A Folha Online, na matéria “Dilma pede ajuda ao Congresso para enfrentar crise econômica”, mostra que a Presidente Dilma pediu ao Congresso que não aprove nenhum projeto que aumente os gastos públicos, nesta conjuntura de crise mundial. Em outras palavras: a crise global já está se traduzindo em pesados custos para o povo brasileiro, que continuará sofrendo com a manutenção de cortes de gastos sociais, e com a recusa governamental a qualquer reajuste para o funcionalismo público. Também ficam obstruídas diversas propostas legislativas como a Proposta de Emenda à Constituição nº 300 (que poderia aliviar o arrocho salarial dos bombeiros e da polícia), da regulamentação da Emenda Constitucional 29 (que poderia gerar mais recursos para a saúde), ou do aumento dos recursos da Educação para 10% do PIB. Enquanto isso, os gastos com a dívida seguem sem limite algum, conforme mostra o Dividômetro da Auditoria Cidadã da Dívida, segundo o qual já foram gastos em 2011 (até 5/8) R$ 541 bilhões em juros e amortizações das dívidas externa e interna, o que representa nada menos que 53% de todo o orçamento federal.
Em suma: apesar da Presidente Dilma e do ex-presidente Lula terem criticado a forma na qual os países ricos têm enfrentado a crise - com medidas recessivas e salvamento do setor financeiro às custas do Estado, conforme mostra o Portal G1 (“Assim como Lula em 2008, Dilma defende consumo após turbulência”) – é exatamente desta forma que a crise está sendo “combatida” no Brasil.
Na Itália, o “mercado” também é salvo pelo Estado: o Banco Central Europeu (BCE) comprou títulos da dívida italiana, em uma operação que termina tendo efeito parecido com as costumeiras intervenções do FMI, ou seja, a concessão de novos empréstimos para viabilizar o pagamento das dívidas anteriores. Tal operação, claro, é sempre condicionada à adoção de medidas nefastas, que foram enviadas pelo BCE ao primeiro ministro Silvio Berlusconi em carta secreta (“BCE exige privatizações rápidas em troca de apoio à Itália, diz jornal”), e incluem “a necessidade de privatizações rápidas, incluindo empresas municipais, e de uma reforma do mercado de trabalho”, conforme mostra a Folha Online.
Diz ainda a Folha Online:
“A carta, qualificada pelo "Corriere" como algo próximo de um "programa de governo", estabelece uma lista de ‘medidas que devem ser adotadas, o calendários para sua aplicação e até os instrumentos legislativos que devem ser utilizados’.
Em suma: apesar da Presidente Dilma e do ex-presidente Lula terem criticado a forma na qual os países ricos têm enfrentado a crise - com medidas recessivas e salvamento do setor financeiro às custas do Estado, conforme mostra o Portal G1 (“Assim como Lula em 2008, Dilma defende consumo após turbulência”) – é exatamente desta forma que a crise está sendo “combatida” no Brasil.
Na Itália, o “mercado” também é salvo pelo Estado: o Banco Central Europeu (BCE) comprou títulos da dívida italiana, em uma operação que termina tendo efeito parecido com as costumeiras intervenções do FMI, ou seja, a concessão de novos empréstimos para viabilizar o pagamento das dívidas anteriores. Tal operação, claro, é sempre condicionada à adoção de medidas nefastas, que foram enviadas pelo BCE ao primeiro ministro Silvio Berlusconi em carta secreta (“BCE exige privatizações rápidas em troca de apoio à Itália, diz jornal”), e incluem “a necessidade de privatizações rápidas, incluindo empresas municipais, e de uma reforma do mercado de trabalho”, conforme mostra a Folha Online.
Diz ainda a Folha Online:
“A carta, qualificada pelo "Corriere" como algo próximo de um "programa de governo", estabelece uma lista de ‘medidas que devem ser adotadas, o calendários para sua aplicação e até os instrumentos legislativos que devem ser utilizados’.
O "Corriere" acrescenta que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediram à Itália a adoção das medidas anunciadas até o fim de setembro.
Já a oposição pediu explicações sobre a carta.
"O que realmente nos pedem o BCE e as instituições internacionais? Um governo impotente totalmente desacreditado e agora sob tutela deve ao menos dizer qual é a situação real", exigiu o líder do Partido Democrata (PD), Pierluigi Bersani.
Berlusconi e o ministro das Finanças, Giulio Tremonti, anunciaram na sexta-feira a aceleração de um pacote de austeridade aprovado pelo Parlamento para alcançar o equilíbrio orçamentário a partir de 2013, ao invés de 2014. O pacote, cujos detalhes não foram divulgados, prevê também uma reforma no mercado de trabalho a partir da liberalização das "profissões fechadas", para as quais é necessário formação específica.”
Sem comentários.
Sem comentários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário