terça-feira, 16 de março de 2010

Empresas apoiam campanha e vão divulgar vacinação contra gripe A (H1N1). Mas dúvidas sobre eficácia e necessidade da vacina persistem



Cerca de 120 representantes de 87 empresas públicas e privadas estiveram reunidos em Brasília para conhecerem a estratégia de enfrentamento à gripe pandêmica

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, convocou na terça-feira passada (9) empresários dos setores privado e público para ajudarem a divulgar a estratégia nacional de vacinação contra a Gripe A (H1N1). O encontro em Brasília reuniu 120 representantes de 87 empresas públicas e privadas de áreas diversas - alimentos (Sadia, MC Donalds, Carrefour, Coca-Cola, Danone), Intelig Telecom, telefonia (Oi, Claro, TIM, Vivo), instituições financeiras (Caixa Econômica, Banco do Brasil, Bradesco), entre outros. Além de disseminar informações, distribuindo materiais de esclarecimento sobre a gripe aos seus funcionários, os parceiros da Saúde podem auxiliar na organização da própria vacinação. Uma das sugestões feitas pelo ministro Temporão às empresas e instituições foi que articulassem, com a ajuda das secretarias de saúde, a visita escalonada de seus funcionários que pertencem aos públicos-alvo aos postos de saúde. Com isso, as organizações garantem a imunização de seus trabalhadores e, ao mesmo tempo, evitam o aumento das faltas no trabalho. Cada representante empresarial recebeu um kit com folder informativo destacando a importância da participação das empresas, CD com as peças da campanha e adesivos. O secretário de comunicação do Ministério da Saúde, Marcier Trombiere, apresentou aos empresários o material de divulgação da campanha para uso livre das organizações. Mostrou exemplos bem sucedidos de parcerias entre governo e setor empresarial na divulgação de outras ações de saúde, tais como a do combate à dengue. “Essas parcerias são constantes desde 2007. A divulgação com o setor empresarial é uma forma de convocar as pessoas e organizar as demandas de vacinação para os postos de saúde. Queremos que esse calendário de vacinação esteja em todos os lugares”, declarou Trombiere.

PESQUISA - O ministro Temporão divulgou ainda pesquisa realizada com 1,3 mil pessoas de 352 cidades brasileiras. Ao todo, 71% responderam acreditar na eficácia da vacina contra a gripe A (H1N1); 83% afirmaram não ter medo da vacina e 84% disseram que gostariam de ser imunizado. A pesquisa indagou ainda sobre a qualidade das informações divulgadas na campanha. De uma nota de 0 a 10, a média de avaliação ficou em 8,56. O estudo também constatou que 64% dos entrevistados sabem que haverá uma grande campanha de vacinação contra a gripe pandêmica. Temporão alertou para a necessidade de mais pessoas estarem cientes da vacinação. Para isso, conta com a divulgação maciça para a sociedade brasileira.

Preocupação

O que nos deixa ansiosos é o fato de o ministro Temporão estar se preocupando com o que o povo pensa sobre a tal “gripe suína”. Questão de saúde pública não é e não deve ser uma questão de opinião. Não se trata de campanha eleitoral. Temporão deveria estar preocupado é com a questão laboratorial e científica. E realmente a vacina é necessária, vacine-se. Mas, se há alguma dúvida sobre os interesses geopolíticos e industriais que a questão envolve, o Ministro e a Anvisa têm que dar respostas. Deveriam, com base na Ciência, responder às dúvidas sobre a necessidade ou não da vacinação e sobre os interesses da indústria de fármacos. Você, que tem família, deveria cobrar de Temporão respostas para as questões levantadas pelo vídeo que, mais uma vez, este blog disponibiliza para a população. Assista ao vídeo de decida se vale a pena ser vacinado. Outras informações e atendimento à Imprensa no Ministério da Saúde: (61) 3315 3580 e 3315 2351

