domingo, 4 de abril de 2010

Operação Shaolin vai ampliar lista de suspeitos de participação no suposto esquema de corrupção

Polícia encontra indícios da existência de novos focos de desvio de verbas do Programa Segundo Tempo
Lilian Tahan - Correio Braziliense

Organizada para deter o desvio de dinheiro enviado pela União com a função de bancar no Distrito Federal o Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte, a Operação Shaolin, da Polícia Civil e do Ministério Público do DF, vai ampliar a lista de suspeitos de participação no suposto esquema de corrupção. Até agora cinco pessoas vinculadas a duas entidades não governamentais ligadas ao Kung Fu estão presas na Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco). Os primeiros depoimentos prestados pelos supostos envolvidos aumentaram a desconfiança dos policiais sobre a existência de outros focos do esquema na capital.Quatro das cinco pessoas presas na manhã da última quinta-feira já foram ouvidas. A direção da Polícia Civil organizou uma força-tarefa para que elas prestassem depoimento no mesmo dia da detenção. Cinco delegados aplicaram uma espécie de questionário, com perguntas padronizadas, aos acusados. A partir das respostas, a polícia encontrou indícios de que mais entidades parceiras do governo federal possam agir de má-fé no DF. A dúvida deve motivar novos mandados de busca e apreensão nos próximos dias. E, muito provavelmente, resultar na prisão de outras pessoas.Um dos depoimentos mais importantes, no entanto, o do policial militar João Dias Ferreira de Faria, ficou marcado para a próxima segunda-feira. Ele é apontado como o líder do esquema de desvio de dinheiro. Segundo as investigações, o PM teria utilizado 49 notas frias para justificar o gasto de R$ 1,99 milhão. Os documentos emitidos pelas empresas Infinita Serviços Gerais Ltda. e JG Comércio de Alimentos Preparados e Serviços Gerais Ltda. estavam em favor das duas entidades lideradas por João Dias. Na qualidade de administrador das empresas, Miguel Santos Souza também está preso. Além dele, Demis Demétrios Dias de Abreu, Flávio Lima Carmos e Eduardo Pereira Tomaz estão encarcerados na Deco.

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