Desde que o mundo é mundo, a mesma farsa
Não é por acaso que na Europa as populações protestam através de passeatas, greves e confrontos com a polícia. Em Portugal, França, Inglaterra, Grécia, Irlanda e outros países sucedem-se manifestações cada vez menos pacíficas contra os governos respectivos, elevando a temperatura em suas capitais e principais cidades. O cidadão comum europeu, com os estudantes à frente, protesta contra a adoção das milenares receitas para enfrentar crises econômicas: redução de salários, demissões de funcionários públicos, enxugamento das empresas privadas, também com dispensa de trabalhadores, aumento de impostos e supressão de direitos sociais.
Tem sido assim desde que o mundo é mundo: a conta dos erros, excessos e incompetência das elites vai para os menos favorecidos, incluindo-se a classe média no rol. Mesmo variadas, as causas da crise debitam-se em especial à especulação financeira, à ganância e à irresponsabilidade dos grupos econômicos, em geral artífices, formadores e integrantes dos governos.
Desta vez generaliza-se a reação dos oprimidos. Nada que possa redundar em revolução ou impasses institucionais profundos, mas, com toda certeza, movimentos capazes de alterar o equilíbrio político-partidário vigente na maioria dos países referidos. Basta esperar as próximas e sucessivas eleições para constatar que o conservadorismo estará saindo pelo ralo. Em termos democráticos, é a melhor solução, caso haja tempo para a extinção por via pacífica da farsa das elites.
Essas considerações se fazem a respeito das recentes declarações de Guido Mantega, conservado no ministério da Fazenda, pela necessidade de o Brasil apertar o cinto. A barriga continua sendo a nossa, ou seja, os funcionários públicos não terão reajuste salarial, ano que vem, os cortes atingirão os investimentos públicos e o custeio da máquina oficial, além da ameaça de aumento de impostos. A mesma receita, por enquanto menos aguda do que no Velho Mundo, mas seguindo o modelo de sempre.
Nem lá nem cá o poder público preocupa-se em tirar recursos de onde eles são fartos. Nada de taxar especulações, muito menos de restringir privilégios e benefícios das elites. É bom tomar cuidado. Um dia as manifestações de protesto eclodirão por aqui, e não haverá bolsa-família que dê jeito…
Leia a coluna completa de Carlos Chagas, clicando aqui
Tem sido assim desde que o mundo é mundo: a conta dos erros, excessos e incompetência das elites vai para os menos favorecidos, incluindo-se a classe média no rol. Mesmo variadas, as causas da crise debitam-se em especial à especulação financeira, à ganância e à irresponsabilidade dos grupos econômicos, em geral artífices, formadores e integrantes dos governos.
Desta vez generaliza-se a reação dos oprimidos. Nada que possa redundar em revolução ou impasses institucionais profundos, mas, com toda certeza, movimentos capazes de alterar o equilíbrio político-partidário vigente na maioria dos países referidos. Basta esperar as próximas e sucessivas eleições para constatar que o conservadorismo estará saindo pelo ralo. Em termos democráticos, é a melhor solução, caso haja tempo para a extinção por via pacífica da farsa das elites.
Essas considerações se fazem a respeito das recentes declarações de Guido Mantega, conservado no ministério da Fazenda, pela necessidade de o Brasil apertar o cinto. A barriga continua sendo a nossa, ou seja, os funcionários públicos não terão reajuste salarial, ano que vem, os cortes atingirão os investimentos públicos e o custeio da máquina oficial, além da ameaça de aumento de impostos. A mesma receita, por enquanto menos aguda do que no Velho Mundo, mas seguindo o modelo de sempre.
Nem lá nem cá o poder público preocupa-se em tirar recursos de onde eles são fartos. Nada de taxar especulações, muito menos de restringir privilégios e benefícios das elites. É bom tomar cuidado. Um dia as manifestações de protesto eclodirão por aqui, e não haverá bolsa-família que dê jeito…
Leia a coluna completa de Carlos Chagas, clicando aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário