Pelo site “Auditoria Cidadã da Dívida Pública”
Na quinta e na sexta-feira desta semana, o debate eleitoral colocou a auditoria da dívida na pauta da grande imprensa brasileira. O Jornal Nacional, da TV Globo, na edição de 12 de agosto, entrevistou o candidato à presidência Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), que dedicou quase todo o tempo de sua entrevista para defender a auditoria da dívida pública. Esta entrevista foi repercutida por diversos outros meios da grande imprensa.
Como sempre, a grande imprensa procurou logo tentar caracterizar esta iniciativa como um “calote” (Correio Braziliense: “Plínio defende auditoria em dívida e ocupação de terras”/ Do R7: “Plinio defende ocupação de terras e revisão da dívida externa”). Ou seja, um não-pagamento irresponsável. Porém, assim como no debate da Rede Bandeirantes, uma semana atrás, Plínio mostrou que não se trata de “calote”, e sim, de auditoria da dívida, e que “calote” é o que se faz diariamente com a dívida social: “O que nós não podemos é pagar uma dívida que já foi paga”, disse Plínio.
A Rede Globo continuou em sua tentativa de desqualificar a iniciativa de auditoria, alegando que isto geraria “insegurança dos investidores, mesmo os pequenos investidores”. Sobre este tema, é importante ressaltar que a venda de títulos públicos a pequenos investidores – por meio de sistemas como o “Tesouro Direto” e os “Fundos de Investimento” – é sempre utilizada como forma de legitimar a dívida interna, ou seja, dizer que ela beneficiaria o povo brasileiro como um todo. Porém, os dados obtidos por meio da CPI da Dívida (recentemente realizada na Câmara dos Deputados) mostraram que os principais detentores dos títulos desta dívida são os bancos privados.
Além do mais, a CPI encaminhou ao Ministério da Fazenda um Requerimento de Informações solicitando o perfil dos aplicadores em Fundos de Investimento (ou seja, qual a participação dos grandes e pequenos aplicadores), sendo que o próprio Ministério da Fazenda respondeu que não tinha tal informação.
Portanto, é absurdo se dizer que a dívida interna beneficiaria principalmente os pequenos aplicadores. Tal desinformação admitida pelo próprio Ministério da Fazenda é mais uma prova de que a dívida deve sim ser auditada.
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Congresso em Foco - 12/08/2010 - 21h13Rudolfo Lago
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