segunda-feira, 15 de março de 2010

Viagem de Lula ao Oriente Médio

Entre amigos fala-se com franqueza

Viagens internacionais


(Blog do Planalto)conversa franca e amistosa com o presidente Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, o presidente Lula reiteirou seu desejo de cooperar para encontrar soluções pacíficas para o conflito com os palestinos e evitar que o Irã desenvolva armas a partir de seu programa nuclear, além de discutir o estreitamento da relação comercial, afirmou o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) em entrevista coletiva concedida no início da noite desta segunda-feira (15/3) no hotel King David, em Jerusalém, para jornalistas brasileiros.

Lula se encontrou primeiro com o presidente Shimon Peres em sua residência oficial em Jerusalém. À tarde, após discursar no parlamento de Israel (Knesset), Lula se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Amorim revelou que Lula e Netanyahu concordaram em estabelecer uma agenda com reuniões a cada dois anos entre os chefes de Estado de Israel e Brasil, além de ministros de diversos setores – defesa, agricultura, tecnologia -, e disse que o presidente brasileiro fez um convite ao primeiro-ministro israelense para que visitasse o Brasil ainda este ano.

Sobre o Oriente Médio, Lula e Netanyahu, bem como Shimon Peres, expuseram seus pontos de vista sobre a questão, sempre de forma amistosa. Os três desejam a mesma coisa – a garantia do Irã de que seu programa nuclear seja usado de forma pacífica. “Temos confiança de que ainda é possível o diálogo”, afirmou Celso Amorim, lembrando que muitas certezas que justificaram a guerra contra o Iraque se mostraram nulas. “Nós damos o benefício da dúvida (ao Irã). Se isso tivesse sido feito com o Iraque, teriam sido evitadas 200 mil mortes.”

O ministro das Relações Exteriores do Brasil afirmou ainda que o estabelecimento de duras sanções contra o Irã não é o melhor caminho neste momento, porque elas, quando aplicadas em outros casos, não funcionaram e sempre acabam atingindo os mais vulneráveis do país. Além disso, disse Amorim, os regimes-alvo das sanções acabam endurecendo suas posições e até ganhando mais apoio interno.

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