Por trás da gripe suína

Quando o vírus da gripe suína H1N1 se espalhou pelo mundo, aparece uma droga que promete resolver a questão, o agora famoso Tamiflu. Quem detém a patente e comercialização desse remédio? Os laboratórios Roche e a empresa Gilead Sciences. E quem é o chefão da Gilead? Nada menos que Donald Rumsfeld, ex-secretário de Defesa do governo Bush, um dos ideários da invasão do Iraque.Em 2005, quando a mídia pulava feito pipoca divulgando o "pânico" mundial da gripe aviária (H5N1), a administração Bush determinou a vacinação de todos os soldados que se encontravam fora do país. O próprio Rumsfeld fez o anúncio da compra pelo governo de U$ 1 bilhão em doses do remédio. Dias depois, a Casa Branca enviou um pedido ao Congresso dos EUA para a compra de mais U$ 2 bilhões em estoques do Tamiflu. Com isso, sua venda passou de 254 milhões em 2004 para mais de 1 bilhão em 2005.Segundo dados de abril de 2009, da Organização Mundial de Saúde, a gripe aviária matou em todo o planeta 257 pessoas. A gripe comum mata, em média 500 mil por ano. O Rumsfeld ex-diretor presidente da Gilead certamente agradeceu ao Rumsfeld então secretário de Defesa. O Tamiflu era até 1996 propriedade da Gilead Sciences Inc., empresa que nesse ano vendeu sua patente aos laboratórios Roche, e sabe quem já foi seu presidente? O ex-secretário de defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, que ainda hoje é um dos seus principais acionistas. Enquanto se falava sobre a gripe aviária, a Gilead Sciences Inc. quis recuperar o Tamiflu, alegando que a Roche não fazia esforços suficientes para fabricá-lo e comercializá-lo. Ambas as empresas se colocaram a "negociar" e chegaram em um acordo em tempo recorde, constituído de dois comitês, um encarregado de coordenar a fabricação mundial do remédio e decidir autorizações para terceiros fabricarem, e outro para coordenar a comercialização das vendas aos mercados mais importantes, incluindo os Estados Unidos. Além do que, a Roche pagou a Gilead Sciences Inc, algumas "regalias" retroativas no valor de 62,5 milhões de dólares. Sem contar que a Gilead ficou com mais 18,2 milhões de dólares extra por vendas superiores às contabilizadas entre 2001 e 2003. E o que Donald Rumsfeld tem com tudo isto? Absolutamente nada. Segundo o comunicado emitido no mês de outubro pelo Pentágono, o secretário de defesa dos Estados Unidos não interviu nas decisões que tomou o governo de seus amigos Bush e o vice-presidente Dick Cheney sobre as medidas preventivas adotadas para prevenir uma pandemia. O comunicado afirma que ele se absteve, que não teve nada com a decisão da administração americana em apoiar e aconselhar o uso do Tamiflu no mundo todo. E claro nós acreditamos, assim como ele assegurou solenemente que no Iraque havia armas de destruição em massa. Além disso, seu nome já apareceu junto a uma vacinação massiva contra uma suposta gripe durante a administração de Gerald Ford, na década de 70, que teve como resultado mais de 50 mortes por causa dos efeitos colaterais. Ou quando a FDA aprovou o "aspartame", três meses após Rumsfeld incorporar-se ao gabinete de Ronald Reagan (mesmo que nos dez anos anteriores de estudos ninguém tivesse tomado qualquer decisão). Só alguém muito "mal intencionado" acreditaria que existiu um lobby, só porque um pouco antes de Rumsfeld entrar para o governo americano ele era presidente do laboratório fabricante do "aspartame". E creio que tampouco ele teve algo a ver na compra de milhares de Vistide, remédio adquirido em massa pelo Pentágono para evitar efeitos colaterais da Varíola, e que foi usado nos soldados antes deles embarcarem para o Iraque. É preciso dizer que o Vistide também era produto da Gilead Sciences Inc.?

Um comentário:

  1. Prezado colega. Vc saberia me informar qual o procedimento para uma empresa patrocinar campanha eleitoral? Sabe dizer se isso é permitido por lei. Sou empresário e quero patrocinar um amigo em sua campanha, mas não sei se isso é permitido. Por favor me responda por e-mail.(jcsantos96@gmail.com)
    Obrigado!

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