Com Rio 2016, país do futuro vive o presente
"Tão frequentemente descritos como pertencentes a um 'país do futuro', os brasileiros viram-se vivendo o presente neste fim de semana", escreveu o correspondente Tom Phillips, do Rio de Janeiro. A reportagem do The Observer destaca a importância da escolha do Rio para todo o Brasil, mas principalmente para a própria Cidade Maravilhosa, "após anos de abandono e violência urbana". O jornal afirma que os investimentos estão voltando ao Rio, que estaria vivendo um "boom econômico e cultural que já levou à recuperação de áreas dilapidadas do centro da cidade". A reportagem também destaca a importância dos Jogos Olímpicos do Rio para a auto-estima dos brasileiros, citando palavras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "o Brasil saiu do patamar de país de segunda classe e entrou no patamar de país de primeira classe."
Governo Lula
O jornal elogia ainda a situação privilegiada do Brasil, após meses de crise econômica mundial, destacando o crescimento nas exportações do país, o aumento no preço de commodities e as políticas sociais do governo Lula, "que ajudaram milhões de brasileiros pobres a deixar a pobreza desde que o líder de esquerda assumiu o poder". "O renascimento incipiente do Rio espelha o boom nacional que, nas expectativas do governo brasileiro, deve transformar o país em uma das potências políticas, econômicas e petrolíferas mundiais", diz o Observer. "Em 2007, a sua fortuna recebeu um potencial forte empurrão com o descobrimento de enormes reservas de petróleo na costa, que podem ajudar a tornar o país um peso ainda mais pesado no cenário internacional." O jornal britânico vai mais longe ao ressaltar a crescente força da diplomacia brasileira, afirmando que como integrante do G20, "que ofuscou o G8", o Brasil "está começando a mostrar os seus músculos". O semanário também credita a virada na política diplomática brasileira ao governo Lula, "que abriu o caminho para vários presidentes sul-americanos cada vez mais influentes, que estão ajudando a pôr o chamado 'continente esquecido' no mapa". No entanto, a reportagem lembra que em meio à crescente importância econômica, política e ambiental, "o Brasil ainda tem vastos exércitos de pobres." "O país ainda tem um dos níveis de desigualdade mais altos do planeta, com os 10% mais ricos em posse de metade da renda do país, enquanto menos de 1% dela pinga para os 10% mais pobres", afirma o Observer.
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