

14/10/2010
A Folha Online desta manhã noticia a repressão com gás lacrimogêneo aos operários públicos gregos no portão da Acrópole, que não recebem salário há 24 meses, como resultado da política de contenção de gastos para satisfazer ao FMI, ou seja, aos rentistas. Os operários foram contratados pelo regime temporário, regime este que tem sido utilizado pelo governo como forma de desrespeitar os direitos trabalhistas. Os operários carregavam cartazes com as incrições "24 meses sem receber" e "Nós queremos status permanente". Sobre este tema, cabe relembrar que o Brasil contribuiu com US$ 286 milhões com o pacote de "ajuda" do FMI e da União Européia para a Grécia. Tais US$ 286 milhões foram retirados das reservas internacionais brasileiras, obtidas por meio de mais dívida interna, que paga os maiores juros do mundo. Ou seja: o povo brasileiro paga caro para que o governo do Brasil contribua para um pacote nefasto do FMI e da União Européia para retirar direitos dos trabalhadores gregos, que ao protestar, levam gás lacrimogêneo. Enquanto isso, na França a greve geral contra a reforma da Previdência levou 3,5 milhões às ruas ontem, e paralisa as refinarias, os transportes ferroviários, dentre outros setores. Conforme comentado na edição de ontem desta seção, o Presidente Nicolas Sarkozy diz que esta reforma é indispensável para o país. Porém, cabe ressaltar que em 2008, a União Européia patrocinou uma trilionária ajuda aos bancos privados falidos, financiada por dívida pública, dívida esta que Sarkozy quer pagar às custas dos aposentados. Ou seja: não há dinheiro para os trabalhadores e aposentados, mas há recursos de sobra para salvar bancos falidos, pois depois cobra-se a conta dos próprios trabalhadores e aposentados.
13.10.2010
O jornal Folha de São Paulo mostra a greve geral na França, contra a reforma da previdência proposta pelo Presidente Nicolas Sarkozy, segundo o qual esta reforma é indispensável para o país. Porém, cabe ressaltar que em 2008, a União Européia patrocinou uma trilionária ajuda aos bancos privados falidos, financiada por dívida pública, dívida esta que Sarkozy quer pagar às custas dos aposentados. Ou seja: não há dinheiro para os trabalhadores e aposentados, mas há recursos de sobra para salvar bancos falidos, pois depois cobra-se a conta dos próprios trabalhadores e aposentados. No Brasil, os rentistas também fazem a farra às custas do povo: os estrangeiros estão aumentando sua “posição vendida em dólar”, ou seja, seus investimentos na dívida pública brasileira, conforme mostra o jornal Valor Econômico: “Ao ficar vendidos em dólar e comprados em reais, os investidores externos recebem os juros em reais mais a valorização da moeda brasileira (...) Para montar essas posições, o investidor externo se financia em dólar, pagando os juros baixos próximos a zero e realizando a transação conhecida como ‘carry trade’.”
Em suma: os especuladores ganham com os juros mais altos do mundo e também com a valorização do real. E quem fica com o prejuízo? Quem está na outra ponta da operação, ou seja, o Banco Central, que compra os dólares dos especuladores, e termina ficando com o “mico”, ou seja, o dólar, que se desvaloriza. Em 2009, esta política gerou um prejuízo de R$ 147 bilhões ao Banco Central, que pela denominada “Lei de Responsabilidade Fiscal”, tem de ser coberto sem limite pelo Tesouro. Porém, quando se trata deste tipo de gasto – que beneficia os rentistas - a grande imprensa silencia, e jamais o chama de “gastança”, assim como faz diariamente com os gastos com a Previdência ou servidores públicos.
O jornal Folha de São Paulo mostra a greve geral na França, contra a reforma da previdência proposta pelo Presidente Nicolas Sarkozy, segundo o qual esta reforma é indispensável para o país. Porém, cabe ressaltar que em 2008, a União Européia patrocinou uma trilionária ajuda aos bancos privados falidos, financiada por dívida pública, dívida esta que Sarkozy quer pagar às custas dos aposentados. Ou seja: não há dinheiro para os trabalhadores e aposentados, mas há recursos de sobra para salvar bancos falidos, pois depois cobra-se a conta dos próprios trabalhadores e aposentados. No Brasil, os rentistas também fazem a farra às custas do povo: os estrangeiros estão aumentando sua “posição vendida em dólar”, ou seja, seus investimentos na dívida pública brasileira, conforme mostra o jornal Valor Econômico: “Ao ficar vendidos em dólar e comprados em reais, os investidores externos recebem os juros em reais mais a valorização da moeda brasileira (...) Para montar essas posições, o investidor externo se financia em dólar, pagando os juros baixos próximos a zero e realizando a transação conhecida como ‘carry trade’.”
Em suma: os especuladores ganham com os juros mais altos do mundo e também com a valorização do real. E quem fica com o prejuízo? Quem está na outra ponta da operação, ou seja, o Banco Central, que compra os dólares dos especuladores, e termina ficando com o “mico”, ou seja, o dólar, que se desvaloriza. Em 2009, esta política gerou um prejuízo de R$ 147 bilhões ao Banco Central, que pela denominada “Lei de Responsabilidade Fiscal”, tem de ser coberto sem limite pelo Tesouro. Porém, quando se trata deste tipo de gasto – que beneficia os rentistas - a grande imprensa silencia, e jamais o chama de “gastança”, assim como faz diariamente com os gastos com a Previdência ou servidores públicos.
Saiba mais sobre esses assuntos. Leia com bastante atenção algumas postagens que já fizemos neste blog a respeito. Vale a pena conferir:
Escravização: as cifras espantosas da dívida pública
Perdas com o serviço da dívida
Será que Dilma trará uma solução para o que acontece com a Previdência? Com a palavra a candidata...
Confira os impactos da dívida sobre todos os aspectos da nossa vida
Caso queira receber diariamente este material em seu correio eletrônico, envie mensagem para auditoriacidada@terra.com.br
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