quinta-feira, 11 de março de 2010

Após engavetar 83 CPIs, ALESP resolve aprovar uma contra o PT

Depois de engavetar 83 pedidos de CPIs para investigar irregularidades e casos de corrupção envolvendo o PSDB, a tropa de choque tucana na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), comandada pelo governador José Serra, resolveu finalmente aceitar a instalação de uma CPI política: mas justamente uma que não envolve os tucanos ou seus aliados, e sim lideranças do PT.O presidente da Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB), assinou na terça-feira (9), documento para a instalação da CPI da Bancoop. A comissão, pedida em requerimento de outubro de 2008 pelo deputado Samuel Moreira, líder do PSDB na Casa, investigará denúncias sobre a existência de um suposto esquema de desvio de dinheiro da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) para campanhas eleitorais do PT. A denúncia foi requentada esta semana pela revista Veja e pelo jornal O Estado de S. Paulo a partir de informações sem provas dadas pelo promotor de Justiça José Carlos Blat.Curiosamente, a mesma revista Veja que agora usa o promotor Blat como fonte de suas denúncias, publicou em 2006 uma matéria devastadora acusando Blat de envolvimento em uma série de casos de corrupção. (Leia mais aqui)CPIs engavetadasDos 83 engavetamentos de CPI na Assembléia Paulista, 70 aconteceram na gestão Geraldo Alckmin, e 13 no atual governo. Sob Serra, os pedidos de investigação não obtiveram sequer o número de assinaturas necessárias para que as CPIs fossem protocoladas. Entre elas estão a CPI da Máfia caça níqueis, a CPI das Estatísticas criminais, que buscavba investigar a omissão de dados da violência no Estado; a CPI do Baixo desempenho escolar; a dos Cartões corporativos que tinha como alvo de investigação os gastos de R$ 108 milhões, "aplicados" até em casas noturnas; a CPI das Ongs no Governo Alckmin (60 contratos sem licitação e prejuízo de R$ 80 milhões); a CPI das Rodovias, para investigar as privatizações tucanas e os pedágios mais caros do país; a CPI da Alstom, que envolve contratos bilionários da multinacional francesa com o governo paulista; além de várias outras.

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