terça-feira, 12 de outubro de 2010

Notícias comentadas sobre a famigerada "Dívida" Pública, que até agora nenhum candidato (a) à Presidência ousou contestar...

Pelo site “Auditoria Cidadã da Dívida Pública”

O Portal G1mostra que a candidata derrotada à Presidência Marina Silva (PV) apresentou um conjunto de reivindicações programáticas aos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), para que o PV tome como base para decidir quem vai apoiar no segundo turno.
Se, por um lado, algumas reivindicações são positivas, como o aumento dos gastos com educação para 7% do PIB e crescimento dos gastos com saúde para 10% do orçamento federal, por outro lado, outra reivindicação impede que tais objetivos sejam atingidos: a “Limitação da expansão dos gastos de custeio do governo federal à metade do crescimento do PIB”.
Ora, se o conjunto de gastos com custeio não pode crescer, como se vai aumentar o gasto com educação e saúde? A única alternativa seria sacrificar outras áreas sociais, quando, na realidade, os gastos que realmente deveriam ser contidos são os juros e amortizações da dívida. Porém, tais gastos são crescentes, devido aos altíssimos juros estabelecidos pelo governo.
E no que depender da opinião da candidata à presidência pelo PT, Dilma Rousseff, tais taxas de juros somente poderão cair se o país conseguir reduzir seu endividamento, visão esta apoiada pelo editorial do jornal O Globo. Segundo esta visão, são necessários superávits primários (ou seja, cortes de gastos sociais) para que a dívida seja reduzida, para que então se conquiste a “credibilidade dos mercados”, ou seja, os rentistas finalmente aceitem reduzir os juros cobrados do governo. Porém, há mais de uma década o país pratica altos superávits primários e nem por isso deixamos de ter os maiores juros do mundo. E a dívida continua crescendo.
Por fim, o Portal G1 mostra que o Senado da França aprovou a Reforma da Previdência, que aumenta de 60 para 62 anos a idade para aposentadoria. Esta reforma também visa obter a “credibilidade dos mercados”, ou seja, garantir o pagamento da dívida. Porém, boa parte desta dívida é ilegítima, pois foi feita para salvar os próprios rentistas durante a crise global. Mas os sindicatos, ao contrário do que acontece aqui, não aceitarão esta política: já convocaram grandes mobilizações sociais contra a reforma.

Saiba mais sobre esses assuntos. Leia com bastante atenção algumas postagens que já fizemos neste blog a respeito. Vale a pena conferir:

Sair da crise?

Escravização: as cifras espantosas da dívida pública

Perdas com o serviço da dívida

Confira os impactos da dívida sobre todos os aspectos da nossa vida

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