terça-feira, 2 de março de 2010

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DOS JORNALÕES

Num esforço para recuperar a arrecadação e combater a sonegação, a Receita Federal vai abrir duas delegacias especializadas no acompanhamento de grandes contribuintes. A primeira será no Rio de Janeiro e já começa a trabalhar neste mês. A segunda será em São Paulo e deve entrar em operação em abril ou maio. Em entrevista ao GLOBO, o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, explicou que os 260 fiscais das duas unidades ficarão responsáveis por monitorar com lupa 1.042 empresas de peso na arrecadação do país, que representam juntas 37,6% da arrecadação federal, ou quase R$ 180 bilhões. Os dois estados foram escolhidos por terem maior peso na arrecadação federal. Considerando-se todos os portes de empresas, a 8° Região Fiscal, onde está São Paulo, responde por 41,97% da arrecadação federal. Já a 7ª Região Fiscal, que inclui Rio e Espírito Santo, vem em segundo lugar, com 18,62%. Pelos critérios da Receita, grandes contribuintes são empresas que faturam mais de R$ 80 milhões por ano, têm débitos tributários declarados de mais de R$ 8 milhões, despesas salariais acima de R$ 11 milhões ou recolhem mais de R$ 3,5 milhões à Previdência Social. O Brasil tem hoje 10.568 empresas com esse perfil e que respondem por 76% de toda a arrecadação federal, o que significa R$ 360 bilhões dos quase R$ 474 bilhões de arrecadação.

FOLHA DE S. PAULO
GOVERNO MAQUIA DADOS E ESCONDE ATRASO DO PAC

Cronograma é só um dos elementos na avaliação do programa, diz Planalto. O governo federal maquiou balanços para encobrir um mega-atraso nas principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento, relatam Eduardo Scolese e Ranier Bragon. Confrontando o primeiro balanço do PAC com os seguintes, houve atraso em 75% das obras - algumas cujo cronograma foi estendido mantiveram carimbos com a palavra "adequado". Há metas que passaram de conclusão da obra a "entrega do projeto" e ações atrasadas que sumiram de balanços. O PAC é gerido por Dilma Rousseff (PT), pré-candidata ao Planalto. Segundo o governo, a avaliação do PAC concentra-se nos riscos à realização das obras, e o cronograma é só um dos elementos. Os atrasos são atribuídos a fatores como fortes chuvas. (págs. 1 e B1)

O ESTADO DE S. PAULO
SOBRA VAGA EM UNIVERSIDADE FEDERAL

Quase metade da oferta no Sistema de Seleção Unificado não resultou em matrículas até agora. A terceira etapa de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para entidades federais de ensino superior começou ontem com quase metade das vagas ainda disponíveis. Das 47,9 mil oferecidas, sobraram 21.701 (45,3% do total) após duas rodadas de matrículas. Um exemplo é a Universidade Federal de Pelotas, que colocou todas as vagas do curso de direito no Sisu, mas apenas 18% foram preenchidas até agora, e a escola adiou o início das aulas. O Ministério da Educação culpou a falta de compromisso social de estudantes que se inscreveram sem intenção de se matricular. Segundo o MEC, o baixo índice de matrículas surpreendeu, pois o mesmo sistema é usado no Programa Universidade Para Todos sem que tivesse havido um número significativo de inscrições não confirmadas. O MEC afirmou que não haverá vagas ociosas porque foi instituída uma lista de espera após a terceira etapa. (págs. 1 e A17)


JORNAL DO BRASIL
CHILE, ENFIM, PEDE SOCORRO

Passados quase três dias do violento terremoto de 8,8 graus na escala Richter, que deixou até agora 723 mortos, o Chile rendeu-se à dimensão da catástrofe e solicitou oficialmente ajuda às Nações Unidas. A lista de prioridades inclui pontes móveis, telefones via satélite, geradores elétricos, tendas e hospitais de campanha, equipamentos cirúrgicos e centros de diálise. A primeira ajuda veio da Argentina. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Santiago depois de saber da presidente Michelle Bachelet que os danos tinham sido maiores. Lula prometeu ajudar na reconstrução e garantiu que os brasileiros serão repatriados. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A6)


A dois dias da sessão que analisará o parecer de Chico Leite (PT), maioria dos deputados distritais ouvidos pelo Correio assegura o voto a favor da abertura de processo. Mas emissários arrudistas fazem pressão para adiar ao máximo a votação, na expectativa de que o governador saia da prisão na PF. É uma estratégia a fim de reverter o quadro político desfavorável e obter o apoio de ex-aliados como Paulo Roriz (DEM), Batista das Cooperativas (PRP) e Cristiano Araújo (PTB) (págs. 1, 43 e 44)

VALOR ECONÔMICO
INVESTIMENTOS NO ANO ELEITORAL JÁ SOBEM 82%

Os investimentos do governo federal cresceram bastante no primeiro bimestre, empurrados pelo calendário eleitoral e pelo aumento de gastos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No período, eles somaram R$ 4,306 bilhões, 82,3% a mais do que os R$ 2,361 bilhões gastos entre janeiro e fevereiro do ano passado, em valores corrigidos pela inflação. Do total investido, 84% se referem aos chamados "restos a pagar", recursos que sobraram do exercício fiscal anterior, normalmente associados a obras em andamento. Os números são da organização não governamental Contas Abertas, com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). O consultor Gil Castello Branco, da Contas Abertas, diz que o aumento dos investimentos no primeiro bimestre é expressivo, levando-se em conta que houve uma alta de mais de 80% acima da inflação sobre um número que já havia sido recorde para o período desde 2001. Segundo ele, o fato de haver eleições presidenciais neste ano joga um papel importante nesse processo. "Em anos eleitorais, os governos tentam antecipar ao máximo os investimentos para o primeiro semestre". No primeiro bimestre de 2006 - ano de eleições presidenciais -, as inversões da União foram 68,5% maiores que as do igual período de 2005, em termos reais. A legislação impede que o governo contrate novas obras a partir de julho - depois disso, só é permitido gastar com aquelas em andamento. (págs. 1 e A3)

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