O momento eleitoral é propício para debatermos a bandeira do desenvolvimento do interior e assumirmos em conjunto e publicamente que somos todos responsáveis – empreendedores e poder público – pela confortável e preguiçosa acomodação que resulta do desempenho do modelo Zona Franca de Manaus. Essa concentração industrial, comercial e fiscal nos empurrou para uma distração perigosa representada pela migração desordenada e pelo desequilíbrio econômico ameaçador na distribuição de renda e benefícios entre capital e interior. Tais distorções desembarcaram ainda na falta de perspectivas de gerações inteiras de jovens que se tornaram presas fáceis do vício e do crime – um cenário que precisa ser investigado e transformado em alvo de especial atenção. O desafio é instigante e pressupõe mobilização ime diata para fazer da cantilena da estagnação do interior um concerto coletivo de promoção econômica e equilíbrio social.
Temos razões para acreditar na empreitada se considerarmos que historicamente é o interior que fornece os insumos, as condições e a viabilidade de todos os ciclos econômicos que floresceram na região. Desde as “ervas do sertão”, que chamaram a atenção da economia portuguesa para a Amazônia e a fez lusitana, ao Ciclo da Borracha, e aos sucedâneos da economia do extrativismo – responsáveis, por exemplo, pela infraestrutura da refinaria de petróleo em Manaus, e o surto de prosperidade que isso possibilitou - veio do interior a força motriz do desenvolvimento. O capital humano do beiradão é, cientificamente demonstrado, o mais produtivo do planeta e propiciou a consolidação do pólo industrial. A economia dos óleos vegetais, dos recursos minerais, do látex esquecido, a juta, a malva, a sorva, as castanhas, resinas e peles, a aqüicultura e a silvicultura nos provocam e convocam para a mobilização.
Com a iminente aprovação da extensão dos benefícios fiscais da ZFM à Região Metropolitana de Manaus, transformada em Emenda Constitucional por iniciativa do senador Artur Neto, temos um caminho à frente, promissor e sem fim, para começar a diversificação e interiorização do crescimento. São oito municípios com potencialidade de negócios inimagináveis a demonstrar que essa cantilena tem tudo para virar uma toada vibrante no rumo da prosperidade. No âmbito do varejo, temos a propor um compromisso para o interior criando um canal de relacionamento entre empresários da capital e do beiradão no fornecimento de mercadorias e serviços. Para que isso aconteça uma política de desoneração dos impostos estaduais para as transações entre interior e capital certamente ajudará a consolidar uma nova era, que evite que o empresário do interior se abasteça do outros centros, alguns nebulosos e estéreis, e que comprometa empreendimentos e responsabilidades na direção do equilíbrio das oportunidades e da melhoria da qualidade de vida e de cidadania em todo o Estado. Os estados mais prósperos do país consolidaram a própria economia a partir e por conta do interior. Com a palavra, os candidatos...
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Shopping Manauara – pela relevância e oportunidade, cumpre fazer eco às ponderações do companheiro E. Aguiar, sobre o shopping em referência e ao aeroporto Eduardo Gomes: “... existem questões até hoje pendentes. As péssimas condições dos banheiros, com freqüência fechados para o acesso dos clientes, sem falar no mau cheiro (de fossa) em determinados pontos do estabelecimento. Os estacionamentos, em alguns pontos apresentam vazamentos constantes e, além do fortíssimo calor, exalam também um forte e indisfarçável fedor. Até hoje não resolvera m esses problemas e não dão a menor satisfação aos clientes.” Aeroporto Eduardo Gomes “Ontem, dia 01/08, às 3 horas da tarde, tentei almoçar no único restaurante do aeroporto (área externa) e o confirmei que já estava fechado. Um aeroporto internacional, em pleno horário de rush, e de mais um apagão aeroviário, não tem um restaurante para atender passageiro s esperando vôo ou pessoas que vão ao aeroporto deixar ou buscar amigos e parentes. O pior é que não tem outra opção, a não ser as lanchonetes que não oferecem um conforto e um atendimento digno de um aeroporto internacional e que está escalado para receber turistas do mundo inteiro para a Copa de 2014.”
Aeroporto 2 – “ Se houvesse concorrência, com certeza isso não estaria acontecendo. A desculpa de um funcionário da Infraero é que o restaurante fecha para limpeza e para preparar a comida para o jantar. Ora bolas, precisa parar exatamente quando o movimento é grande dentro do aeroporto É um amadorismo sem igual meu amigo!"
Aeroporto 3 – “Tem mais! Observe que aquela obra de ampliação da entrada do estacionamento do aeroporto não acaba nunca. A ampliação é nova, mas os equipamentos são os mesmos e as cancelas de entrada e saída estão quase sempre indisponíveis para os usuários. Nesse mesmo dia, por volta das 15:30 horas, debaixo daquele sol de tirar o couro, uma única cancela estav a funcionamento para dar saída para os clientes, e ainda com uma pessoa de plantão ao lado da máquina, pois se deixar ela sozinha, volta e meia ela emperra. É muita precariedade e descaso...”.
Belmiro Vianez Filho é empresário e membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Amazonas.
belmirofilho@belmiros.com.br
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