"Voo de galinha"
O representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Antônio Lisboa, afirmou que os sindicalistas defendem o maior aumento atrelado à política de valorização do salário mínimo.
- Não queremos que se faça do aumento um 'voo de galinha' - acrescentou.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, disse acreditar no sucesso da negociação com o relator e observou que o acréscimo de receita de R$ 17,7 bilhões terá melhor destinação no Orçamento se for usado para recompor o mínimo.
Alguns sindicalistas, como José Roberto Santiago, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), observaram que o momento econômico é favorável a um valor para o salário mínimo superior aos R$ 538,15 propostos pelo governo.
Os sindicalistas observaram que, em função da recuperação econômica, várias categorias profissionais vêm recebendo aumentos maiores do que a inflação e, por isso, corrigir o mínimo apenas com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) seria manter o valor defasado.
O senador Paulo Paim (PT-RS), também presente à reunião, disse à Agência Senado que a reivindicação dos sindicalistas é justa e seu atendimento não causaria nenhuma ameaça à estabilidade das contas públicas.
Aposentadorias
Os representantes das centrais sindicais também reivindicaram um reajuste de 9,1% para os aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo. O relator do Orçamento concordou em incluir o pleito na pauta da negociação com o governo federal. Paulo Pereira da Silva explicou que a idéia é, tanto para o mínimo como para os benefícios previdenciários, aplicar o mesmo critério de reajuste: inflação e taxa de variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010. A diferença é que nas aposentadorias e pensões com valor acima do mínimo se aplicariam apenas 80% da variação do PIB, acrescidos da inflação.
Da Redação / Agência Senado
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