quarta-feira, 7 de abril de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DOS JORNALÕES

(Se você não teve tempo hoje de ler os principais jornais do País, leia-os agora a noite)

Tragédias das chuvas no Rio se repetem há 40 anos e poder público não consegue reagir. As chuvas no Rio resultam em tragédias que se repetem há mais de 40 anos, com intervalos cada vez menores, As explicações das autoridades também não apresentam surpresa. O único fator que poderia trazer novidades seria a realização de promessas de um plano de emergência, que se renovam a cada eleição, mas nunca saem do papel. Nas 24 horas em que choveu 280 milímetros, entre anteontem à noite e ontem, o Rio voltou a mergulhar no caos. Em todo o Estado morreram 96 pessoas - 49 delas em Niterói -, 49 estão desaparecidas, 102 ficaram feridas e mil sem teto ou desalojadas. A maioria das mortes ocorreu nas favelas, mas a enchente atingiu também áreas nobres, como Jardim Botânico e Lagoa. Pela primeira vez, a cidade viveu um engarrafamentoque varou a noite, entre o Centro e a Tijuca, e no Túnel Rebouças. Na noite de segunda-feira, os principais cruzamentos do Centro foram abandonados pela Guarda Municipal. A falta de policiamento facilitou a ação de bandidos, que saquearam motoristas e pedestres. Uma das causas do engarrafamento na região da Tijuca foi a enchente da Praça da Bandeira, onde milhões já foram soterrados em obras. O ginásio do Maracanãzinho quase virou um parque aquático depois que o canal do Rio Maracanã transbordou. O prefeito Eduardo Paes, que, na madrugada,classificara o comportamento da cidade como "inferior a zero", assumindo sua parecia de culpa, mudou o tom. Para ele, a chuva foi atípica, como sempre acontece a cada tragédia. (págs. 1 e Caderno Especial, "Dos Leitores", página 8, Flávia Oliveira e editorial "Cidades no limite")

FOLHA DE S. PAULO
PIOR CHUVA MATA 98 E PARALIZA RIO

Maior temporal da história da cidade expõe fragilidades; prefeito admite que existem ineficiências. A chuva sobre a região metropolitana do Rio desde segunda-feira matou ao menos 98 pessoas - até a conclusão desta edição -, e paralisou o comércio e serviços públicos. Em 24 horas, choveu mais que 62% da média do mês de abril. As tempestades que provocaram todas as tragédias anteriores da cidade foram superadas. Pontos turísticos, como a Lagoa e o Maracanãzinho, alagaram; 13 bairros ficaram sem luz. A ponte Rio-Niterói e o aeroporto Santos Dumont foram fechados. As mortes na capital (31) e em Niterói (49) ocorreram sobretudo nos deslizamentos em favelas. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) reconheceu "ineficiências e problemas estruturais". O presidente Lula, que ontem estava no Rio, minimizou o alagamento de apartamentos do PAC no Complexo do Alemão. "Onde eu vi obras do PAC, tem menos água. Portanto, acho que a única explicação é o excesso de chuva", afirmou Lula. O mau tempo no Rio deve durar até amanhã. (págs. 1 e Cotidiano)

O ESTADO DE S. PAULO
TEMPORAL RECORDE EM 44 ANOS MATA 103 E RIO ENTRA EM COLAPSO

Maioria dos mortos foi vítima de deslizamentos de terra, causados pelas 14 horas de chuva intensa. Impotentes, autoridades do Estado pedem que população não saia de casa; Lula faz apelo a Deus. Um temporal de 14 horas, o maior em 44 anos no Rio, deixou 103 mortos no Estado, até o fechamento desta edição. Foram 48 em Niterói, 16 em São Gonçalo, 36 na capital, 2 na Baixada Fluminense e 1 em Petrópolis. A maioria morreu em deslizamentos de terra. A região metropolitana parou - escolas fecharam, empresas dispensaram funcionários e diversas vias ficaram intransitáveis. Impotentes diante do caos, o presidente Lula, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes fizeram apelos dramáticos - pediram que moradores saíssem das áreas de encosta e que a população evitasse sair às ruas. As escolas públicas não abrirão hoje. "Quando o homem lá em cima está nervoso, só temos de pedir a Ele para parar a chuva, para que a gente possa tocar a vida", afirmou Lula no Rio. Segundo ele, a cidade está preparada para a Copa de 2014 e para a Olimpíada de 2016. (págs. 1 e Cidades C1 e C3 a C8)

