terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mali: palco da mais nova agressão imperialista


Soldado da legião estrangeira, da França, fantasiado de caveira, em Niono, durante invasão ao Mali

Por Hugo R C Souza   


O palco da primeira agressão imperialista no ano de 2013 é o Mali, república africana que se soma assim ao Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e outros países transformados em fronts das guerras movidas pelas potências capitalistas sob a bandeira não hasteada da repartilha do mundo, tendo em vista a profunda crise estrutural que corrói inexoravelmente o grande capital monopolista. A bandeira que se hasteia para fazer sombra aos reais motivos das "intervenções" imperialistas mundo afora é a do combate ao "terrorismo" ou a do combate ao tráfico de drogas — ou ambas, como no caso do Mali. A potência que assume o protagonismo da invasão da vez, a França, desembarca apressadamente suas tropas naquela nação não para libertar o povo, derrubar tiranos, defender a "democracia" ou patranhas do tipo, invariavelmente evocadas pela "comunidade internacional" para justificar suas investidas colonialistas, mas sim como que reivindicando algum "direito" sobre o Mali pelo fato de no passado, em tempos de um outro processo de partilha do mundo, na primeira metade do século XX, Paris ter exercido o papel de metrópole do atual território malinês, hoje semicolônia e no passado parte do Sudão Francês. Quando do início da invasão, havia-se passado apenas três meses desde que a França assinara um "acordo" com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) para encabeçar uma missão europeia que daria "apenas" treinamento com apoio logístico a uma intervenção no Mali promovida pelo bloco militar da Cedeao. Mas o "socialista" François Hollande não resistiu e mandou invadir, deixando cair a máscara muito mal costurada do homem de "esquerda" que colocava na cara sempre que criticava, apenas por questões eleitoreiras, o belicismo de Nicolas Sarkozy. No dia 15 de janeiro, apenas quatro dias após o início da invasão, Hollande anunciou que iria triplicar o número de soldados franceses no Mali. (...)

Clique aqui para ler a matéria completa.

Veja também:

Nenhum comentário:

Postar um comentário