanto os poços de Campos envelhecem, surge o pré-sal, abrindo perspectivas maiores ainda.
Hoje em dia a Petrobras é, disparadamente, a maior empresa na produção de petróleo em águas profundas do mundo, maior que a soma das três empresas seguintes.Isso vai exigir uma notável expansão da cadeia de fornecedores e, em termos estratégicos, é melhor que seja feita em território nacional. Portanto, a produção nacional é parte integrante da estratégia da Petrobrás, explica Gabrielli, e não apenas uma imposição de Estado.A atual revisão foi a oitava do plano de negócios. A empresa tem 688 projetos acima de 25 milhões de dólares e 3 mil projetos abaixo de 25 milhões de dólares. Quando se faz revisão do plano, se vai ao projeto, sempre que ocorrem alterações nas premissas de preços dos projetos, as perspectivas de hierarquização desses projetos. (...)
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