Clique na imagem para ampliar
Os eleitores escolheram, nas eleições de 2010, a renovação do Senado Federal com a ampliação da base de sustentação do governo Lula. As lideranças da oposição que atacaram o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no ano passado, não voltarão ao Senado para o período 2011/ 2019. Escolheram , também, a renovação para alguns estados. Muitos candidatos desprezados pelos institutos de pesquisa conquistaram sua vaga no Senado.
Das 54 vagas em disputa – duas por estado –, apenas 18 serão ocupadas por senadores reeleitos (tentavam renovar seus mandatos 27 parlamentares). Assim, as demais 36 vagas estão nas mãos de novos senadores. A coligação que dá sustentação ao governo Lula foi a grande vencedora. Dos novos senadores, 44 são de partidos que se coligaram em torno da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República ou, com poucas exceções, deram apoio a Lula durante seus dois mandatos. A oposição murchou. Ficou apenas com 10 das vagas em disputa, o que poderá ser um problema sério de governabilidade para José Serra na hipótese de vencer no Segundo Turno.
Arthur Virgílio (PSDB-AM) perdeu a reeleição por cerca de 1% dos votos válidos para Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Marco Maciel (DEM-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PSC-PI) e Efraim Morais (DEM-PB) não conseguiram se reeleger.
Da oposição, por fatores regionais, apenas José Agripino (DEM-RN), Demóstenes Torres (DEM-GO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA), confirmaram seus mandatos. Houve também renovação no perfil da oposição. O eleitor parece ter dado votos a uma oposição menos raivosa. Com exceção talvez de Aloysio Nunes (PSDB-SP), os novos membros da oposição têm um perfil mais comedido e conciliatório, como o do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) e Paulo Bauer (PSDB-SC). A nova oposição parece ter sofrido também uma mudança ideológica, mais a esquerda, fugindo da dobradinha demo-tucana, com a inédita chegada dos dois senadores do PSOL: Randolph Frederich (AP) e Marinor Brito (PA).
Do lado governista, as principais lideranças que deram sustentação ao presidente Lula, que apoiaram e defenderam o presidente Sarney durante os ataques do ano passado, se reelegeram com facilidade: Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL), Valdir Raupp (PMDB-RO), Edison Lobão (PMDB-MA), Paulo Paim (PT-RS), Delcídio Amaral (PT-MS) e Marcelo Crivella (PRB-RJ), entre outros. A eles se somam nomes também fiéis ao governo, como Eunício Oliveira (PMDB-CE), Luiz Henrique (PMDB-SC), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Roberto Requião (PMDB), Humberto Costa (PT-PE), Jorge Viana (PT-AC) e Lindberg Farias (PT-RJ).
O PMDB, que já havia sido o grande vencedor das eleições municipais em 2008, foi a legenda que mais cresceu. Mantém – e amplia - o primeiro lugar no número de senadores: 16. O PT vem em seguida, com 12. No campo governista, também ganharam vagas no Senado o PP (3), o PR (3), o PSB (3), o PDT (2) e ainda o PCdoB (1), o PTB (1), o PRB (1), o PMN (1) e o PSC (1).
Liderando a bancada recém-eleita da oposição está o PSDB, que foi o terceiro partido em número de vagas obtidas: cinco. O DEM conseguiu eleger apenas dois senadores, o PSOL outros dois e o PPS obteve uma vaga.
Como alguns dos senadores que teriam condições de serem eleitos tiveram suas candidaturas impugnadas com base na Lei da Ficha Limpa, pode haver mudanças nesses números. Seus votos foram contados à parte, mas, a depender da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), três estados podem ter resultados alterados. No Pará, Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) foram impugnados. Já no Amapá, João Capiberibe (PSB), com boa votação, também foi impugnado. Em Rondônia, a candidatura de Ivo Cassol (PP) foi confirmada pela Justiça Eleitoral, o que tirou a vaga de Fátima Cleide (PT). Outro fator que pode mudar o número das bancadas é a disputa pelos governos de estados. Se eleitos governadores, alguns dos parlamentares darão vaga a seus suplentes (leia aqui).
Fonte: http://www.senado.gov.br/
Leia também:
Coligação de Dilma garante 49 cadeiras no Senado. Serra tem 19
Nenhum comentário:
Postar um comentário