"Quando o governo paga US$ 100 bilhões por ano a alguém, é porque há uma articulação de interesses. Esse é o momento político para sair do ciclo de juros extorsivos." A análise é do economista Dércio Garcia Munhoz, em palestra no seminário "Alternativas para o Brasil enfrentar a crise", promovido pelo MM em parceria com outras entidades na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio, semana passada. Segundo Dércio há R$ 150 bilhões em papel-moeda depositados no Banco Central: "Significa que o governo pode gastar e mudar o modelo econômico", disse, acrescentando que, agindo assim, o Estado brasileiro estará financiando a iniciativa privada, que depois devolveria esses recursos em impostos ao país. Munhoz, que presidiu o Conselho Federal de Economia (Cofecon), comentou ainda que o elevado risco deve causar medo aos especuladores, o que poderá resultar numa relativa capitalização dos bancos:
"É possível que, em pouco tempo, tenhamos novamente bancos com capacidade de empréstimo, mesmo que reduzida em relação ao passado recente. A saída para os restos da bolha é financiar o setor produtivo", previu o especialista. Diante desse cenário, o economista recomendou que o Brasil o aproveite para recuperar a demanda e alavancar a produção através de uma política de rendas e recomposição salarial, aliada a investimentos públicos em infra-estrutura.
Monitor Mercantil
"É possível que, em pouco tempo, tenhamos novamente bancos com capacidade de empréstimo, mesmo que reduzida em relação ao passado recente. A saída para os restos da bolha é financiar o setor produtivo", previu o especialista. Diante desse cenário, o economista recomendou que o Brasil o aproveite para recuperar a demanda e alavancar a produção através de uma política de rendas e recomposição salarial, aliada a investimentos públicos em infra-estrutura.
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