
- Ora, os índios estavam protestando contra um decreto do presidente da República, assinado sem que eles fossem ouvidos e que mudava até mesmo uma lei. Esse governo, que faz assembléia para tudo, não fez assembléia para ouvir os índios, os principais interessados - disse o senador.
Depois dizer que as Organizações Não Governamentais costumam chamá-lo de "inimigo dos índios", por seus questionamentos na demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, Mozarildo Cavalcanti criticou a direção da Funai.
- A Funai tem uma 'parceria' com algumas ONGs, que ela elege como prioritárias e sacrossantas, e isola outras ONGs que não rezam na mesma cartilha de um grupinho que vem comandando a Funai há muito tempo - afirmou.
Acrescentou já ter ouvido de alguns indígenas a reclamação de que a Funai nunca foi presidida por um índio e que os "ongueiros" afirmam que nenhum índio estaria preparado para ocupar o posto. Ele discordou e, "a título de contribuição", leu o currículo de Arão da Providência Araújo Filho, índio nascido no Maranhão.
Disse que ele é formado em Direito pela Universidade Estácio de Sá (RJ), especializado em Direito Administrativo e em Direito Civil, pós-graduado pela Universidade Federal Fluminense em Políticas Públicas Indígenas e membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil. "Além disso, ele fala inglês e é membro da CUT" - Central Única dos Trabalhadores, finalizou.
Da Redação / Agência Senado
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