O ditado é velho, mas vale a pena ser lembrado: “é melhor prevenir do que remediar”. Apesar de muito conhecido, o provérbio parece não influenciar, há anos, as decisões de autoridades públicas do país quando o assunto é chuvas e enchentes. Parece também não gerar preocupação entre moradores que ocupam áreas de risco. Levantamento do Contas Abertas sobre os dois principais programas federais ligados diretamente aos problemas decorrentes dos fenômenos naturais – “prevenção e preparação para desastres” e “resposta aos desastres e reconstrução” – mostra que se gasta muito mais remediando do que prevenindo. Na verdade, nos últimos sete anos, o governo gastou seis vezes mais com ações emergências depois das tragédias ocorridas do que com obras de prevenção (veja tabela).
Foram R$ 2,7 bilhões contra R$ 412 milhões no período 2004-2010 (valores correntes). Uma goleada. E neste ano a situação não é diferente. Até agora, o governo federal desembolsou R$ 40,6 milhões com o programa de prevenção, enquanto com o de reconstrução de áreas atingidas foram R$ 207 milhões, ou seja, cinco vezes mais. No ano passado, a discrepância dos valores foi ainda maior. Com as ações de prevenção o governo gastou R$ 138,2 milhões. Já nos projetos de reconstrução R$ 1,4 bilhão foi aplicado; 10 vezes mais. O montante pago foi alto principalmente devido ao desastre ocorrido em Santa Catarina no final de 2008, quando fortes chuvas afetaram cerca de 1,5 milhão de pessoas.
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sexta-feira, 9 de abril de 2010
Chuvas: gasto federal com reconstrução é 6 vezes maior do que com prevenção
Leandro Kleber - Do Contas Abertas
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