terça-feira, 6 de abril de 2010

Ainda bem: investimentos da Petrobras crescem 138% na gestão Lula

Amanda Costa - Do Contas Abertas

Nos últimos 15 anos, a principal empresa estatal brasileira aplicou R$ 370,2 bilhões na exploração, produção, refino, transporte e comercialização de petróleo e gás natural. Entre 1995 e 2002, durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foram investidos R$ 109,6 bilhões, já descontada a inflação acumulada no período. Entre 2003 e 2009, quando mais empresas foram incorporadas ao grupo Petrobras na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a gigante brasileira de petróleo investiu R$ 260,4 bilhões; um crescimento de 138% ante o governo FHC (veja tabela).

Apenas no primeiro bimestre deste ano, as 29 empresas que integram o grupo Petrobras investiram R$ 11,9 bilhões no setor petrolífero. A cifra representa 95% dos R$ 12,5 bilhões desembolsados, nos primeiros dois meses deste ano, pelas 75 empresas estatais com programação de investimentos para 2010. Com isso, desde 1995, os investimentos da Petrobras, que emprega cerca de 54 mil pessoas, já chegam a R$ 382,1 bilhões, em valores corrigidos pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No ano passado, o grupo Petrobras investiu R$ 63,3 bilhões, o que representou 88% do volume de recursos aplicados por todas as empresas estatais do país, com programações para aquele ano, no valor de quase R$ 72 bilhões. Em contraponto, os investimentos da União, que incluem as aplicações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), chegaram a R$ 32,3 bilhões no ano passado, em valores atualizados. Significa que apenas as empresas que integram o grupo Petrobras investiram o dobro de recursos em 2009 se comparado com os desembolsos do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Para 2010, a previsão inicial do Grupo era investir R$ 79,3 bilhões; maior marca dos últimos 15 anos. Mas em reunião realizada no último dia 19, o conselho de administração da empresa autorizou a ampliação do orçamento de capital para R$ 88,5 bilhões. A maior parte dos recursos deve ser destinada a exploração e produção (R$ 36,7 bilhões) e ao abastecimento (R$ 34 bilhões).

No final de março, o conselho de administração aprovou o Plano de Negócios da estatal para o período entre 2011 e 2014, quando devem ser investidos R$ 250 bilhões dentro da segunda etapa do PAC. O montante representa uma média de R$ 62,4 bilhões por ano. Para depois de 2014, a estatal prevê uma meta ainda mais ambiciosa, equivalente a R$ 462 bilhões, que também foram incluídos no PAC 2. Ao todo, nos dois períodos, a meta da estatal é aplicar R$ 711,8 bilhões (veja tabela).
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