quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DOS JORNALÕES

Polícia faz blitzes e operações em 22 favelas em busca dos autores dos ataques. Após 16 anos de uma guerra que matou dezenas de inocentes, as duas maiores facções criminosas do Rio se uniram pela primeira vez para tentar desestabilizar o principal projeto de segurança pública do estado: o da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A informação desta união foi dada ontem pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que, num discurso inflamado, anunciou que vai enfrentar os criminosos com efetivo dobrado das polícias Civil e Militar. A aliança dos bandidos já teria se concretizado também na Zona Sul, com a ida de traficantes do Complexo do Alemão para a Rocinha Em resposta aos ataques, que continuaram ontem, houve blitzes nas ruas e operações policiais em 22 favelas. A Polícia Rodoviária Federal triplicou seu contingente no estado. Oito presos serão transferidos para presídios federais. (Págs. 1, 17 a 21, Merval Pereira e Dos Leitores)

Alexandre Tombini, diretor do banco, substituirá Meirelles; Miriam Belchior vai para o Planejamento A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), divulgará hoje mais dois nomes de sua futura equipe econômica, ambos escolhidos entre os quadros do atual governo.Além de Guido Mantega, que continuará chefiando a pasta da Fazenda, serão anunciadas as escolhas de Alexandre Tombini, diretor de Normas do Banco Central, para presidir o BC e de Miriam Belchior para o Ministério do Planejamento.Funcionário de carreira do BC, Tombini e descrito por amigos como moderado -nem desenvolvimentista como Mantega nem monetarista como Henrique Meirelles, a quem sucedera. Miriam Belchior, que atualmente gerencia o PAC, é ligada ao ex-ministro e deputado cassado José Dirceu. Segundo um auxiliar de Dilma, a presidente eleita optou por uma equipe sobre a qual terá controle. (Págs. 1 e A4)

Diretor do banco, escolhido ajudou a criar metas de inflação; Miriam Belchior vai para o Planejamento. A presidente eleita Dilma Rousseff escolheu para o comando do Banco Central, no lugar de Henrique Meirelles, o economista Alexandre Tombini, atual diretor de Normas da instituição. Também foi definido que Miriam Belchior, assessora especial do presidente Lula e coordenadora do PAC, assumirá o Ministério do Planejamento, no lugar de Paulo Bernardo. A decisão sobre Tombini foi tomada após reunião de Dilma com Guido Mantega, que será mantido na Fazenda, e antes de prometido encontro com Meirelles. O gesto confirma que Mantega chefiará a equipe econômica. Antes de se tornar funcionário de carreira do BC, Tombini foi coordenador de análise internacional da Fazenda e assessor da Casa Civil no governo de Fernando Henrique Cardoso. Um dos formuladores da política de metas de inflação, ainda na gestão FHC, ele segue linha semelhante à de Meirelles. (Págs. 1 e Nacional A4)



Após atentados, Cabral pede reforço no efetivo, e superintendente reconhece ineficácia. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, atendeu ao pedido feito ontem pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, de reforçar o efetivo da Polícia Rodoviária Federal no estado. Entretanto, estatísticas mostram que, de janeiro de 2009 até anteontem, a PRF apreendeu apenas um fuzil nas estradas federais fluminenses. Só no complexo do Alemão a polícia estima que haja cerca de mil fuzis. A PRF admitiu a ineficácia de suas operações. (Págs. 1 e Rio, 9 a 12)

O crime que chocou Brasília ganhou novos personagens. Francisco Naérlio, 22 anos, está preso desde ontem, sob custódia da Coordenação de Investigações de Crimes contra a Vida (Corvida). Ele é suspeito de participar do assassinato do casal Villela e da empregada em agosto de 2009. Os agentes chegaram até ele após ouvir outro depoimento de Leonardo Alves, ex-porteiro do Bloco C da 113 Sul. Leonardo também admitiu, pela primeira vez, que o triplo homicídio teve um mandante. Em Montalvânia (MG), policiais da Corvida fizeram buscas no local onde Paulo Cardoso, o segundo cúmplice de Leonardo, teria jogado uma faca utilizada no assassinato. O caso Villela suscita mais uma polêmica no tratamento a testemunhas. Michelle Alves, filha do ex-porteiro preso, foi chamada para depor no último domingo. Desde então, não apareceu em casa ou no trabalho, tampouco telefonou para parentes ou amigos. (Págs. 1 e 25 a 27)

