(Alerta em Rede) – Em discurso no Senado na sexta-feira 19, a senadora Marina Silva (PV-AC), candidata presidencial do Partido Verde, clamou por urgência na implementação da lei que institui a política nacional de mudanças climáticas, especialmente com relação aos efeitos nocivos advindos do propalado aquecimento global antropogênico que causarão, comprovadamente, aumento no número de doenças, fortes estiagens que ameaçarão a geração de eletricidade e outros problemas na produção de alimentos. [1] “Mesmo diante de tão preocupantes fatos e desastres naturais, ainda não vemos nenhuma autoridade do governo federal se dispondo a iniciar esse processo de formulação de uma estratégia nacional de adaptação”, criticou a senadora, que precisa desesperadamente do “aquecimento global” como elemento importante para fazer decolar sua campanha presidencial.Como “comprovação” a suas afirmações catastrofistas, a senadora citou uma série de estudos nacionais e estrangeiros que, invariavelmente, se baseiam ou serviram de “fonte” ao cada vez mais desacreditado relatório AR4 do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).Um dos mais recentes desses estudos sobre a Amazônia é da lavra do Banco Mundial ("Assessment of the Risk of Amazon Dieback" ) que afirma que, se continuarmos no mesmo ritmo de desmatamento que tivemos durante a década de 2000, associado ao impacto das mudanças climáticas, nada menos que 95% da Amazônia podem desaparecer até 2075! [2] Para chegar a tão estonteante resultado, os luminares que elaboraram o relatório do Banco Mundial construíram uma série de modelos simuladores do clima futuro que foram alimentados por dados da desacreditada Climate Research Unit (Unidade de Pesquisa Climática) da Universidade de East Anglia, Inglaterra, centro nevrálgico de inteligência para a produção do famigerado AR4. Tema, aliás, já abordado recentemente por este Alerta. [3] É de pasmar a facilidade com que as “mentes colonizadas” se deixam levar por peças pseudocientíficas apesar de alguns alertas, como o feito por Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), durante a realização da 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em julho passado em Manaus (AM). Em sua exposição, Câmara deu um puxão de orelhas na comunidade científica nacional por não se empenhar na descoberta de números mais exatos sobre os impactos do desmatamento da Amazônia frente às mudanças climáticas:“Esse número de 20% divulgado pelo G8 [referência à Reunião do grupo realizado em L´Aquila, Itália] é um número ‘chutado’ que está rodando pelo mundo. E a ciência brasileira até agora não se deu ao trabalho de checar esse dado”, disse ele na ocasião, explicando que tais números são tendenciosos pois “no que diz respeito a dados sobre emissões de efeito estufa, é importante dividir o prejuízo”. [4] Nesse sentido, é instrutivo se observar a postura do governo da Índia sobre as geleiras da cordilheira do Himalaia que, segundo as previsões “oficiais” do IPCC, poderiam desaparecer até 2035, o que causaria uma catástrofe nos recursos hídricos da Índia sem precedentes conhecidos em sua história. Em novembro último, a afirmativa foi rotundamente contestada em um relatório oficial do governo indiano elaborado por alguns dos principais glaciologistas do país demonstrando que o prognóstico não tinha qualquer base científica e, pior ainda, sequer fora submetido à revisão por pares. [5]Melhor faria o governo brasileiro se seguisse o exemplo do seu correspondente indiano pois não seria assim tão difícil demonstrar a fraude científica das previsões do IPCC e adjacências sobre o “iminente” desaparecimento da Amazônia.
Leia também:
Leia também:
Dos chefinhos/"amigos" da ex-ministra Marina Silva
Notas:
[1]Marina Silva diz que é urgente implantar a política nacional de mudanças climáticas, Agência Senado, 22/02/2010
[2]Desmatamento, queimadas e mudanças climáticas podem acabar com 95% da Amazônia até 2075, Amazônia.org.br, 22/02/2010
[3]A fraude climática da Amazônia, Alerta Científico e Ambiental, 01/02/2010
[4]A falácia do “CO2 florestal”, Alerta Científico e Ambiental, 21/07/2009
[5]IPCC, um himalaia de falsidades, Alerta Científico e Ambiental, 25/01/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário