A bola está com o BC...
José Paulo Kupfer
Já parece claro que o IOF de 2% sobre capitais externos, isoladamente, não será suficiente para conter a trajetória de valorização do real frente ao dólar. Está claro também que, se nada mais for feito a valorização do real, em breve, entrará para a história das crônicas anunciadas dos desastres econômicos brasileiros.
O debate sobre as alternativas para conter a alta do real, por isso mesmo, está aceso e o leque de opções, de acordo com a linha de pensamento do freguês, é relativamente grande. Vai do fatalismo de não fazer nada ao ativismo extremo de reintroduzir o câmbio fixo.
Levando em conta que o regime de câmbio flutuante não necessariamente é a expressão de um mercado livre de câmbio, há, no meio desse leque de alternativas, algumas possibilidades interessantes. Mas elas exigem ação menos passiva do Banco Central.
Quando o dólar disparou, no auge da crise global, há um ano, não foram poucos os que criticaram o BC por permitir a forte alta da moeda americana, apesar das reservas que, à época, já somavam mais de US$ 200 bilhões. A prova de que a ação do BC deixava a desejar, na condução da política cambial, foi dada com a ascensão da moeda brasileira ao posto mais alto no pódio das moedas mais voláteis em todo o mundo.
As críticas voltaram agora, mas no sentido inverso. Critica-se o BC por permitir a forte baixa do dólar. O BC, na operação cotidiana do câmbio, não parece ser mesmo assim uma brastemp.
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
Câmbio
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