A alta de 0,86% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) em novembro intensificou as apostas de que o Banco Central voltará a elevar os juros no início de 2011, impondo um desafio delicado ao novo governo - principalmente ao novo presidente da instituição, já em sua primeira reunião à frente do Comitê de Política Monetária (Copom). O resultado veio após uma série de indicadores de inflação desfavoráveis nas últimas semanas. Alimentos e bebidas responderam por 56% da alta do IPCA-15 no mês, mas a alta não foi isolada. Combustíveis avançaram com força e serviços mostraram aceleração.O IPCA de novembro levou os analistas a elevar para 5,8% as projeções para o IPCA em 2010, bastante acima do centro da meta, de 4,5%. Impedir a continuidade da piora das expectativas de inflações é um dos argumentos usados pelos que defendem a elevação dos juros. No regime de metas, elas têm grande peso, diz o economista Fábio Ramos, da Quest Investimentos, que vê um IPCA de 5,8% neste ano e de 5,2% em 2011. Se o BC perde o controle sobre as expectativas, cumprir as metas fica mais difícil, argumenta o economista. (Págs. 1 e A4)


Veja também

ARTIGOS

Cai mais uma peça do dominó europeu (Correio Braziliense)

À época de alta inflação no Brasil era comum se decidirem medidas importantes de política econômica no fim de semana, quando o mercado financeiro estava fechado. No auge da crise financeira internacional, viu-se o mesmo tipo de padrão nos EUA, e agora é a vez da Europa, como aconteceu no último fim de semana com o pacote de ajuda à Irlanda. Apesar de os detalhes do pacote ainda estarem em negociação, já se conhecem alguns pontos: o valor, cerca de 90 bilhões de euros, e que em troca o governo vai cortar gastos (10 bilhões de euros) e aumentar a carga tributária (5 bilhões de euros), para trazer o deficit público dos 32% do PIB estimados para este ano para 3% do PIB em 2014. A maior parte do pacote se destina a sanear o sistema bancário irlandês, que, como o islandês, ainda que em escala menor, cresceu demais e com ativos de baixa qualidade, neste caso na esteira de uma bolha imobiliária. Esses recursos devem servir para estatizar os maiores bancos do país, abrindo espaço para renegociar suas dívidas com credores subordinados. O resto do dinheiro financiará o deficit público, enquanto as medidas de ajuste são implementadas.

COLUNAS

A brigada do mensalão atira a esmo (O Globo - Élio Gaspari)

O principal objetivo político do comissariado petista para o próximo ano é obter no Supremo Tribunal Federal a absolvição dos companheiros da quadrilha do mensalão. Se for preciso aprovar uma reforma política que institua o financiamento público das campanhas e amaldiçoe o atual sistema eleitoral, isso será feito. Afinal, obtendo-se a reforma de uma estrutura que se denunciou como podre, pode-se argumentar que as podridões eram inevitáveis. Segundo as repórteres Vera Rosa e Eugenia Lopes, o comissário José Dirceu disse, ao sair de um café da manhã com Nosso Guia, que, deixando o governo, Lula se dedicará, entre outras coisas a desmontar "a farsa do mensalão". Como fará isso junto ao plenário do Supremo, não se sabe. É direito dos réus lutar pelas suas absolvições, mas o comissariado do governo parece estar perdendo a sensibilidade política. Há uma semana, o líder do PDT na Câmara, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, propôs numa reunião do Conselho Político que se aprove a legalização dos bingos. Passam-se uns dias e o Ministério Público de São Paulo revela que o deputado, bem como a poderosa central sindical que presidiu, foram condenados em primeira instância a devolver ao Erário R$235 mil malversados, pagando também uma multa de R$471 mil. O litígio não está encerrado e caberá ao Tribunal Regional Federal julgar um recurso do parlamentar.

A Justiça tarda e falha (Correio Braziliense - Nas Entrelinhas)
Alinhados no desenvolvimentismo (O Globo)
"Ainda estou meio nervoso, quase sem palavras" (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Andar com fé (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Blocão embrionário na Câmara (Jornal de Brasília - Do Alto da Torre)
Brasília ao deus-dará (Correio Braziliense - Ari Cunha - Visto, Lido e Ouvido)
Caso clássico de mais candidatos que vagas (Valor Econômico)
Chororô na saideira (Correio Braziliense - Brasília-DF)
Eleitores e votantes (Correio Braziliense - Marcos Coimbra)
Fortes emoções (Correio Braziliense - Brasil S.A)
Investidor foge em busca de porto seguro (Valor Econômico)
Lula na globosfera (O Globo - Panorama Político)
Lógica da escolha (O Globo - Míriam Leitão)
Margem de segurança (O Estado de S. Paulo - Dora Kramer)
Muito longe do equilíbrio (Valor Econômico)
O terror e a Lei (O Globo - Merval Pereira)
Os maus sinais da inflação (O Estado de S. Paulo)
Queda de juros em 2011 fica mais distante (Valor Econômico)
Sinais trocados em Brasília (Valor Econômico)
Yes, he can (O Estado de S. Paulo - Direto da Fonte)