JORNAL DO BRASIL
A MAIOR CHUVA DA HISTÓRIA

Foram 288 mm de chuva em 24 horas. Segundo o prefeito Eduardo Paes, o maior temporal que já caiu sobre o Rio – na enchente de 1966 havia sido 230 mm. A cidade, alagada, entrou em colapso. Via importantes como a Linha Amarela e as avenidas das Américas, Niemayer e Francisco Bicalho ficaram bloqueadas. O estado contabiliza 96 mortes, a maioria por deslizamentos de encostas. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A12)

Mortes e dos no Morro dos Prazeres. Pelo menos 14 pessoas morreram após deslizamento de terra na área entre os morros dos Prazeres, em Santa Tereza, e do Escondidinho, no Rio Comprido. Há três desaparecidos. A garagem de uma casa virou enfermaria para socorrer os feridos. (págs. 1 e
Tema do dia A7)

CORREIO BRAZILIENSE
RIO AFUNDA EM CAOS E MORTE

O maior temporal dos últimos 44 anos no Rio de Janeiro matou pelo menos 96 pessoas até ontem à noite. Castigada pela chuva desde as 20h de segunda-feira, a cidade entrou em colapso. Moradores de encostas se desesperaram com deslizamentos, o sistema de transporte parou, as aulas nas escolas foram suspensas, cartões-postais como a Lagoa Rodrigo de Freitas ficaram irreconhecíveis. O governador Sérgio Cabral responsabilizou políticos demagógicos pela gravidade da tragédia, especialmente nas favelas. O prefeito Eduardo Paes recomendou aos cariocas que ficassem em casa. O jogo do Flamengo contra o Universidad do Chile no Maracanã foi adiado. (págs. 1, 8 a 10, Super Esportes, 2 e 3 e QR Code com galeria de fotos)

VALOR ECONÔMICO
PROJETO DEFINE DIREITOS E RESPONSABILIDADE NA WEB

O Ministério da Justiça apresentará até o fim da semana a minuta de projeto de lei sobre as regras da internet no Brasil, o marco regulatório que será colocado em audiência pública. O texto foi debatido com a sociedade na própria rede durante os últimos meses e as sugestões foram consolidadas pelo ministério. A principal novidade do texto ao qual o Valor teve acesso é o termo de "notificação e retirada". Embora seja uma tradução do "notice and take down" americano, a proposta cria um modelo inédito de definição de responsabilidades por conteúdo. O texto prevê os direitos e as responsabilidades de todos os participantes da rede, principalmente quando houver dúvida quanto à autoria da informação. Pela minuta, as empresas que hospedam informações de terceiros terão de notificar quem colocou determinado conteúdo no ar se houver reclamação fundamentada de pessoa física ou jurídica que se sinta prejudicada. Ao receber a denúncia, esse provedor deve imediatamente tirar a informação do ar e, em seguida, notificar o autor. A informação voltará ao site se o autor assumir integralmente a responsabilidade pelo teor da publicação. Assim, havendo discussão judicial, não caberá ao provedor nenhum ônus legal. Nos EUA, o "notice and take down" vale apenas para propriedade intelectual e não pode ser pedida a revisão pelo autor. No Canadá, o provedor notifica o autor, sem extrair o conteúdo, mas também evita se tornar réu em ação judicial. O modelo brasileiro inova ao permitir que se atenda prontamente o pedido daquele que se sentir prejudicado. (págs. 1 e A2)

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