quinta-feira, 4 de março de 2010

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DOS JORNALÕES


Presidente quer trocar Planalto por palanque durante dois meses na campanha. Num gesto sem paralelo na história política recente do país, o presidente Lula pretende se licenciar do cargo em agosto e setembro, para se dedicar em tempo integral à campanha da ministra Dilma Rousseff, informa Ilimar Franco. Ao trocar o Planalto pelos palanques, o primeiro presidente eleito pelo PT deixará, ironicamente, a cadeira com José Sarney, o senador que, em 1984, trocou a presidência do PDS pela aliança com Tancredo Neves. Atual presidente do Senado, Sarney (agora no PMDB) é o único na linha sucessória que não disputará as eleições de outubro. (págs. 1 e 2)

FOLHA DE S. PAULO
SERRA AVISA AO PSDB QUE É CANDIDATO

O governador de São Paulo, José Serra, confirmou à cúpula do PSDB que é candidato à Presidência. O tucano deixou clara a disposição de concorrer em jantar com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e em conversas com senadores. Mesmo assim, lideranças do partido receiam que ele recue. Na aproximação com Aécio, nome que Serra quer como vice, o tucano paulista participa hoje da inauguração do novo complexo administrativo de Minas Gerais. Ontem, em homenagem a Tancredo Neves, Serra criticou a tese da "herança maldita" usada pelo PT contra a gestão Fernando Henrique Cardoso. Disse que o PT se beneficiou do Plano Real, do Proer e da Lei de Responsabilidade Fiscal. (págs. 1 e Brasil)

O ESTADO DE S. PAULO
HILLARY AVALIA QUE IRÃ ENGANA O BRASIL

Para a americana, Teerã abusa da boa-fé brasileira. Brasil e EUA expuseram ontem suas divergências sobre o Irã. Após três horas de conversa com o chanceler Celso Amorim, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, insinuou que Teerã está manobrando a disposição do Brasil e defendeu sanções do Conselho de Segurança da ONU. "Observamos que o Irã vai ao Brasil, à Turquia e à China e conta histórias diferentes para cada um", disse Hillary. “Acredito que só depois da aprovação das sanções o Irã negociará de boa-fé." Amorim insistiu no diálogo e rejeitou a ideia de que o Brasil estaria sendo "enrolado" pelos iranianos. "Temos a visão de que, de modo geral, as sanções têm efeitos contraproducentes", disse o chanceler. Para Lula, “não é prudente encostar o Irã contra a parede". (págs. 1 e A17)
JORNAL DO BRASIL
PARA EUA, IRÃ USA O BRASIL

Celso Amorim reage a acusação de Hillary As divergências entre Brasil e Estados Unidos sobre o programa nuclear do Irã provocaram ontem dura reação do governo brasileiro contra Washington. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reiterou que o Brasil tem posições orientadas por sua convicção, e por isso "não vai se curvar" às pressões dos EUA, que defendem sanções contra o Irã. A secretária de Estado, Hillary Clinton, ouviu a afirmação e acusou os iranianos de mentirem sobre planos para a fabricação de armas nucleares e usarem o Brasil como escudo para fugir das punições. (págs. 1 e Internacional A23)

CORREIO BRAZILIENSE
DISTRITAIS SÓ VÃO JULGAR ARRUDA DEPOIS DO STF

Alinhada com a defesa do governador, Câmara Legislativa aguardará a decisão do Supremo sobre o habeas corpus para, no fim da tarde, votar o pedido de impeachment. Ministro Marco Aurélio recebe do advogado Nélio Machado a promessa formal de Arruda de se manter fora do Buriti, mas afirma que não há negociação no STF (págs. 1, 37 e 38)


VALOR ECONÔMICO
CÂMARA APROVA USO DE 30% DO FGTS NO PRÉ-SAL

A instabilidade dos mercados neste início de ano e a incerteza sobre a tendência das aplicações fizeram os gestores de recursos reduzir drasticamente suas apostas na bolsa. Historicamente, os fundos multimercados, que buscam ganhos em diversos tipos de ativos, aplicam entre 10% e 15% do patrimônio em ações. "Essas posições estão hoje próximas a zero", afirma Fernando Lovisotto, diretor da consultoria RiskOffice, especializada em gestão de risco. "Voltou a sensação de medo", acrescenta o sócio e economista da Modal Asset Management, Alexandre Póvoa. A opinião dos dois especialistas reflete o pensamento da maioria dos gestores de fundos multimercados. Os problemas fiscais na Europa e o plano do presidente americano, Barack Obama, para o setor financeiro acabaram com o bom humor que se via no mercado nas primeiras semanas de 2010, levando o Índice Bovespa a fechar ontem em 67.641 pontos, com queda de 1,38% no ano. A palavra de ordem é reduzir os riscos das carteiras. Ninguém quer ser pego de surpresa, como aconteceu no início da crise global. (págs. 1, D1 e D2)

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