O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEMO), está preso em uma sala de 16,8 m2 na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A sala tem cama com colchão, mesa com cadeira estofada, sofá de três lugares, armário com duas portas, frigobar e ar-condicionado.
Ontem, durante julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) do mérito do habeas corpus para reverter a prisão preventiva de Arruda, o advogado Nélio Machado disse que o governador afastado está preso em uma "masmorra" há mais de 20 dias.
"A Polícia Federal está fazendo uma farsa. Ele fica preso com policiais ao lado. Nunca tive um contato pessoal e reservado com meu constituinte. Não pode ir ao banheiro, vai acompanhado. Não tem televisão, rádio, jornal. O que é isso? Punição antecipada. Isso não é julgamento que se aproxima de julgamento moral, de terminar por inteiro qualquer perspectiva deste homem", afirmou Machado no julgamento.
Ao defender a manutenção da prisão do governador afastado, a vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, rebateu as críticas da defesa do governador de que não foram oferecidas condições para Arruda na prisão.
"Ele foi preso num primeiro momento na sala de um diretor, mas na sequência transferido porque tinha que ser retomada a rotina dos trabalhos. Nós pedimos informações e nos foi repassado que a sala em que ele está preso tem ar-condicionado, sofá, cama, mesa de trabalho, ventilação. As condições da prisão são absolutamente dignas e temos as fotos", afirmou.
A prisão de Arruda foi determinada no dia 11 de fevereiro pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) que acolheu a denúncia do Ministério Público Federal de que ele obstruía as investigações do esquema de corrupção.
Arruda e outras cinco pessoas são acusadas de tentar subornar o jornalista Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina no DF.
Fonte: Folha Online
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