sexta-feira, 12 de março de 2010

A crise do metrô do Rio de Janeiro: privatizou, piorou!

Por Léo Lince

Purgatório da beleza e do caos, o Rio de Janeiro faz jus ao mote da canção. A cidade, linda e maltratada, vive dias marcados pela vizinhança da catástrofe: o colapso total de seu sistema de transporte urbano de massas. E pior: a luz no fim do túnel, tudo indica, é o "trem" desgovernado e na contramão. Tal sistema, que grande coisa já não era, atravessa um período de acelerada deterioração. A piora na qualidade dos serviços em todos os segmentos do setor tem sido uma dolorosa constante. Não passa um dia sequer sem o sobressalto de alguma notícia triste. Sinais de alerta do impasse que se aproxima. No caso dos ônibus, onde circula a maioria dos passageiros, a calamidade é antiga e parece sem remédio. Nunca houve licitação e os donos do pedaço, grandes financiadores de campanha eleitoral, mandam e desmandam. As barcas mal conservadas ficam à deriva nas águas da Guanabara. Filas imensas, desconforto geral. Nos trens da Supervia, o desrespeito ao cidadão chega ao limite das chibatadas e o tumulto diário dos vagões superlotados. Um absurdo sem tamanho. A crise do Metrô completa o desacerto geral que inferniza a vida dos cariocas. Lamentável, pois o Metrô do Rio, enquanto foi uma empresa pública, prestava serviços de excelente qualidade. Limpo, confortável e seguro. Hoje, privatizado, exibe as tarifas mais caras do Brasil. Sujo, desconfortável e inseguro. Defeitos na refrigeração, vagões superlotados, propaganda em demasia em tudo quanto é fresta, até nas janelas dos vagões, o passageiro nem vê as estações. E, o mais grave, uma série crescente de falhas de segurança.
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