sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PF apreende R$1 milhão e cinco carros de luxo em operação no Amapá


Uma Ferrari, uma Masserati, duas Mercedes , um Mini Cooper e duas armas foram encontradas durante ação que prendeu governador
Agência Brasil

A Polícia Federal apreendeu nesta sexta-feira R$ 1 milhão em dinheiro, cinco carros de luxo – uma Ferrari, uma Masserati, duas Mercedes e um Mini Cooper – e duas armas durante a Operação Mãos Limpas. O governador do Amapá, Pedro Paulo Dias de Carvalho (PP), candidato à reeleição, e o ex-governador Waldez Goés (PDT), postulante ao Senado, foram presos durante operação contra quadrilha que supostamente desviava recursos federais transferidos para o Estado. Os veículos foram encontrados na casa de veraneio do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Júlio Miranda, que foi preso em João Pessoa . A operação da PF iniciada nesta sexta-feira prendeu políticos, servidores públicos e empresários. Os envolvidos serão levados para Brasília ainda hoje. Segundo a PF, o governador ficará na Superintendência da Polícia Federal, mesmo local onde o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, ficou preso durante as investigações da Operação Caixa de Pandora. Os outros acusados serão levados ao Complexo Penitenciário da Papuda. De acordo com a PF, o pedido de prisão expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) é temporário, ou seja, os envolvidos ficarão à disposição da Justiça por cinco dias. Durante o período, poderão ser interrogados. A requisição dos interrogatórios também é feita pelo STJ. As apurações da PF revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do extinto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). A PF disse que a maioria dos contratos firmados pela Secretaria de Educação do Amapá não respeitava as formalidades legais e beneficiava empresas previamente selecionadas. Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.

** Com iG São Paulo e iG Brasília

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