ECONOMIA

Após alta do IOF, estrangeiro tira aplicação do País (O Estado de S. Paulo)

Déficit em transações correntes em outubro foi compensado integralmente pela entrada de investimento produtivo. Após o ingresso de US$ 1,74 bilhão em outubro, o fluxo de dólares destinado ao investimento estrangeiro em renda fixa no Brasil inverteu os sinais em novembro. A mudança é atribuída ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e dados preliminares do Banco Central (BC) mostram que houve saque líquido de US$ 52 milhões em novembro até ontem. Para tentar estancar a alta do real em relação ao dólar, o governo dobrou para 4% a alíquota do imposto em 4 de outubro e voltou a subi-lo, para 6%, no dia 18 do mesmo mês. Apesar da saída de dólares na renda fixa em novembro, o BC comemorou o resultado porque o forte ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) e números positivos no fluxo para aplicações financeiras, como as ações, mais que compensaram a saída na renda fixa. Em outubro, o déficit em transações correntes ficou em US$ 3,7 bilhões, valor coberto integralmente pelo investimento produtivo, que somou US$ 6,77 bilhões no mês passado. Ao anunciar a saída de dólares após o aumento do IOF, o chefe adjunto do departamento econômico do BC, Túlio Maciel, fez questão de enfatizar que a conta é "bastante volátil". Tanto que, em julho, foi constatada a saída de US$ 64 milhões, enquanto nos meses seguintes, o fluxo ficou positivo e superior a US$ 1 bilhão. "Mas não dá para desvincular o resultado do aumento do IOF", admitiu.

Arrecadação cresce pelo 13º mês seguido (O Estado de S. Paulo)
Arrecadação desacelera, mas bate recorde, com R$74,42 bi em outubro (O Globo)
Aéreas se reúnem hoje com sindicatos (O Globo)
BNDES finaliza venda de ações na Telemar (Valor Econômico)
Bolsa cai 2,41% e dólar sobe 0,29% (O Globo)
Bovespa tem maior giro financeiro de sua história (Valor Econômico)
Chineses chegam 6ª-feira para decidir sobre TAV (O Estado de S. Paulo)
CNJ quer acelerar julgamentos sobre casos de direitos humanos (Valor Econômico)
Comida faz a inflação subir acima do esperado (O Estado de S. Paulo)
Crise faz bolsa desabar (Correio Braziliense)
CVM aplica multa de R$ 2 milhões a condenados no caso Ipiranga (Valor Econômico)
CVM multa três acusados no caso Ipiranga (O Estado de S. Paulo)
Decisão libera correção monetária de imposto (Valor Econômico)
Déficit com gastos de turistas brasileiros chega a US$ 8,4 bi (O Estado de S. Paulo)
Eletrobrás fará nova chamada pública para a Teles Pires (O Estado de S. Paulo)
Holding decidirá sobre atuação em leilões (Valor Econômico)
Imposto recorde garante gastança (Correio Braziliense)
Inflação dispara e assusta Dilma (Correio Braziliense)
Inflação em alta agora e também em 2011 (O Globo)
Investidores usam TCU para adiar trem-bala (O Estado de S. Paulo)
Metas não dependem apenas do governo, diz economista (O Estado de S. Paulo)
Minoritário critica governança da Eletrobras (Valor Econômico)
Minoritário propõe saída para gestão da Eletrobras (Valor Econômico)
Minoritários querem dados de controladas do Sistema Eletrobras (Valor Econômico)
Número de vistos para chineses é recorde no País (O Estado de S. Paulo)
Petrobras vai suspender atividades no Equador (O Globo)
Política industrial do governo Lula fecha o ano sem cumprir as principais metas (O Estado de S. Paulo)
Receita investiga resultado do IR de empresas (O Estado de S. Paulo)
Rombo submete o país à especulação (Correio Braziliense)
STJ retoma análise de cobrança de IR sobre juros (Valor Econômico)
Taxa alta reforçaria a necessidade de o BC subir os juros (O Estado de S. Paulo)
TCU pode ajudar a adiar leilão do trem-bala (O Estado de S. Paulo)
Uma briga de R$19,5 bi anuais (O Globo)


POLÍTICA

'Voz do Brasil': comissão aprova horário flexível (O Globo)

Proposta de transmitir programa até 22h irá ao plenário do Senado A Comissão de Educação do Senado aprovou ontem relatório do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) que flexibiliza do horário do programa "Voz do Brasil", transmitido obrigatoriamente às 19h, de segunda a sexta-feira. Pelo substitutivo do senador, o programa poderá ser veiculado até 22h. A proposta segue agora para o plenário. Todas as emissoras de rádio são obrigadas a transmitir o programa desde 1935. Pelo texto do relator, as emissoras poderão escolher uma hora para exibição da "Voz do Brasil" nas três horas que terão como opção, se o texto for aprovado. - As emissoras vão discutir em que horário será melhor retransmitir o programa. Em algumas regiões, manterão o horário das 19h, mas em outras, não - disse o senador gaúcho. O texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e várias outras propostas foram desconsideradas pelo senador. Nem todos colegas de Zambiasi concordam com a mudança. - Não compartilho com a opinião de que a "Voz do Brasil" seja desnecessária. Tem seu espaço e presta um serviço de utilidade pública.

A vez da pressão estadual (Correio Braziliense)
Cardozo ganha força para Ministério da Justiça (O Estado de S. Paulo)
Censo 2010 enfim entrevista Dilma (O Globo)
Combustíveis: encontros marcados no Congresso (O Globo)
Corrupção: governo expulsa 2.802 servidores (O Globo)
Costuras e breve pausa para o recenseamento (Correio Braziliense)
Câmara aprova MP que beneficia empresas nacionais em licitações (Valor Econômico)
Denúncias ameaçam império do clã Jucá (O Estado de S. Paulo)
Difícil, mesmo, é frear o apetite do PMDB (Correio Braziliense)
DILMA DECIDE COM MANTEGA QUE TOMBINI CHEFIARÁ BC (O Estado de S. Paulo)
DILMA DEFINE EQUIPE ECONÔMICA E TENTA CONTER O APETITE DO PMDB (Correio Braziliense)
Dulci avisa a petistas de Minas que deixa governo (O Estado de S. Paulo)
Equipe econômica com a cara de Lula (O Globo)
Equipe econômica se define (Jornal de Brasília)
Escolha na Receita, no Dnit e nos Correios: a nova prioridade de Dilma (O Globo)
Estados tentam adiar para 2015 a desoneração (O Estado de S. Paulo)
Estimada presidente (Correio Braziliense)
Futura ministra é antiga aliada do PT no ABC paulista (O Estado de S. Paulo)
Gaúcho, novo presidente do BC é um dos pais das metas de inflação (O Estado de S. Paulo)
Governadores e Planalto unem-se contra PEC 300 (Valor Econômico)
Governadores protestam contra PEC dos policiais (O Globo)
Impasse no Itamaraty é desafio (O Globo)
Indefinição na maioria das pastas aumenta apreensão entre os aliados (O Globo)
Jarbas promete oposição a Dilma (Valor Econômico)
Kassab pressiona DEM por mudança na direção (Valor Econômico)
Lula agora inaugura até solda de tubulação (O Estado de S. Paulo)
Lula diz que só definirá reajuste do mínimo após conversa com Dilma (O Globo)
Manuela D'Ávila é cotada para pasta dos Esportes (O Estado de S. Paulo)
Nova prova do Enem será em 15 de dezembro (O Globo)
Novo código florestal ainda leva a confusão (Correio Braziliense)
ONGs criticam mudanças no Código Florestal (O Globo)
Para banco japonês, China inspira política econômica (Valor Econômico)
PMDB insiste em reajuste para policiais (O Estado de S. Paulo)
Presidente vai indicar José Graziano para FAO (O Globo)
PV pressiona Alckmin por cargos e põe governabilidade em xeque (O Estado de S. Paulo)
Reforma do Código de Processo Civil é criticada (O Estado de S. Paulo)
Senador prefere não se pronunciar sobre Magela (O Estado de S. Paulo)
STJ absolve Palocci de denúncia em Ribeirão Preto (Valor Econômico)
STJ rejeita recurso e livra Palocci de condenação (O Estado de S. Paulo)
Tombini deve ser confirmado hoje (Valor Econômico)
Tombini está mais para Armínio do que para Meirelles (Valor Econômico)
Tropeço estratégico (Correio Braziliense)
Uma lista com muitos ruídos (Correio Braziliense)

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