sábado, 20 de junho de 2009

PETROBRAS

Entrevista José Sergio Gabrielli – Revista Época
By Blog Fatos e Dados Petrobras

Entrevistador: Um dos itens que está no requerimento da CPI, águas profundas, está sob investigação na Polícia Federal com colaboração da Petrobras. O segundo: potenciais problemas do chamado superfaturamento
Sergio Gabrielli: A Petrobras tem muito tempo nessa história. Já puniu pessoal interno e continua colaborando. A Petrobras demitiu dois e suspendeu três. A Companhia já tem atividades no âmbito interno. A Petrobras colaborou com a polícia e está disposta a continuar com o Ministério Público. A empresa está disposta, inclusive, para avançar ao máximo possível. Principalmente na questão do chamado superfaturamento. Chamado porque na verdade o conceito superfaturamento é complicado.

Entrevistador: Da Abreu Lima?
Sergio Gabrielli: Desta refinaria e de plataformas. Todos dois são processos de discussão técnica no âmbito do TCU. E, toda a discussão técnica, neste momento, conta com toda a colaboração da Petrobras. No caso da Abreu Lima, nossa resposta ao TCU tem 10.000 páginas.

Entrevistador: São 10.000 páginas substanciais ou 10.000 páginas cheias de documentos?
Sergio Gabrielli: São 10.000 páginas com documentos. Documento é documento. Na questão da Receita Federal há uma discussão, absolutamente normal, entre o contribuinte e a Receita Federal. Não há necessidade de CPI para discutir técnica contábil e tributária. No que se refere a patrocínios, nós temos 26.000 pedidos de patrocínio, patrocinamos 2.600 eventos. Então, vamos identificar qual é o problema.

Entrevistador: Vou falar uma coisa até pragmática. Se é assim tão tranquila por que não falar o que é? Vinde a mim a CPI, que a gente vai resolver…
Sergio Gabrielli – Nós estamos dizendo isso, mas não somos parlamentares, somos empresa. Toda essa discussão do Senado não é nossa. Está sendo feito o movimento do Senado, uma discussão parlamentar legítima. A posição da Petrobras é: eu fui ao Senado conversar com o promovente da CPI e afirmei que se eles querem ir a fundo em qualquer assunto, nós estamos dispostos a vir quantas vezes for necessário. Vamos fazer comissões mistas, investigar assuntos na profundidade que eles queiram. Eu estou disposto a vir aqui, eu mando o técnico vir aqui. Não tem problema. Agora, uma CPI que não tem determinação de assunto, em que vale tudo, é você criar um chamamento ao linchamento público de tudo o que pode acontecer. Uma empresa do tamanho da Petrobras, que tem 240.000 contratos, que representa hoje um volume de exportações mais de 6% das exportações brasileiras, que representa mais de 12% da arrecadação federal, que representa mais de 25% da maior parte da receita dos estados brasileiros, que tem milhares de gerentes… Ou seja, vai encontrar alguma coisa, e você tem que punir os desvios, e tem que melhorar os processos. Então vamos identificar esses problemas.
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