Em 11 de fevereiro de 1990, Mandela era libertado. Mas não era o homem que ganhava a LIBERDADE e sim um país. E não permitiu o que extremistas queriam: a divisão entre brancos (minoria) e negros (maioria). Hoje, 20 anos depois, Mandela, o herói sem secessão. Passados 27 anos, era solto depois de uma tremenda batalha de bastidores. Era um líder nato, poucos percebiam que seria o primeiro estadista negro. (E provavelmente o último). Desses 27 anos, 13 foram cumpridos em regime da mais terrível crueldade, selvageria, só não morreu porque precisava conduzir seu povo. 12 horas trabalhando de 7 da manhã às 7 da noite, 12 horas sem intervalo, uns goles de água raros, comida rala e intragável, e assim mesmo apenas uma vez por dia. 12 horas lutando com uma montanha de pedras rochosas, que precisavam ser destruídas. Sem descanso, sem palavras, num silêncio, que se rompido era reprimido com uma violência impressionante. Os brancos que dominavam a prisão, não tinham capacidade para perceber, que aquele negro que quase matavam de pancada, iria salvá-los mais tarde, arriscaria até a sua liderança para mantê-los como país e como pessoas, em igualdade de condições com os 20 milhões de negros. De 1840 a 1888, apenas três países mantiveram a escravidão: EUA, Cuba e Brasil. Mas a África do Sul, que estava na relação dos que já haviam acabado com a escravidão, desmentia os fatos, o tratamento e a própria história. Pois o regime imposto aos líderes negros era mais desumano do que aquele que os escravos sofreram em qualquer país. E não há brutalidade que possa ser comparada com a que aplicavam aos líderes negros. E todos eles estavam presos, embora nenhum pelos 27 anos de Mandela. Na prisão, durante os 13 anos de selvageria branca, sabiam de muito pouco. Não tinham rádio, jornal, televisão, a raridade da notícia só era filtrada pelo heroísmo de Winnie, a mulher de Mandela, 27 anos lutando, sofrendo e se desesperando por ele.
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