Enquanto os presidenciáveis disputam votos dos evangélicos pelo Brasil afora, a revista norte-americana “Time” trás matéria, intitulada “Evangélicos do Brasil vão ser contaminados por escândalo de corrupção?", assinada por Andrew Downie, sobre mais um caso de polícia envolvendo a “Igreja Renascer em Cristo”, dos autointitulados “bispos” Estevam e Sonia Hernandes. Segundo a revista, o promotor Sergio Suiama, de São Paulo, acusou a igreja de uso indevido de mais de um milhão de dólares, dado à igreja pelo do Ministério da Educação, para programas de alfabetização. O procurador Sergio Suiama disse que a Igreja Renascer em Cristo usou o dinheiro do governo para executar aulas de educação religiosa como se fossem programas de alfabetização, violando as normas de "legalidade e honestidade". O dinheiro foi dado pelo Ministério da Educação em 2003 para financiar o trabalho de alfabetização, de acordo com documentos judiciais. Pelo acordo, 23.000 pessoas seriam ensinadas a ler e escrever por 620 professores contratados pela igreja. Não se pode dizer quantas pessoas realmente se beneficiaram, informa a revista, porque a fundação não forneceu listas adequadas das pessoas envolvidas. A Igreja também se recusou a entregar recibos que mostram como o dinheiro foi gasto. A documentação apresentada, no entanto, contém informações “irreais”, disse Suiama, tais como uma taxa de 100% de atendimento, cobradas em todos os seus cursos de alfabetização. O dinheiro desapareceu e a Igreja se recusou a mostrar onde ele está. "Há dois problemas aqui", disse o promotor. "Um deles é suspeita de desvio de dinheiro público. Eles receberam 2 milhões de reais e não prestam conta. O outro foi o uso de dinheiro público para promover uma religião, o que é proibido, porque este é um Estado laico."
Um juiz está prestes a aceitar a acusação e, caso venha a ser condenados, a fundação da igreja e seus responsáveis, al´´em de responderem criminalmente, poderão ser proibidos de receber dinheiro público no futuro. A revista informa ainda que funcionários da organização Renascer se recusaram a responder a uma entrevista sobre o caso. Em um comunicado, no entanto, refutaram as acusações e afirmaram que o Ministério da Educação tinha elogiado o programa em um documento oficial. No entanto, disseram que não poderiam fornecer uma cópia do documento. O promotor Suiama disse que não acredita que tal documento existia. Segundo afirma a revista, qualquer que seja a decisão do juiz, o caso levanta questões sérias sobre o funcionamento da organização Renascer, em particular, e das Igrejas Evangélicas no Brasil, em geral. A revista lembra ainda os problemas já enfrentados pelo casal líder da igreja em passado recente: “Os líderes do império Renascer - cujo estilo de vida ostentatório atraiu comparações com Jim e Tammy Faye Bakker - foram condenados a 10 meses de detenção por um juiz dos EUA em 2007, após terem sido considerados culpados de não declarar $ 56.000 em dinheiro. Eles tentaram contrabandear em Miami, alguns dos quais estavam escondidos dentro de uma bíblia. Estevam e Sonia Hernandes enfrentam acusações similares no Brasil pelo mesmo incidente; e eles também têm respondido a acusações de lavagem de dinheiro e outros crimes. A própria igreja também enfrenta acusações de que não mantem adequadamente um templo que desabou no ano passado, matando nove fiéis e ferindo mais de 100.Um porta-voz não respondeu a e-mails pedindo comentários sobre as acusações”.
Leia a matéria completa, em inglês, clicando aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário