terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Raposa Serra do Sol

Perda de realidade institucional

(
Alerta em Rede) - O pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello, no processo referente à forma de delimitação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, adiou o desfecho de uma das decisões mais equivocadas da história do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que dificilmente haverá uma reversão dos já anunciados oito votos favoráveis à demarcação em área contínua, defendida pelo movimento indigenista internacional e seus aliados no Governo Federal, mas repudiada pelos brasileiros que se recusam a admitir que as políticas nacionais e o futuro do País sejam determinados pelos interesses de um aparato de poder supranacional.De fato, a intervenção ostensiva de governos estrangeiros e organizações que apenas nominalmente são "não-governamentais" (ONGs) tem logrado subjugar a vontade nacional em favor dos interesses internacionais que representam, no que tange às políticas ambientalista e indigenista brasileiras. Este processo se iniciou ainda durante a elaboração da Constituição de 1988 e teve um exemplo paradigmático na demarcação contínua da reserva ianomâmi (originalmente, em "ilhas"), na fronteira Amazonas-Roraima-Venezuela, em 1991, quando o Governo Collor se curvou docilmente a uma ativa campanha de pressões externas oriunda, principalmente, do Reino Unido e dos EUA. Apenas a conivência da cumplicidade, a omissão da pusilanimidade ou uma miopia estratégica inaceitável em quem exerça funções de Estado justificam a recusa em se admitir tal realidade, que é incompatível com a necessidade de o País se inserir de forma soberana e pró-ativa na reconfiguração da ordem de poder mundial que se encontra em marcha acelerada, impulsionada pela crise do sistema financeiro internacional.
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