sábado, 31 de outubro de 2009

Os EUA como Estado falido

LITRO DE GASOLINA PARA EXÉRCITO AMERICANO CHEGA AO AFEGANISTÃO CUSTANDO 100 DÓLARES

Os super-ricos riem ao dizer "Que comam bolos"

Por Paul Craig Roberts [*], no Counterpunch


Os EUA têm todas as características de um Estado falido. O presente orçamento do governo dos EUA depende de financiamento estrangeiro e da emissão de moeda. Como país demasiado fraco politicamente para defender os seus interesses através da diplomacia, os EUA têm de confiar no terrorismo e na agressão militar. Os custos estão fora de controle e as prioridades são distorcidas no interesse de ricos grupos de interesse organizados às custas da vasta maioria dos cidadãos. Por exemplo, a guerra a todo custo, que enriquece a indústria de armamento, os corpos de oficiais e as firmas financeiras que manuseiam o financiamento da guerra, ganha precedência sobre as necessidades dos cidadãos americanos. Não há dinheiro para fornecer cuidados de saúde aos não segurados, mas oficiais do Pentágono disseram no subcomitê de Orçamento de Defesa da Câmara dos Deputados que todo galão [3,785 litros] de gasolina entregue às tropas dos EUA no Afeganistão custa aos contribuintes americanos US$400. "É um número de que não estávamos conscientes e que é preocupante", disse o republicano John Murtha, presidente do subcomité. Segundo relatórios, os Fuzileiros Navais no Afeganistão gastam 800 mil galões de gasolina por dia. A US$400 por galão, isso dá uma conta de combustível diária de US$320 milhões só para os Fuzileiros Navais. Só um país totalmente descontrolado dissiparia recursos deste modo. Enquanto o governo dos EUA desperdiça US$400 por galão de gasolina a fim de matar mulheres e crianças no Afeganistão, muitos milhões de americanos perderam os seus empregos e as suas casas experimentam a espécie de miséria que é a vida diária dos povos pobres do terceiro mundo. Americanos estão vivendo em seus carros e em parques públicos. As cidades e estados da América sofrem os custos das deslocações econômicas [exportação de empregos, por exemplo] e da redução do recolhimento de impostos devidos ao declínio da economia. Contudo, Obama enviou mais tropas para o Afeganistão, um país do outro lado do mundo que não é uma ameaça para a América [é como os estadunidenses chamam os Estados Unidos]. Custa US$750 mil por ano cada soldado que temos no Afeganistão. Aos soldados, que colocam a vida e as pernas em risco, é paga uma ninharia. Mas os serviços privatizados controlados por militares nadam em lucros. Uma das maiores fraudes perpetradas contra o povo americano foi a privatização de serviços que os militares americanos tradicionalmente efetuavam por si próprios. Os "nossos" líderes eleitos não podiam resistir a qualquer oportunidade para criar riqueza privada às custas dos contribuintes, riqueza que pode ser reciclada para políticos em contribuições de campanhas eleitorais.

(...)

Leia o artigo completo no “Viomundo”...

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