segunda-feira, 22 de março de 2010

Carlos Chagas

CARTA AOS BRASILEIROS – O RETORNO

Em pleno Oriente Médio, pouco antes de embarcar de volta, o presidente Lula concedeu entrevista coletiva. O ponto era vago e, estimulados por empresários que integravam a comitiva, jornalistas brasileiros indagaram se caso eleita, Dilma Rousseff mudaria a política econômica. Se desenvolveria um programa estatizante.
O presidente deu duas no cravo e uma na ferradura. Declarou textualmente existirem três coisas “de que não abriremos mão”, uma espécie de confissão de que o governo Dilma irá desenvolver-se em condomínio no qual ele será o síndico: 1. Manutenção da estabilidade econômica; 2. Controle da inflação; 3. Investimentos públicos.
Os empresários sentiram-se no paraíso, aliás, no passado bíblico, localizado por ali. Ouviram a garantia de que nada vai mudar, reforçada pela afirmação de que “Dilma não será estatizante nem vai estatizar nada”.
O próximo passo parece à vista de todos: a ministra, antes ou depois de deixar o governo, divulgará sua versão pessoal da Carta aos Brasileiros assinada pelo Lula em 2002, tranqüilizando as elites. Fica a política econômica como está, ou seja, o país deve estar preparado para esquecer tudo o que for dito na campanha, se é que vão dizer alguma novidade.

(...)

NÃO AGUENTOU

Não se passaram duas semanas de silêncio do ex-presidente Fernando Henrique, depois de haver recebido recado de José Serra para não atrapalhar a estratégia sucessória dos tucanos. Em palestra na Academia Brasileira de Letras, convidado para homenagear a memória de Joaquim Nabuco, o sociólogo não agüentou. Disse que uma coisa é o candidato, outra a campanha. O PSDB deveria estar inundando o país com suas propostas de governo, mesmo permanecendo o governador paulista em cone de sombra. Como se fosse possível a existência de uma pela teatral sem autor.
Outra polêmica afirmação de Fernando Henrique disse respeito à política externa. Defendeu a volta ao alinhamento automático do Brasil com os Estados Unidos...

Leia a excelente coluna, na íntegra, do Carlos Chagas, no portal do Cláudio Humberto...

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