O senador Cristovam “Lero-Lero” Buarque, o fariseu criativo da felicidade por decreto, o profeta empolgado do fechamento do Senado, o apaixonado por holofotes fáceis (nem que seja luz de geladeira), o homem que foi despedido por Lula por pura incompetência (e por telefone), está tendo que dar explicações sobre o seu lado tucanóide. Trata-se de uma suposta doação de verba do tucanato apátrida à campanha presidencial do senador, em 2006. A acusação é do próprio presidente de seu partido no DF, o PDT: Ezequiel Nascimento. A informação foi do sempre competente colunista Cláudio Humberto que, no último feriadão, publicou que a campanha de Cristovam teria recebido R$ 950 mil – R$ 250 mil oficialmente e outros R$ 700 mil no “Caixa 2″. O PSDB investia na candidatura de Cristovam para tirar votos de Lula (PT), que disputava a reeleição. Algo muito parecido com o que ocorreu com a outra traíra de Lula, dona Osmarina Silva, nas últimas eleições. Osmarina que, como Cristovam, também havia sido despedida por Lula por pura incompetência. Mas, a coisa toda foi feita através das produtoras Fabrika e da F2 Filmes, de José Luiz Nogueira. Nogueira nega que já tenha tido relações com o PSDB nacional ou com Alkimin. Mas na prestação de contas de Alckmin à Justiça Eleitoral, BATATA!: há pagamentos registrados à F2 Filmes no valor de R$ 200 mil, pela “produção de programas”. O que se comenta é que a direção do PSDB teria imposto um ritual humilhante para fazer doações em dinheiro à campanha de Cristovam Buarque: ele deveria procurar o coronel Tasso Jereissati no Senado, cumprimentá-lo (entenda-se: beijar a mão...), e dizer que concordava com os termos do acordo. E assim foi feito. Em troca, Cristovam apoiaria Geraldo Alckmin no segundo turno e coisa e tal. Mas Cristovam, com aquela cara de cachorro na chuva sofredor, claro!, nega ter recebido qualquer tipo de financiamento. “Eu mesmo entrei com um pedido ao Ministério Público para que seja realizada uma auditoria em toda a minha prestação de contas daquela eleição”, sofismou mais uma vez. Segunda-feira à tarde, o ministro do Trabalho e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, visitou Cristovam em seu gabinete, no Senado. Os dois ficaram trancados alguns minutos. O tema óbvio: a denúncia feita por Ezequiel, algo que pode lhe custar o cargo. O presidente do PDT-DF disse que o assunto ainda está em discussão e que não se pronunciaria. Cristovam não disse se iria à Justiça contra Ezequiel. Já Lupi, mandou dizer que não falaria sobre o caso. E o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), não retornou às ligações da equipe de reportagem do Jornal de Brasília. Todo mundo calado. Na edição desta quinta-feira o colunista Cláudio Humberto voltou a carga com outra nota:
“Numa manobra para tentar inibir denúncia contra ele no conselho de ética Senado, por suposta quebra de decoro, Cristovam Buarque fez carta ao procurador-geral da República pedindo “auditoria rigorosa” nas contas de sua campanha presidencial de 2006. É uma “resposta” à revelação do presidente do PDT-DF, Ezequiel Nascimento, de que sua campanha presidencial foi secretamente financiada pelo PSDB.
Testemunha
Além da credibilidade de presidente do PDT-DF, Ezequiel Nascimento participou ativamente da campanha de Cristovam para presidente.
Para boi dormir
A “auditoria rigorosa” verificará se a prestação de contas de Cristovam ao TSE, em 2006, está regular. Exclui o que não foi contabilizado.
Batom na cueca
O PSDB declarou ao TSE haver feito pagamentos de R$ 200 mil à F2 Filmes, produtora da campanha de Cristovam Buarque (PDT) na TV.”.
E dizem que os tucanos reclamaram, em 2006, que Cristovam não teria cumprido o prometido na íntegra. O espertalhão, depois de embolsar o dinheiro sujo tucanóide, teria declarado apoio a Alkimim apenas no dia da eleição. Os tucanos ficaram furiosos. Quem mandou confiar!? Mas, a verdade é que Cristovam, cujo partido compõe a ampla aliança que apóia Dilma Rousseff , é um caso crônico de pessoa não confiável. Depois de prometer aos professores do DF aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho, não cumpriu. Nunca antes no DF a situação foi tão feia para os professores quanto no governo Cristovam. Depois de passar quase todo o mandato do Lula falando mal do presidente (depois de ser despedido por telefone, claro!) e, sempre ressentido, apoiando ostensivamente a oposição raivosa no Senado contra Lula e Sarney, teve a cara de pau de subir nos palanques, junto com o presidente Lula e Dilma, para surfar na popularidade do petista. Esqueceu totalmente os constantes ataques que havia feito no Plenário do Senado contra o governo Lula. Não se sabe a razão pela qual Luis Ignácio tenha apoiado o sujeito. Mas a verdade é que Cristovam Buarque está aí, reeleito pelos desavisados eleitores do DF, criando inutilidades e penduricalhos na Constituição, sofismando sempre, iludindo, correndo atrás dos holofotes. É isso, dona Dilma. Tenha certeza que daqui uns dias estará ele e figurinhas nada palatáveis, como Aloísio Nunes Ferreira, usando o Plenário do Senado para inviabilizar seu governo. Fique atenta!!!
Fonte: Jornal de Brasília
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