Por Amanda Costa
Apesar do fantasma da crise econômica mundial, que ameaça derrubar investimentos em todo o mundo, a realidade das empresas estatais brasileiras parece fugir a regra. Até abril deste ano, as empresas aplicaram R$ 19,1 bilhões no desenvolvimento de obras e serviços em todo o país e no exterior. A cifra é a maior desde pelo menos 1995 e representa um aumento de R$ 4,9 bilhões, ou 34%, em relação ao valor desembolsado no mesmo período do ano passado. Em 2008, os projetos e serviços tocados pelas estatais receberam R$ 14,3 bilhões, em valores corrigidos pela inflação (veja tabela).Para este ano, a quantia autorizada para investimentos das estatais chega a R$ 79,3 bilhões. O valor é equivalente à soma, por exemplo, dos orçamentos globais dos ministérios das Cidades, Turismo, Integração Nacional, Esporte, Desenvolvimento Agrário, Meio Ambiente, Cultura, Transportes, Justiça e Ciência e Tecnologia, além da Câmara dos Deputados e Senado Federal que, para este ano, prevêem um gasto conjunto de R$ 19,2 bilhões. Em relação aos investimentos da União, até maio deste ano, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário aplicaram quase R$ 8,3 bilhões. Isso significa que as estatais investiram mais que o dobro da União.No âmbito de 35 programas contemplados no orçamento de investimentos das estatais, o destaque fica por conta de 10 programas no setor de petróleo, com investimentos de R$ 16,8 bilhões, oito no setor de energia elétrica, com R$ 1,4 bilhão aplicado, e seis no setor de transporte de responsabilidade das Companhias Docas, com R$ 13,2 milhões desembolsados. Foram ainda realizados investimentos em outros setores, no valor de R$ 920 milhões como, por exemplo, em ampliação e modernização das instituições financeiras oficiais e desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária.
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