sexta-feira, 8 de outubro de 2010

EUA vão acirrar a guerra cambial fabricando dólar


Juros do BC alimentam guerra cambial dos EUA

Na quarta-feira, o governo anunciou a terceira medida, em 15 dias, para tentar impedir que o real continue cada vez mais hipervalorizado – e a níveis insuportáveis pela economia do país. Desta vez, o Tesouro Nacional foi autorizado a comprar US$ 10,7 bilhões para a dívida externa dos próximos quatro anos. Assim, “enxugando” a quantidade de dólares dentro do país, espera-se que o dólar deixe de cair – ou o real deixe de subir, o que é a mesma coisa. Antes, o Fundo Soberano foi autorizado a comprar dólares sem limite e a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro que entra no país foi aumentada de 2% para 4%. Há alguns dias, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que há uma “guerra cambial” no mundo e que pretende levar o problema para ser discutido no FMI e no G20. Ainda bem que o ministro finalmente reconheceu a existência dessa guerra cambial – é verdade que com quase dois anos de atraso, apesar de várias demonstrações, inclusive nossas, de que essa guerra existia. No entanto, o que houve agora, que fez com que o ministro Mantega mudasse de opinião? Somente em setembro, entraram no Brasil US$ 16,7 bilhões (um fluxo cambial, isto é, dinheiro propriamente dito, quase igual ao de todo o ano passado – o conjunto das contas externas de setembro ainda não foi divulgado). Essa inundação barateia o dólar e, por consequência, encarece o real. O dólar, além de moeda usada internacionalmente, tem outra característica: o banco central dos EUA, como disse seu atual presidente, Ben Bernanke, tem o poder de emitir quantos dólares quiserem, sem consultar os outros usuários da moeda.

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