segunda-feira, 22 de março de 2010

PAC não é ação apenas de governo, mas de Estado, pois transcende aos governantes, confirma portal “Contas Abertas”, mesmo querendo discordar...

Próximo presidente inaugurará metade das grandes obras do PAC

O próximo presidente do país terá a missão de inaugurar mais da metade (52%) das ações que integram os 143 principais empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Isso porque o sucessor do presidente Lula herdará 110 etapas inacabadas do programa, que devem ser inauguradas entre 2011 e 2014. O sucessor do sucessor à presidência também será contemplado. Segundo o cronograma oficial de término das obras, quatro etapas devem ficar prontas apenas entre 2015 e 2016. Com isso, o PAC ainda deve sobreviver por mais duas gerações de presidentes. Além dos projetos sem data prevista para conclusão, outras 102 ações devem ser inauguradas ainda neste ano. O levantamento considera todas as grandes obras do PAC, em andamento, listadas no balanço de três anos do programa.
Cada obra no PAC é dividida em etapas. A duplicação e modernização da BR-101, trecho Pernambuco, por exemplo, compreende cinco etapas, cada uma com previsão de término em períodos diferentes. Os ajustes no contorno de Recife devem ficar prontos em dezembro de 2011. Já o trecho Palmares, na divisa entre Pernambuco e Alagoas, tem previsão de término para outubro de 2011. O investimento presumido no empreendimento até 2010 é de R$ 680,1 milhões. Já as obras nas divisas do estado de Pernambuco após 2010 terão R$ 138 milhões.
Entre as obras que ficarão para o sucessor do sucessor à presidência inaugurar encontra-se a usina Pedra Branca, que prevê aproveitamento hidrelétrico no rio São Francisco. Com um investimento previsto de R$ 736 milhões, a partir de 2011, o empreendimento só deve ficar pronto em setembro de 2016. O projeto é taxado pelo próprio governo como “preocupante”, já que houve dificuldades na execução por conta da proximidade de terras indígenas.
O trem de alta velocidade que interligará os estados do Rio de Janeiro e São Paulo tem conclusão prevista para 2015. O investimento previsto entre 2007 e 2010 é de R$ 1,8 bilhão. Já a partir do ano que vem o projeto deve receber R$ 32,8 bilhões até a sua conclusão. O projeto é apresentado como “adequado” pelo governo.
Também só será inaugurada daqui a cinco anos a usina termonuclear Angra 3. Ao todo, o empreendimento vai custar R$ 8,3 bilhões, sendo apenas 34% deste valor investido até este ano. Angra 3 terá 1.124 megawatts (MW) de capacidade, energia suficiente para abastecer duas cidades como Brasília. O projeto deve ficar pronto em maio de 2015 e é classificado pelo governo como “adequado”.
Completa a lista de empreendimentos para o sucessor do próximo presidente do país inaugurar a usina hidrelétrica Telêmaco Borba, com aproveitamento hidrelétrico no rio Tibagi, no Paraná. A usina custará R$ 276 milhões e deve ser inaugurada em setembro de 2015. A obra é classificada em “atenção” pelo governo.
Já entre os empreendimentos que ficarão prontos no ano que vem estão a construção do novo terminal de passageiros, do sistema viário e ampliação do pátio de aeronaves do aeroporto de Macapá, no Amapá, a construção do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro na BR-493, e a usina hisrelétrica de Estreito com 641 megawatts (MW) de capacidade, no rio Tocantins, entre o estado tocantinense e o Maranhão.
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