quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Notícias comentadas sobre a famigerada "Dívida" Pública, que até agora nenhum candidato viável à Presidência ousou contestar...


O Portal G1 repercute a entrevista do candidato à Presidência Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) ao programa “Bom Dia Brasil” de hoje. Na entrevista, Plínio divulgou dados da Auditoria Cidadã da Dívida e defendeu a auditoria da dívida:
“Trinta e seis por cento do orçamento da União vai para o pagamento de juros da dívida. Uma auditoria nesta dívida faz cair tremendamente a quantidade do que o governo deve pagar e sobrará recursos tranquilos para duplicar a saúde, duplicar a educação. O problema do Brasil não é falta de dinheiro, o problema do Brasil é má distribuição do dinheiro.”
A questão da dívida também foi noticiada pelo jornal Folha de São Paulo, que repercutiu a fala do candidato ao governo do Ceará pelo PSTU, Francisco das Chagas Gonzaga, defendendo “a suspensão do pagamento da dívida pública e a implementação de um grande plano de obras para a construção de casas, escolas e hospitais”.
O Jornal Folha de São Paulo também noticia a grande mobilização da população na Europa contra as reformas neoliberais, que tiram direitos dos trabalhadores e aposentados para garantir o pagamento da dívida. Na França, milhões de pessoas protestam hoje contra a Reforma da Previdência, paralisando os transportes públicos, os aeroportos e as escolas. Na Grécia os empregados ferroviários paralisaram as ferrovias para protestar contra a privatização e a redução dos salários, enquanto os caminhoneiros também promovem paralisação contra a redução de direitos no setor. Já os agricultores gregos protestam contra o aumento do imposto sobre o consumo (IVA), enquanto os servidores públicos farão greve dia 7 de outubro contra a redução salarial e o aumento da idade para aposentadoria.
Importante ressaltar também que os servidores públicos gregos apresentaram denúncia formal no Conselho de Estado contra o acordo com o FMI e a União Européia (UE) que prevê tais medidas antissociais. Importante relembrar também a grande ilegitimidade da dívida grega, que entrou em crise devido à manipulação das taxas de juros pelos rentistas, forçando que o país recorresse aos empréstimos do FMI e da UE para pagar as dívidas anteriores e assim implementasse a agenda neoliberal.
Por outro lado, quando é o setor financeiro global que entra em dificuldades – devido à sua própria irresponsabilidade de especular com os chamados “derivativos” – estes são salvos imediatamente por todos os bancos centrais do mundo, que prontamente dão trilhões de dólares de ajuda, sem a tradicional chantagem sempre feita pelo FMI aos países endividados.

Saiba mais sobre esses assuntos. Leia com bastante atenção algumas postagens que já fizemos neste blog a respeito. Vale a pena conferir:

Sair da crise?

Escravização: as cifras espantosas da dívida pública

Perdas com o serviço da dívida

Brincando à beira do Abismo


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