Fernando Taquari, de São Paulo
Embora ainda atrás do governador paulista, José Serra (PSDB), nas pesquisas de intenção de voto, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deve despontar nos próximos meses como a favorita para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro.A avaliação foi feita por Fernando Abrucio, cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV): "O favoritismo de Dilma tende a florescer em meio a um cenário de inflação baixa, crescimento econômico e aumento do emprego"A ministra, observou o cientista político, ainda poderá colher os frutos dos altos índices de aprovação de Lula e, sobretudo do governo."A diferença entre a popularidade dos dois indicadores diminuiu nas últimas pesquisas, o que é positivo para a campanha de Dilma", disse. Apesar do presidente ser um grande cabo eleitoral, Abrucio acredita que o governo terá uma capacidade de transferência de votos maior."Com Lula fora da disputa, o eleitor vai pesar se quer ou não a continuidade. O voto está muito associado a uma sensação de bem-estar social por parte da população, que está satisfeita", afirmou Abrucio.A percepção favorável, acrescentou, cresceu também com a expansão de investimentos em educação, com a criação de universidades e escolas técnicas, e o programa Minha Casa Minha Vida. Mesmo com a combinação destes fatores, Serra ainda permanece um candidato competitivo, com grandes trunfos para explorar durante a campanha.
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